18.5.09

Peregrinação do Papa Bento XVI à Terra Santa - III

Num dos discursos mais polémicos, logo mais amplamente divulgados (e de forma sectária) pelos media portugueses, o Papa mostrou-se defensor da "solução dos dois estados" como saída para o conflito israelo-árabe (talvez até mais correctamente designável por israelo-muçulmano, dada a natureza religiosa dos motivos que movem os árabes a não aceitar a existência de um estado judaico). Esta solução é a que, actualmente, parece ter conquistado o estatuto de solução de bom-senso, equilibrada entre as pessoas ditas moderadas. Leiamos Melanie Phillips:
«(...) this idiotic but deeply ideological analysis is now accepted by many non-ideological folk as axiomatic. They are all fixated by the delusion that a Palestine state is the key to peace between Israel and the Arabs. It is not. The briefest knowledge of history tells us that it is not – for the simple reason that it has been on offer repeatedly for seven (some would say nine) decades, with the Jews in agreement – indeed, with the Israelis in recent years offering the Palestinians more than 90 per cent of the disputed territories -- and yet the only response from the Arabs has been war.

The requirement by the Arab side is not for a Palestine state. It is for the end of the Jewish state. It is not just Hamas that declares this over and over again. It is also the supposedly ‘moderate’ Mahmoud Abbas and Fatah, who say repeatedly that they will never accept Israel as a Jewish state. Yet these facts are simply ignored as if they don’t exist. (...)»

Para conhecer a história de que Phillips fala, pode ler-se Victor Sharpe, no American Thinker, o qual descreve, noutro artigo, uma versão aceitável da "solução dos dois-estados", a qual não põe em perigo a existência do estado de Israel, a única democracia do Médio-Oriente, em cujo parlamento os árabes-israelitas estão representados, e o único país onde existe liberdade religiosa.

Sem comentários: