31.3.10

Em defesa da autoridade e da Igreja

Pedro Arroja, in Portugal Contemporâneo:
«(...) [U]ma civilização só se pode manter e prosperar se dispuser de uma instituição que seja depositária da verdade, e também dos erros que todas as gerações cometeram. Esta tem de ser uma instituição eterna, sob pena de a civilização também falir. Tem de ser uma instituição independente dos homens que em cada geração lhe dão a face, tem de sobreviver ainda que os homens que a governam sejam da pior qualidade possível. Tem de ser uma instituição divina. Essa instituição é a Igreja Católica. Nenhuma outra civilização prosperou como aquela em que a Igreja Católica esteve presente - a civilização cristã. Já vai em dois mil anos, a caminho da eternidade. Possui autoridade e, por isso, a verdade destilada por muitas gerações. Conhece também todos os erros e todos os pecados da humanidade, e não há ninguém como Ela que saiba lidar com eles.»

«Onde fica Jerusalém Oriental?»

Nas últimas semanas foi tema quente o estulto e hipócrita incómodo da administração Obama supostamente causado pela intenção do município de Jerusalém de construir um complexo habitacional, alegadamente numa "zona da cidade disputada pelos palestinianos" ― a propósito desta expressão, diga-se que todo o território de Israel se encontra numa zona disputada pelos palestinianos, razão que os leva a rejeitar sistematicamente as proposta para o estabelecimento de dois estados: pretendem um só estado, muçulmano, judenrein (purificado de judeus) e com os cristãos subjugados, à semelhança do que acontece hoje nos territórios sob a autoridade palestiniana; um estado palestiniano, do rio (Jordão) ao mar (Mediterrâneo). Onde se situa, então, Ramat Shlomo (רמח שלםה) o local do absurdamente controverso projecto habitacional? É ver e confirmar noutras fontes, se não se acredita no disparate. Repare-se, a talhe de foice, na localização um outro projecto, igualmente controverso há alguns meses, o de Gilo (גלה).
«We’ve heard a lot of talk about “Arab East Jerusalem” and how upset the Obama administration is about Israel building in it. The only problem is, the building that Israel announced last week is NOT East Jerusalem – Ramat Shlomo is North Jerusalem! And six months ago, the Obama administration was yelling about Gilo – that is in South Jerusalem. So, is the Obama administration trying to make Israel look bad by distorting the truth? Take a look at this map of Jerusalem, courtesy of the Jerusalem Centre for Public Affairs, of Jordanian East Jerusalem before Israel won the land back in 1967. Ramat Shlomo is clearly directly north of the city, and Gilo is southwest of the city.»
Map of Arab East Jerusalem, 1948-1967. Note the locations of Israel's construction, far from East Jerusalem.
In Middle East Facts Weblog, sítio a seguir.

«Como calar a Igreja?»

De Bruno Mastroianni, a seguir, já na nossa lista de fontes, na coluna da direita.
«Problema: come si fa a zittire la Chiesa? È incontrollabile dal punto di vista economico (non agisce per lucro), inattaccabile da quello culturale (non ha paura di dire la sua controcorrente), è molto presente a livello sociale nella vita delle persone. Soluzione: bisogna agire sul terreno dell’emotività, magari con delle accuse odiose al suo capofila. Non importa se infondate, vecchie e già chiuse, basta tirarle fuori una alla volta, in modo che rimanga un’impressione sgradevole sul Papa. Così è stato fatto. A partire da suo fratello, con episodi (degli anni Cinquanta!) a cui era estraneo, tanto per inserire un “Ratzinger” nei titoli. Per proseguire con il caso di “padre H” a Monaco (anche questo antico e strachiuso) tanto per nominare l’“arcivescovo Ratzinger”. E poi il New York Times, smentito dalle stesse carte che produceva (tanto chi si prende la briga di leggerle?). E poi la serie di antichità pedofiliache che ci stanno ammorbando da settimane. È una procedura vecchia come la storia del mondo: quando una cultura dominante avverte di non avere più presa, cerca di far fuori le culture concorrenti (più vitali), usando il potere. È successo durante la caduta dell’impero Romano, è successo con il declino dell’Ancien Régime. Non ha mai funzionato. Il marasma mediatico pedofilo-fobico è uno dei tanti sussulti della fine dell’epoca moderna. È l’opposizione scomposta di una certa cultura di fronte al modello di cristiano – libero, razionale e pieno di fede – che Benedetto XVI rappresenta. Impossibile fronteggiarlo sul piano dell’intelligenza.»

O sacerdote na celebração do tríduo pascal

In Zenit:

«A Carta aos Hebreus é o único texto do Novo Testamento que atribui ao nosso Senhor Jesus Cristo os títulos de “Sacerdote”, “Sumo Sacerdote” e “Mediador da Nova Aliança”, graças à oferenda do sacrifício do seu corpo, antecipado na Ceia mística da Quinta-Feira Santa, consumado sobre a cruz e apresentado ao Pai com a ressurreição e a ascensão ao céu (cf. Hb 9,11-15). Este texto é meditado na Liturgia das Horas da quinta semana da Quaresma – ou da Paixão, como no calendário litúrgico da forma extraordinária do Rito Romano – e na Semana Santa.

Nós, sacerdotes católicos, devemos sempre contemplar Cristo e ter os mesmos sentimentos d’Ele; esta ascese acontece com a conversão permanente. Como se realiza a conversão em nós, sacerdotes? No rito da ordenação nos é pedido o ensino da fé católica, não das nossas ideias; “celebrar com devoção dos mistérios de Cristo – isto é, a liturgia e os sacramentos – segundo a tradição da Igreja”, e não segundo o nosso gosto; sobretudo, “estar cada vez mais unidos a Cristo Sumo Sacerdote, que, como vítima pura, ofereceu-se ao Pai por nós”, isto é, conformar nossa vida segundo o mistério da Cruz.

A Santa Igreja honra o sacerdote e o sacerdote deve honrar a Igreja com a santidade da sua vida – este foi o propósito de Santo Afonso Maria de Ligório no dia da sua ordenação –, com o zelo, com o trabalho e com o decoro. Ele oferece Jesus Cristo ao Pai Eterno e por isso deve estar revestido das virtudes de Jesus Cristo, para preparar-se para o encontro com o Santo dos Santos. Que importante é a preparação interior e exterior para a sagrada liturgia, para a Santa Missa! Trata-se de glorificar o Sumo e Eterno Sacerdote, Jesus Cristo.

Pois bem, tudo isso se realiza em grau máximo na Semana Santa, a Grande e Santa Semana, como dizem os orientais. Vejamos alguns dos seus principais actos, com base no cerimonial dos bispos.

30.3.10

Para uma verdadeira compreensão do islão: a proibição da música - ilustração (2)

Mais uma ilustração da diabólica proibição islâmica da música, in Jihad Watch:
«In a tiny workshop on the roof of his home in a Baghdad slum, Farhan Hassan works in secret, lovingly curving wood and tightening strings to make his ouds -- a traditional Arabic instrument.

Only close family and friends know what he is doing, because the militiamen in his neighborhood frown on such frivolities.

(...) [N]owadays few in the country play or make the oud, a pear-shaped, deep-voiced cousin of the lute. Hundreds of artists fled Iraq during the violence in recent years -- and continued instability and the power of religious hard-liners give them little desire to return....

Now Hassan is also hoping to leave Iraq. Like many of the estimated 2.5 million Shiites who live in Sadr City, he has had to cope with some of the city's worst living conditions. Militiamen have closed music stores, prohibited the mixing of the sexes, banned wedding parties, imposed the Islamic hijab on women and murdered gay men -- all while making a living as hired guns....

"I could have gone out on the streets carrying an RPG or a machine-gun and people would either take no notice or commend me on my courage," he mused. "But I would have probably been killed if I had gone out with an oud in my hand," he said with a laugh tinged with bitterness.»
Recomenda-se uma leitura, mesmo que na diagonal, dos comentários à entrada da qual retirámos estes excertos de uma notícia da AP, com destaque para o de Hugh Fitzgerald:

«If one follows strictly, to the letter, Islam, then music is to be banned. And in some settings this is true. For example, think of the vast corpus of sacred music, church music, in Christianity as compared to the complete absence of any analogous music in the mosque. The Muslim apologist (...) points to some examples of popular music and claims that this rebuts those who say Islam bans or at least discourages music, is ignoring the fact that not everyone is necessarily strict in his observances, but that the rules as to What Is Commanded and What Is Prohibited are there, and at any time may, if Islam is taken more fully to heart (and when, or why, that happens to any individual Muslim is not predictable, least of all by non-Muslims) be enforced. See what the Taliban did to wedding-singers in Afghanistan. See what happens to some music and DVD stores in Hamastan, that is Gaza. See what happens to the RAI singers of Algeria, some of them actually murdered by those most fanatical in their faith.

Whatever musical tradition previously existed in lands then conquered by Islam were soon subject to constraints and the result was the musical impoverishment we see today.»

(Oud)
Ver Para uma verdadeira compreensão do islão: a proibição da música, Para uma verdadeira compreensão do islão: a proibição da música (addendum), Música e teologia: Pio X - Tra le sollecitudini, Música e teologia: Pio X - Tra le sollecitudini (2), Para uma verdadeira compreensão do islão: a proibição da música - ilustração, A aversão à música como característica do diabólico.

26.3.10

Gloria, laus, et honor tibi sit Rex Christe Redemptor cui puerile decus prompsit hossana pium. Ingrediente Domino in sanctam civitatem, hebræorum pueri resurrectionem vitæ pronuntiantes cum ramis palmarum 'Hossana ― clamabant ― in excelsis!'. A glória, o louvor e a honra, sejam para ti, Rei Cristo Redentor, ao qual o piedoso orgulho infantil cantou: 'Hossana!' Entrando o Senhor na cidade santa, as crianças dos hebreus anunciavam a Ressurreição e a Vida, e com ramos de palmeira, exclamavam: 'Hossana nas alturas!'
Stabat mater dolorosa juxta Crucem lacrimosa, dum pendebat Filius. Cuius animam gementem, contristatam et dolentem pertransivit gladius. O quam tristis et afflicta fuit illa benedicta mater Unigeniti! Quæ mærebat et dolebat, et tremebat, dum videbat nati pœnas inclyti. Quis est homo qui non fleret, Christi matrem si videret in tanto supplicio? Quis non posset contristari piam Matrem contemplari dolentem cum Filio? Pro peccatis suæ gentis vidit Iesum in tormentis, et flagellis subditum. Vidit suum dulcem Natum moriendo desolatum, dum emisit spiritum. Eia, Mater, fons amoris me sentire vim doloris fac, ut tecum lugeam. Fac, ut ardeat cor meum in amando Christum Deum ut sibi complaceam. Sancta Mater, istud agas, crucifixi fige plagas cordi meo valide. Tui Nati vulnerati, tam dignati pro me pati, pœnas mecum divide. Fac me tecum pie flere, crucifixo condolere, donec ego vixero. Juxta Crucem tecum stare, et libenter sociare in planctu desidero. Virgo virginum præclara, mihi iam non sis amara, fac me tecum plangere. Fac, ut portem Christi mortem, passionis fac consortem, et plagas recolere. Fac me plagis vulnerari, Cruce hac inebriari, ob amorem Filii. Inflammatus et accensus, per te, Virgo, sim defensus in die iudicii. Fac me cruce custodiri, morte Christi præmuniri, confoveri gratia. Quando corpus morietur, fac, ut animæ donetur Paradisi gloria in sempiterna sæcula. Amen.Estava em pé a Mãe dorida, chorando junto à cruz, enquanto o Filho pendia. Cuja alma gemendo, entristecida e doendo, um gládio atravessou. Oh! Quão triste e afligida foi aquela bendita, a Mãe do Unigénito! A qual se enlutava e sofria, e tremia enquanto via as penas do Glorioso dela nascido. Qual é o homem que não choraria, se visse a mãe do Cristo em tamanho suplício? Quem não se entristeceria ao contemplar a piedosa mãe, sofrendo com o Filho? Pelos pecados da sua gente, ela viu Jesus em tormentos, do flagelo sendo súbdito. Viu o seu doce bebé morrendo desolado, e entregando o espírito. Ó Mãe, fonte do amor, faz-me sentir a força da dor, para contigo me enlutar. Faz que o meu coração arda de amor por Cristo Deus, para Lhe agradar. Santa Mãe, para que faças isso, fixa as chagas do Cruxifixo no meu coração, com força. Do teu Filho ferido, que por mim se dignou padecer, as penas divide, comigo. Faz-me chorar contigo, piedosamente, e condoer-me do Cruxifixo, enquanto eu fôr vivo. Desejo estar contigo, junto à Cruz, e com gosto me associo ao teu pranto. Ó Virgem das virgens, ilustríssima, agora não me sejas amarga, deixa-me chorar contigo. Faz que eu carregue a morte de Cristo, faz-me consorte da Paixão, e que eu de novo cultive as Chagas. Faz-me ferido de Chagas, que nesta Cruz eu me embriague com o amor do teu Filho. Abrasado e ardendo, por ti, Virgem, seja eu defendido no dia do Juízo. Faz-me ser guardado pela Cruz, pela morte de Cristo fortalecido, e pela graça confortado. Quando o corpo morrer, faz que à alma seja dada a glória do Paraíso para todo o sempre. Ámen
Verbe égal au Très-Haut, notre unique espérance, jour éternel de la terre et des cieux, de la paisible nuit nous rompons le silence: Divin sauveur, jette sur nous les yeux. Répands sur nous le feu de ta grâce puissante Que tout l'enfer fuie au son de ta voix Dissipe le sommeil d'une âme languissante Qui la conduit à l'oubli de tes lois! Ô Christ ! sois favorable à ce peuple fidèle, Pour te bénir maintenant assemblé ; Reçois les chants qu'il offre à ta gloire immortelle, Et de tes dons qu'il retourne comblé.Verbo igual ao Altíssimo, nossa única esperança, dia eterno da terra e dos céus, eis que rompemos o silêncio da noite quieta: Divino Salvador, dirige-nos o teu olhar! Espalha sobre nós o fogo da tua graça potente, que todo o inferno fuja ao som da tua voz. Dissipa o sonho duma alma lânguida, que a conduz ao esqueciemento das tuas leis! Ó Cristo, sê favorável a este povo fiel, Para te bendizer agora reunido. Recebe os cantos que ele oferece à tua glória imortal, e os teus dons, que ele devolve satisfeito.

24.3.10

«Ocultar os bens»

In Gates of Vienna, artigo de John J. O’Neill acerca da indumentária islâmica feminina:
«Hiding Your Assets: the Surprising Origin of the Burka and Niqab de John O’Neill It is commonly believed that Islamic dress code for women, and most especially garments like the burka and the niqab (from Afghanistan and Arabia respectively) are about female modesty and the avoidance, on the part of male observers, of lustful passions. Certainly such garments are an extremely effective means of hiding the attractions of the female form. However, it has — rightly — been pointed out that nowhere in Islamic law is the complete hiding of the face and body required. (...) [I]t has recently been suggested that the burka and the niqab have nothing to do with Islam, and are simply local customs that have achieved the status of religious practice. Yet this is a spurious argument. There is no reason to believe that anything like the burka or the niqab were worn in pre-Islamic Afghanistan or pre-Islamic Arabia. And so these garments can only be understood within the context of Islam and Islamic culture. But if such dress is not necessarily sanctioned by Islamic law, where did it come from? In order to understand this, we need to take a broad look at Islam and the culture it fostered. Immediately we do this the truth about the burka/niqab emerges from its cover; and it is a truth of the most disturbing kind. When early Islam emerged from the Arabian Peninsula, it emerged as a warlike and conquering creed. Most of the conquered peoples, to begin with, were Christians; though there were many Jews among the subdued. The followers of both religions were permitted to continue to practice their faiths on condition that they paid a special tax, or jizya, to the Muslim conquerors. At the beginning, when the vast majority of the population of the Middle East remained Christian and Jewish, this tax amounted to a fabulous sum for the government of the Caliphate. In such circumstances, it will be obvious that it was financially advantageous to have Christians and Jews as subjects, and to keep them as Christians and Jews. Muslims were exempt from this kind of taxation. So lucrative was the jizya that Muslim rulers did not, in most cases, actually want Christians to convert. Christian conversions meant loss of revenue.

Pedofilia, Igreja, baixa política e sociedade (2)

A propósito do primeiro postal e da agressão laicista à democracia, adendamos uma carta dirigida ao director do Corriere della Sera, em que o filósofo agnóstico Pera Marcello sai em defesa do Papa e da democracia. Lede em italiano ou em português.

De dragone et educatione puerorum

Estreará mais um filme 3D chamado "Como treinares o teu dragão", cujo enredo fantasioso tem lugar no mediævo nórdico. Para Hiccup e os da sua aldeia natal viking atacada repetidas vezes por dragões pirómanos, a maior virtude que um homem pode ter é a de combater aqueles invasores alados. O jovem adolescente, inspirado pelos seus conterrâneos, aspira a demonstrar a sua maioridade exibindo-se na batalha, até que um dia encontra um dragão pacífico, o qual vem a domesticar com amizade. Sendo o ponto de contacto entre as duas espécies, Hiccup tenta pôr fim a uma guerra entre humanos e dragões, para o são convívio de todos. Veja os trailers português e norte-americano:
Que moral retirar desta história? Um pai que levar o seu filho a ver este filme, que lhe ensinará ele?
O mais biblista verá os sanctos lutando contra os demónios com as armas da fé e dos sacramentos, transmitidos ao longo de sæculos pela tradição da Egreja. Hiccup seria um heresiarca apóstata que pactua com o maligno a fim de conseguir a felicidade mundana para o seu povo, e a condenação eterna.
Já o pai mais positivista, e com queda para a psychanályse, explicará ao seu filho como curar a neurose de que todos nós padecemos, libertando-se dos constrangimentos do super ego e deixando o seu id florescer a seu bel-prazer. Por outro lado, o leitor mais assíduo deste blog identificará Hiccup com um esquerdista dhimi e naïf, um visionário iluminado e sacrificado (coitadinho...), que não pretende senão uma pás frutuosa com o islão, elucidando o seu povo sobre a sua antiga ignorância e obstinação em aceitar o estranho como sempre bom. E por aí adiante. Mas o que mais me preocupa (vamos dar de barato a virilização da rapariga) é a desautorização dos pais e o esbater da fronteira entre o bem e o mal. Qual é a ideia de mostrar num filme para putos que gerações consecutivas estiveram erradas e que para se ser feliz mais vale romper com a tradição dos pais do que seguir as suas passadas? Não será antes melhor os filhos seguirem a educação dos pais, que com certeza têm muitos defeitos, do que apagar o papel parental e passar a educação dos filhos para outrém que não a família? Desautorizar os pais é uma característica clássica dos regimes totalitários, desde o mundo antigo até ao hodierno. Já para não falar de que tal ruptura com a tradição é apresentada como solução para um eventual complexo de inferioridade, o qual como sabemos pode surgir na infância e início da adolescência, fruto da desadaptação da criança ao papel de adulto e da rejeição pelas outras crianças seus pares coætâneos. Até podemos traçar paralelos com a crise de identidade sexual experimentada pelas crianças adolescentes que mais tarde se rendem ao homossexualismo. Se não, leiamos a sinopse oficial:
"Esta divertida aventura que tem lugar no lendário mundo de Vikings corpulentos e dragões ferozes, baseada no livro de Cressida Cowell, conta a história de Hiccup, um jovem Viking que não se encaixa lá muito bem na tradição dos heróicos exterminadores de dragões.
A vida de Hiccup fica de pernas para o ar, quando encontra um dragão que o desafia a ele e a toda a sua tribo, a ver o mundo de uma nova perspectiva."
Depois vêm os problemas de consciência que o filme poderá causar. Os miúdos nestas idades precisam de saber que há coisas sempre más, e coisas sempre boas, e que são diferentes umas das outras. Ver um filme destes lança o precedente na cabeça da criança de que o bem nem sempre é bom, e o mal nem sempre é mau, e de que os culpados dos sofrimentos da criança são os erros dos adultos. Claro que nós, adultos de consciência (mais ou menos) bem formada, vamos tendo ao longo da vida essa experiência de aprendizagem, e as grandes questões para nós são as dilemmáticas, em que nem o sim nem o não estão certos, mas antes cabe-nos a nós sujeitos reformularmos a pergunta e encontrarmos uma terceira escolha mais perfeita, baseada no bem que temos por correcto. Mas, para uma criança, estas dúvidas são desestruturantes e nada benéficas. Como será o nosso mundo dentro de duas ou três gerações, se não houver consciência do bem e do mal?...
É óbvio que este filme é mais uma jogada dos revolucionários culturais para demolir a civilização e instaurar um regime tyrânico. Não é só nos filmes porno que se movem, nem nos restantes géneros do cinema, que já quase todos estão contaminados por certa agenda ideológica e política. Também devemos ter cuidado com os filmes para crianças, e sobretudo não dar a comer aos nossos filhos uma comida que não presta. Apelo a que os pais se informem sobre os filmes que deixam os filhos ver, nem os deixem à solta nessa escolha. Para o filme do dragão, poderão visitar os sites oficiais, português e americano. Mas também para os restantes filmes há recursos úteis. Por exemplo, a Conferência Episcopal Cathólica dos E.U.A. tem um site muito bom com uma breve sinopse, recomendações e classificação etária credível para quase todos os filmes exibidos nos States, tanto de agora como os já passados. Vão publicando à medida que os filmes estreiam. Deixo os elos para os critérios usados pelos censores, para uma lista dos melhores filmes de sempre e por década, e para o juízo emitido sobre este filme (muito menos alarmista que o nosso). Aconselho ainda o Father Robert Barron, que costuma dar as suas opiniões muito informadas sobre alguns filmes seleccionados. Quiçá se pronuncie sobre a dragonada.

23.3.10

Carta Pastoral do Santo Padre Bento XVI aos Católicos na Irlanda (excertos)

1. Amados Irmãos e Irmãs da Igreja na Irlanda, é com grande preocupação que vos escrevo como Pastor da Igreja universal. Como vós, fiquei profundamente perturbado com as notícias dadas sobre o abuso de crianças e jovens vulneráveis da parte de membros da Igreja na Irlanda, sobretudo de sacerdotes e religiosos. Não posso deixar de partilhar o pavor e a sensação de traição que muitos de vós experimentastes ao tomar conhecimento destes actos pecaminosos e criminais e do modo como as autoridades da Igreja na Irlanda os enfrentaram. (...) 2. Por meu lado, considerando a gravidade destas culpas e a resposta muitas vezes inadequada que lhes foi reservada da parte das autoridades eclesiásticas no vosso país,, decidi escrever esta Carta Pastoral para vos expressar a minha proximidade, e para vos propor um caminho de cura, de renovação e de reparação. (...) Ao mesmo tempo, devo expressar também a minha convicção de que, para se recuperar desta dolorosa ferida, a Igreja na Irlanda deve em primeiro lugar reconhecer diante do Senhor e diante dos outros, os graves pecados cometidos contra jovens indefesos. Esta consciência, acompanhada de sincera dor pelo dano causado às vítimas e às suas famílias, deve levar a um esforço concentrado para garantir a protecção dos jovens em relação a semelhantes crimes no futuro. 4. Contudo, nos últimos decénios a Igreja no vosso país teve que se confrontar com novos e graves desafios à fé que surgiram da rápida transformação e secularização da sociedade irlandesa. Verificou-se uma mudança social muito rápida, que muitas vezes atingiu com efeitos hostis a tradicional adesão do povo ao ensinamento e aos valores católicos. Com frequência as práticas sacramentais e devocionais que sustentam a fé e a tornam capaz de crescer, como por exemplo a confissão frequente, a oração quotidiana e os ritos anuais, não foram atendidas. Determinante foi também neste período a tendência, até da parte de sacerdotes e religiosos, para adoptar modos de pensamento e de juízo das realidades seculares sem referência suficiente ao Evangelho. O programa de renovação proposto pelo Concílio Vaticano II por vezes foi mal compreendido e na realidade, à luz das profundas mudanças sociais que se estavam a verificar, não era fácil avaliar o modo melhor de o realizar. Em particular, houve uma tendência, ditada por recta intenção mas errada, a evitar abordagens penais em relação a situações canónicas irregulares. É neste contexto geral que devemos procurar compreender o desconcertante problema do abuso sexual dos jovens, que contribuiu em grande medida para o enfraquecimento da fé e para a perda do respeito pela Igreja e pelos seus ensinamentos. Só examinando com atenção os numerosos elementos que deram origem à crise actual é possível empreender uma diagnose clara das suas causas e encontrar remédios eficazes. Certamente, entre os factores que para ela contribuíram podemos enumerar: procedimentos inadequados para determinar a idoneidade dos candidatos ao sacerdócio e à vida religiosa; insuficiente formação humana, moral, intelectual e espiritual nos seminários e nos noviciados; uma tendência na sociedade a favorecer o clero e outras figuras com autoridade e uma preocupação inoportuna pelo bom nome da Igreja e para evitar os escândalos, que levaram como resultado à malograda aplicação das penas canónicas em vigor e à falta da tutela da dignidade de cada pessoa. É preciso agir com urgência para enfrentar estes factores, que tiveram consequências tão trágicas para as vidas das vítimas e das suas famílias e obscureceram a luz do Evangelho a tal ponto, ao qual nem sequer séculos de perseguição não tinham chegado. 6. Às vítimas de abuso e às suas famílias Sofrestes tremendamente e por isto sinto profundo desgosto. Sei que nada pode cancelar o mal que suportastes. Foi traída a vossa confiança e violada a vossa dignidade. Muitos de vós experimentastes que, quando éreis suficientemente corajosos para falar de quanto tinha acontecido, ninguém vos ouvia. Quantos de vós sofrestes abusos nos colégios deveis ter compreendido que não havia modo de evitar os vossos sofrimentos. É compreensível que vos seja difícil perdoar ou reconciliar-vos com a Igreja. Em seu nome expresso abertamente a vergonha e o remorso que todos sentimos. Ao mesmo tempo peço-vos que não percais a esperança. É na comunhão da Igreja que encontramos a pessoa de Jesus Cristo, ele mesmo vítima de injustiça e de pecado. Como vós, ele ainda tem as feridas do seu injusto padecer. Ele compreende a profundeza dos vossos padecimentos e o persistir do seu efeito nas vossas vidas e nos relacionamentos com os outros, incluídas as vossas relações com a Igreja. Sei que alguns de vós têm dificuldade até de entrar numa igreja depois do que aconteceu. Contudo, as mesmas feridas de Cristo, transformadas pelos seus sofrimentos redentores, são os instrumentos graças aos quais o poder do mal é [derrotado] e nós renascemos para a vida e para a esperança. Creio firmemente no poder reestabelecedor do seu amor sacrifical – também nas situações mais obscuras e sem esperança – que traz a libertação e a promessa de um novo início. Dirigindo-me a vós como pastor, preocupado pelo bem de todos os filhos de Deus, peço-vos com humildade que reflictais sobre quanto vos disse. Rezo a fim de que, aproximando-vos de Cristo e participando na vida da sua Igreja – uma Igreja purificada pela penitência e renovada na caridade pastoral – possais redescobrir o amor infinito de Cristo por todos vós. Tenho confiança em que deste modo sereis capazes de encontrar reconciliação, profunda cura interior e paz. 7. Aos sacerdotes e aos religiosos que abusaram dos jovens Traístes a confiança que os jovens inocentes e os seus pais tinham em vós. Por isto deveis responder diante de Deus omnipotente, assim como diante de tribunais devidamente constituídos. Perdestes a estima do povo da Irlanda e lançastes vergonha e desonra sobre os vossos irmãos. Quantos de vós sois sacerdotes violastes a santidade do sacramento da Ordem Sagrada, no qual Cristo se torna presente em nós e nas nossas acções. Juntamente com o enorme dano causado às vítimas, foi perpetrado um grande dano à Igreja e à percepção pública do sacerdócio e da vida religiosa. Exorto-vos a examinar a vossa consciência, a assumir a vossa responsabilidade dos pecados que cometestes e a expressar com humildade o vosso pesar. O arrependimento sincero abre a porta ao perdão de Deus e à graça da verdadeira correcção. Oferecendo orações e penitências por quantos ofendestes, deveis procurar reparar pessoalmente as vossas acções. O sacrifício redentor de Cristo tem o poder de perdoar até o pecado mais grave e de obter o bem até do mais terrível dos males. Ao mesmo tempo, a justiça de Deus exige que prestemos contas das nossas acções sem nada esconder. Reconhecei abertamente a vossa culpa, submetei-vos às exigências da justiça, mas não desespereis da misericórdia de Deus.

21.3.10

A aversão à música como característica do diabólico

Uma intuição de um leitor do blogue Jihad Watch ― referida na entrada anterior, a propósito da proibição da música no islão ―, segundo a qual a aversão do islão à música denuncia que estamos perante um culto satânico, leva-nos a publicar uma observação feita por Jordi-Agustí Piqué i Collado, no seu livro Teologia i música: propostes per a un diàleg ― do qual existe uma versão em castelhano ―, a propósito da obra de Hildegard de Bingen, monja, teóloga, mística, poetisa e compositora do séc. XII. Diz o teólogo e músico catalão a páginas 98 e 99 do seu magnífico livro [tradução nossa do original catalão(1)]:
«Em Ordo [Virtutum], os diferentes personagens, patriarcas, virtudes, almas, vão cantando as suas contribuições para o drama, que tem pretensões de universalidade. Porém, um dos personagens não canta: este personagem é o diabo. Este personagem é caracterizado pelo não cantar, apenas pode declamar. Surge acompanhado pela indicação: Strepitus Diaboli ad animam illa [O Diabo estrepitoso dirige-se à alma]. A explicação de este recurso não pode dever-se a um mero recurso cenográfico. Na verdade, é revelador um episódio da vida de Hildegard, quando, já abadessa, permite que seja enterrado no cemitério do convento o corpo de um homem anteriormente excomungado. O clérigo de Magúncia, proibiu a comunidade de Hildegard de receber a comunhão eucarística e de cantar o ofício. Numa carta dirigida ao clérigo inquisidor, Hildegard elabora uma teologia particular do acto de cantar. Escreve Hildegard que Adão vem a perder o dom de cantar o louvor de Deus pelo pecado, perdendo a semelhança com as vozes angélicas. Os homens santos e os profetas hão-de descobrir na arte humana alguns géneros musicais que recordavam os modelos divinos. Porém, o diabo, ao ouvir cantar novamente o homem e ao perceber que este começava a recordar-se, por meio da música, das harmonias celestes, vai atemorizar o homem e tentar perturbar e destruir a beleza do louvor divino. Razão pela qual a abadessa diz ao clérigo que proibiu a música: "os prelados haviam de ser mais cuidadosos na hora de cerrar, com uma sentença, a boca de uma qualquer assembleia que canta a Deus [...], não se dê o caso de que esteja ajudando à obra de Satanás".»
Hildegard escrevendo sob inspiração divina (Codex de Rupertsberger do Liber Scivias)

(1) - «A l'Ordo els diferents personatges, patriarques, virtuts, ànimes, van cantant les seves aportacions al drama que té pretensions d'universalitat. Però un dels personatges no canta: aquest personatge és el diable. Aquest per­sonatge és caracteritzat pel no cantar, només pot declamar. Va acompanyat de la indicació: Strepitus Diaboli ad animam illa. L'explicació a aquest re­curs no pot deixar-se a un mer recurs escenogràfic. De fet és il.luminador un episodi de la vida d'Hildegarda, quan, ja abadessa, va deixar enterrar cementiri el cos d'un home en el passat excomunicat. El clergue de Magún­cia va prohibir a la comunitat d'Hildegarda sumir la comunió eucarística i cantar l'ofici. En una carta dirigida al clergue inquisidor desenvolupa una particular teologia de l'acte de cantar. Escriu Hildegarda que Adam va per­dre el do de cantar la lloança de Déu pel pecat, perdent la semblança amb les veus angèliques. Homes sants i profetes van trobar en l'art humà alguns gèneres musicals que recordaven els models divins. Però el diable, en sentir cantar de nou l'home i que aquest començava a recordar, per mitjà de la música, les harmonies celestes, es va espantar i va intentar torbar i destruir la bellesa de la lloança divina. Per la qual cosa, l'abadessa diu al clergue que prohibeix la música: "els prelats haurien de ser més curosos a l'hora de tancar amb una sentència la boca de qualsevol assemblea que canta a Déu [...], no sigui que estiguin ajudant l'obra de Satanàs".»

Para uma verdadeira compreensão do islão: a proibição da música - ilustração

Esta entrada serve de ilustração a estoutra, onde se trata a fundo da amplamente desconhecida proibição islâmica da música (salvo um par de excepções: a festa de Eid al-Adha e as cerimónias nupciais), a qual, mesmo não sendo habitualmente posta em prática, é absolutamente incontroversa e vinculativa, pelo que é realista esperar que qualquer regime islâmico mais rigorosamente observante das restrições impostas pelo Alcorão e pela Suná ― assim como pela jurisprudência que emana destas fontes ― a venha a aplicar. Recordo que, como visto na referida entrada, a prática da música é equiparada ao consumo de álcool e à fornicação, donde não ser despropositado temer que as práticas musicais venham a merecer das autoridades islâmicas mais zelosas uma efectiva proibição:
«A student has died after being beaten to death by pro-Taliban radicals at a Pakistani university.
The beating, which occurred earlier in the week, culminated in the death of Anan Khan, who attended the University of Engineering & Technology in Peshawar.
He was severely beaten with several other students at the university by members of a student wing of the hard-line Jamiat-e Islami party.
Witnesses have said the IJT attacked Adnan for playing music.
Members of the IJT have a record of breaking up music appreciation functions and dance parties on the campus.»
Via Jihad Watch, onde se pode ler uma entrada sobre a proibição da música no islão (mais curta e menos maçadora que a nossa), acompanhada de uma outra notícia que a ilustra. Finalizo com uma citação do ayatollah Khomeni e invocando o comentário de um leitor do Jihad Watch a uma notícia sobre esta matéria ― a proibição da música contida no Alcorão e na Suná do profeta do islão. Dizia o ayatollah Khomeni:
«Allah did not create man so that he could have fun. The aim of creation was for mankind to be put to the test through hardship and prayer. An Islamic regime must be serious in every field. There are no jokes in Islam. There is no humor in Islam. There is no fun in Islam. There can be no fun and joy in whatever is serious.»
Dizia o leitor (infelizmente não consigo encontrar a citação) que foi quando tomou conhecimento da proibição islâmica da música que se convenceu de que o islão é um culto satânico. Esta intuição do ignoto leitor do Jihad Watch leva-nos a escrever a próxima entrada.

20.3.10

Muçulmanos massacram cristãos na Nigéria em acto de jihad

Uma multidão entre numa aldeia e massacra 500 dos seus habitantes. De um lado pastores muçulmanos de uma etnia; do outro, agricultores cristãos de outra. Disputas sobre terras ― de pasto, para uns; de cultivo, para os outros. O que dizem os pseudo-especialistas em tudo-e-mais-alguma-coisa no Ocidente dhimmisado? Que se trata de um conflito étnico-sócio-económico. Há, contudo, um aspecto a considerar, mais do que apenas um pormenor: os atacantes ― pastores, muçulmanos, de uma determinada etnia ― atacaram os aldeãos ― agricultores, cristãos, de outra etnia ― aos gritos de «Allahu Akbar», que significa «Alá é maior», e que errada e frequentemente se traduz por «Alá é grande», grito islâmico de guerra. Para além disto, durante o ataque, foram queimados três templos cristãos, de diferentes denominações. Parece, portanto, indesmentível que o ataque teve uma forte componente religiosa e que os pseudo-especialistas ― agentes de um apaziguamento condenado ao fracasso, porque assente na falsidade ―, querem omitir esse facto:
«Where is the worldwide outrage at such an atrocity?

How could the murder of a 6-week-old child be revenge for anything?

On 7 March 2010, in the middle of the night, Muslims murdered 500 Christian women and children in the village of Dogo Nahawa, near the city of Jos. The Muslims massacred children as young as six weeks old.

Muslim extremists invaded the village at 2 a.m. local time and slaughtered Christians with machetes. In some cases, the Muslims wiped out entire families. Of those murdered, 380 were buried in a mass grave. The police have arrested 93 people and recovered guns, knives and other types of weapons from the suspects.

(...)

It was a Jihad attack and not an ethnic conflict.

Nigerian Christian leaders expressed outrage that the Muslim attack has been labeled “ethnic” violence by the media and politicians. According to Christian leaders, the violence is part of an Islamic Jihad against Christian minorities in northern Nigeria.

One eyewitness said the Muslims were “shouting Allah Akbar, Allah Akbar (God is great). If you hear them shouting Allah Akbar, Allah Akbar, then it means that they have killed somebody.” Church leaders said that the Muslims are bent on forcefully converting everyone in Plateau State to Islam.

Reverend Avou added, “The Muslims have training grounds in Nigeria, and they get their weapons from outside the country.”

During the attack, the Muslims burned down a Roman Catholic Church, the Evangelical Church of West Africa and the Church of Christ in Nigeria. (...)»

Acompanhe o evoluir da situação na Nigéria através do blogue Slaugther, onde pode ler mais sobre este ataque e outros que se seguiram.

Joseph Bento XVI Ratzinger ouve Joseph Haydn no dia de S. José

In Zenit:
«A Santa Sé felicitou Bento XVI hoje pelo dia do seu onomástico, a solenidade de São José, com o concerto “As últimas sete palavras de Cristo”, de Joseph Haydn, que tinha o mesmo nome de batismo do Papa.

O concerto, realizado na Sala Clementina do Vaticano, apresentou a versão dirigida pelo músico espanhol José Peris Lacasa (Maella, Zaragoza, 1924), a quem o Papa dedicou sua agradecida saudação e com quem, no final, teve um diálogo intenso.

A obra musical, uma das maiores do século, de 900 compassos, nasceu do trabalho confiado a Haydn por alguns ilustres espanhóis de Cádiz, que se reuniam em uma caverna para celebrar de maneira especial a Semana Santa.

As palavras de Jesus voltaram a ressoar junto ao túmulo do apóstolo Pedro

No final do concerto, o Santo Padre (...) apresentou a obra de Haydn como um exemplo, “entre os mais sublimes, de como é possível unir arte e fé”.

Constatando como a inspiração do compositor se baseia no Evangelho, o Bispo de Roma mostrou, com as notas da música, como, “na dura cruz, Deus pronunciou em Cristo a palavra de amor mais bela e mais verdadeira: Jesus, em sua entrega total e definitiva. Ele é e última palavra, mas não em sentido cronológico, e sim qualitativo”.

“Talvez eu tenha ido um pouco longe demais com esta reflexão, mas a culpa – ou talvez o mérito – é de Franz Joseph Haydn”, reconheceu o Papa, ao concluir seu discurso, centrado na criatividade artística da fé. (...)»

19.3.10

Pedofilia, Igreja, baixa política e sociedade

Para tratar deste tema, urge começar por fazer algumas declarações categóricas, para nos pormos a salvo de acusações de má-fé: o abuso sexual é uma prática abominável, independentemente do perfil da vítima; é-o ainda mais se cometido sobre menores; é especialmente agravado se cometido por pessoas incumbidas de zelar pelos interesses das vítimas; é ainda mais escandaloso quando aos abusadores está confiada a orientação moral e religiosa das vítimas; as principais vítimas são sempre os abusados; os abusos não-sexuais também são condenáveis. Dito isto, passemos ao tema propriamente dito, através de excertos de um magnífico artigo de Massimo Introvigne, cuja leitura integral se recomenda. Depois de uma apresentação do conceito sociológico de pânico moral e dos seus agentes, os empresários morais, Introvigne aborda os casos de abusos sexuais perpetrados por membros do clero que têm vindo a merecer ampla cobertura mediática. Para tal, apresenta as conclusões de um estudo realizado sobre a matéria pelo John Jay College of Criminal Justice, instituição pertencente à City University of New York:
«(...) Questo studio ci dice che dal 1950 al 2002 4.392 sacerdoti americani (su oltre 109.000) sono stati accusati di relazioni sessuali con minorenni. Di questi poco più di un centinaio sono stati condannati da tribunali civili. Il basso numero di condanne da parte dello Stato deriva da diversi fattori. In alcuni casi le vere o presunte vittime hanno denunciato sacerdoti già defunti, o sono scattati i termini della prescrizione. In altri, all’accusa e anche alla condanna canonica non corrisponde la violazione di alcuna legge civile: è il caso, per esempio, in diversi Stati americani del sacerdote che abbia una relazione con una – o anche un – minorenne maggiore di sedici anni e consenziente. Ma ci sono anche stati molti casi clamorosi di sacerdoti innocenti accusati. Questi casi si sono anzi moltiplicati negli anni 1990, quando alcuni studi legali hanno capito di poter strappare transazioni milionarie anche sulla base di semplici sospetti. Gli appelli alla “tolleranza zero” sono giustificati, ma non ci dovrebbe essere nessuna tolleranza neanche per chi calunnia sacerdoti innocenti. Aggiungo che per gli Stati Uniti le cifre non cambierebbero in modo significativo se si aggiungesse il periodo 2002-2010, perché già lo studio del John Jay College notava il “declino notevolissimo” dei casi negli anni 2000. Le nuove inchieste sono state poche, e le condanne pochissime, a causa di misure rigorose introdotte sia dai vescovi statunitensi sia dalla Santa Sede.

Lo studio del John Jay College ci dice, come si legge spesso, che il quattro per cento dei sacerdoti americani sono “pedofili”? Niente affatto. Secondo quella ricerca il 78,2% delle accuse si riferisce a minorenni che hanno superato la pubertà. Avere rapporti sessuali con una diciassettenne non è certamente una bella cosa, tanto meno per un prete: ma non si tratta di pedofilia. Dunque i sacerdoti accusati di effettiva pedofilia negli Stati Uniti sono 958 in cinquantadue anni, diciotto all’anno. Le condanne sono state 54, poco più di una all’anno.

Il numero di condanne penali di sacerdoti e religiosi in altri Paesi è simile a quello degli Stati Uniti, anche se per nessun Paese si dispone di uno studio completo come quello del John Jay College. Si citano spesso una serie di rapporti governativi in Irlanda che definiscono “endemica” la presenza di abusi nei collegi e negli orfanatrofi (maschili) gestiti da alcune diocesi e ordini religiosi, e non vi è dubbio che casi di abusi sessuali su minori anche molto gravi in questo Paese vi siano stati. Lo spoglio sistematico di questi rapporti mostra peraltro come molte accuse riguardino l’uso di mezzi di correzione eccessivi o violenti. Il cosiddetto rapporto Ryan del 2009 – che usa un linguaggio molto duro nei confronti della Chiesa Cattolica – su 25.000 allievi di collegi, riformatori e orfanatrofi nel periodo che esamina riporta 253 accuse di abusi sessuali da parte di ragazzi e 128 da parte di ragazze, non tutte attribuite a sacerdoti, religiosi o religiose, di diversa natura e gravità, raramente riferite a bambini prepuberi e che ancor più raramente hanno condotto a condanne.

(...)

Una domanda sgradevole – perché il semplice porla sembra difensivo, e non consola le vittime – ma importante è se essere un prete cattolico sia una condizione che comporta un rischio di diventare pedofilo o di abusare sessualmente di minori – le due cose, come si è visto, non coincidono perché chi abusa di una sedicenne non è un pedofilo – più elevato rispetto al resto della popolazione. Rispondere a questa domanda è fondamentale per scoprire le cause del fenomeno e quindi per prevenirlo. Secondo gli studi di Jenkins se si paragona la Chiesa Cattolica degli Stati Uniti alle principali denominazioni protestanti si scopre che la presenza di pedofili è – a seconda delle denominazioni – da due a dieci volte più altra tra i pastori protestanti rispetto ai preti cattolici. La questione è rilevante perché mostra che il problema non è il celibato: la maggior parte dei pastori protestanti è sposata. Nello stesso periodo in cui un centinaio di sacerdoti americani era condannato per abusi sessuali su minori, il numero professori di ginnastica e allenatori di squadre sportive giovanili – anche questi in grande maggioranza sposati – giudicato colpevole dello stesso reato dai tribunali statunitensi sfiorava i seimila. Gli esempi potrebbero continuare, non solo negli Stati Uniti. E soprattutto secondo i periodici rapporti del governo americano due terzi circa delle molestie sessuali su minori non vengono da estranei o da educatori – preti e pastori protestanti compresi – ma da familiari: patrigni, zii, cugini, fratelli e purtroppo anche genitori. Dati simili esistono per numerosi altri Paesi.

Per quanto sia poco politicamente corretto dirlo, c’è un dato che è assai più significativo: per oltre l’ottanta per cento i pedofili sono omosessuali, maschi che abusano di altri maschi. E – per citare ancora una volta Jenkins – oltre il novanta per cento dei sacerdoti cattolici condannati per abusi sessuali su minori e pedofilia è omosessuale. Se nella Chiesa Cattolica c’è stato effettivamente un problema, questo non è stato il celibato ma una certa tolleranza dell’omosessualità nei seminari particolarmente negli anni 1970, quando è stata ordinata la grande maggioranza di sacerdoti poi condannati per gli abusi. È un problema che Benedetto XVI sta vigorosamente correggendo. Più in generale il ritorno alla morale, alla disciplina ascetica, alla meditazione sulla vera, grande natura del sacerdozio sono l’antidoto ultimo alle tragedie vere della pedofilia. Anche a questo deve servire l’Anno Sacerdotale.»

Estes dados estatísticos contrariam algumas ideias mais ou menos arreigadas no senso comum: que o abuso sexual de menores cometido por membros do clero é prevalente em relação ao cometido por membros de outras profissões ou ministérios; que se verifica uma relação entre o celibato e estas práticas; que não há relação entre a orientação sexual do abusador e a ocorrência de abusos. Considerados estes dados estatísticos, Introvigne foca os casos recentemente trazidos a público:
«(...) Le polemiche di queste ultime settimane sulla Germania e l’Austria mostrano una caratteristica tipica dei panici morali: si presentano come “nuovi” fatti risalenti a molti anni or sono, in alcuni casi a oltre trent’anni fa, in parte già noti. Il fatto che – con una particolare insistenza su quanto tocca l’area geografica bavarese, da cui viene il Papa – siano presentati sulle prime pagine dei giornali avvenimenti degli anni 1980 come se fossero avvenuti ieri, e che ne nascano furibonde polemiche, con un attacco concentrico che ogni giorno annuncia in stile urlato nuove “scoperte” mostra bene come il panico morale sia promosso da “imprenditori morali” in modo organizzato e sistematico. Il caso che – come alcuni giornali hanno titolato – “coinvolge il Papa” è a suo modo da manuale. Si riferisce a un episodio di abusi nell’Arcidiocesi di Monaco di Baviera e Frisinga, di cui era arcivescovo l’attuale Pontefice, che risale al 1980. Il caso è emerso nel 1985 ed è stato giudicato da un tribunale tedesco nel 1986, accertando tra l’altro che la decisione di accogliere nell’arcidiocesi il sacerdote in questione non era stata presa dal cardinale Ratzinger e non gli era neppure nota, il che non è strano in una grande diocesi con una complessa burocrazia. Perché un quotidiano tedesco decida di riesumare questo caso e sbatterlo in prima pagina ventiquattro anni dopo la sentenza dovrebbe essere la vera questione.»
E Introvigne procura responder a esta questão:
«Perché riesumare nel 2010 casi vecchi o molto spesso già noti, al ritmo di uno al giorno, attaccando sempre più direttamente il Papa – un attacco, per di più, paradossale se si considera la grandissima severità del cardinale Ratzinger prima e di Benedetto XVI poi su questo tema? Gli “imprenditori morali” che organizzano il panico hanno un’agenda che emerge sempre più chiaramente, e che non ha veramente al suo centro la protezione dei bambini. La lettura di certi articoli ci mostra come – alla vigilia di scelte politiche, giuridiche e anche elettorali che un po’ dovunque in Europa e nel mondo mettono in questione la somministrazione della pillola RU486, l’eutanasia, il riconoscimento delle unioni omosessuali, in cui quasi solo la voce della Chiesa e del Papa si leva a difendere la vita e la famiglia – lobby molto potenti cercano di squalificare preventivamente questa voce con l’accusa più infamante e oggi purtroppo anche più facile, quella di favorire o tollerare la pedofilia. Queste lobby più o meno massoniche manifestano il sinistro potere della tecnocrazia evocato dallo stesso Benedetto XVI nell’enciclica Caritas in veritate e la denuncia di Giovanni Paolo II, nel messaggio per la Giornata Mondiale della Pace del 1985 (dell’8-12-1984), a proposito di “disegni nascosti” – accanto ad altri “apertamente propagandati” – “miranti a soggiogare tutti i popoli a regimi in cui Dio non conta”.

Davvero è questa un’ora di tenebre, che riporta alla mente la profezia di un grande pensatore cattolico del XIX secolo, il vercellese Emiliano Avogadro della Motta (1798-1865), secondo cui alle rovine arrecate dalle ideologie laiciste avrebbe fatto seguito un’autentica “demonolatria” che si sarebbe manifestata particolarmente nell’attacco alla famiglia e alla vera nozione del matrimonio. Ristabilire la verità sociologica sui panici morali in tema di preti e pedofilia di per sé non risolve i problemi e non ferma le lobby, ma può costituire almeno un piccolo e doveroso omaggio alla grandezza di un Pontefice e di una Chiesa feriti e calunniati perché sulla vita e la famiglia non si rassegnano a tacere.»

Conclusão: estes casos são projectados para a arena mediática quando se torna conveniente para algumas correntes de pensamento dito progressista ― as que se batem pelo aborto livre e pela equiparação das uniões civis ao casamento ― atacar as únicas vozes que se opõem a essas causas de suposto progresso social: a Igreja e o Papa. Via O Cachimbo de Magritte.

CAIR inflitrado em editora dos EUA

Daniel Pipes, em português, acerca do modus operandi de uma das mais importantes associações muçulmanas dos EUA.

«O Conselho de Relações Americano Islâmicas está a postos para o seu ataque habitual na discussão sobre o Islã.

Seu escritório na Filadélfia fará uma entrevista coletiva em 17 de março quando pretende "anunciar o lançamento de uma campanha nacional com o propósito de contestar a tendência anti-islâmica em uma série de livros infantis que o grupo de direitos civis muçulmano com base em Washington diz promover 'hostilidade contra o Islã e suspeição em relação aos muçulmanos".

A referência é a uma série de dez volumes para o ensino fundamental II e o ensino médio intitulado "O Mundo do Islã" produzido pelo Instituto de Pesquisas de Política Externa e publicado pela Editora Mason Crest. (Só para lembrar, de 1986 a 1993, trabalhei como diretor do Instituto de Pesquisas de Política Externa; eu não tinha nenhum papel na série o "Mundo do Islã").

Tomando a dianteira da entrevista coletiva, seria de grande ajuda rever uma troca de e-mails incriminatória entre os membros da equipe do CAIR a respeito da série. O sucedido acorreu em 9 dezembro de 2009, quando o "diretor de direitos civis" do escritório do CAIR na Filadélfia, Moein M. Khawaja, enviou um memo à equipe do CAIR. Khawaja informou ter examinado alguns dos volumes da Mason Crest e marcado matérias consideradas por ele desfavoráveis (como, "A burca é um nítido símbolo da resistência muçulmana européia à assimilação na sociedade").

Apoiando-se em um informante na Mason Crest, Khawaja escreveu:

Eu recebi a lista completa dos pedidos para essa série (pedidos realizados até ontem). Essa lista mostra quais escolas distritais e bibliotecas adquiriram a série completa ou livros em separado - Trata-se de uma campanha nacional. É uma informação valiosa porque podemos contatar cada uma delas e explicar que na realidade receberam propaganda. Não tenho certeza a respeito das questões legais nesse caso – mas deve haver algo sobre mascarar propaganda em escolas e bibliotecas?

Karen Dabdoub do escritório do CAIR em Cincinnati respondeu mais tarde, no mesmo dia, que ela compartilhava com as preocupações de Khawaja.

Muitos desses escritores têm nomes que no mínimo parecem judaicos e nenhum deles lembram nomes muçulmanos. Embora eu saiba que não podemos julgar um livro pela sua capa, ainda assim tenho motivos para duvidar da imparcialidade contida nesses livros. Também chamou a minha atenção um outro livro [publicado pela Mason Crest - DP] sobre o Fundamentalismo Islâmico e a apaixonada análise crítica citada por eles da Associação das Bibliotecas Judaicas.

Ainda em 9 de dezembro, Babak Darvish do escritório do CAIR em Columbus respondeu:

Bem lembrado Karen, os nomes se parecem sim... um deles soa como sérvio ou romeno. Parece que todos que têm queixas contra o Islã estão criando livros para a lavagem cerebral da juventude para a próxima geração. Isso é realmente abominável, seria como neonazistas escreverem livros para o ensino do judaísmo nas escolas públicas.

Presumivelmente o nome que "soa sérvio ou romeno" é o do falecido Michael Radu, ex-coautor e escritor do livro publicado recentemente, Europe's Ghost: Tolerance, Jihadism, and the Crisis of the West (Encounter).

Comentários: (1) Esse episódio levanta questões perturbadoras: O que o CAIR está fazendo com um "informante" dentro da Editora Mason Crest? Em quantas editoras ele já penetrou? E quais instituições culturais têm em sua equipe membros mais leais ao CAIR do que aos seus empregadores?

(2) Comentários sobre nomes de escritores "que no mínimo parecem judaicos" e outro que "soa como sérvio ou romeno" dão uma noção de como a equipe do CAIR pensa e escreve quando imagina não estar sendo observado, com atitudes tendenciosas e até mesmo racistas para com judeus e povos balcânicos, bem diferente da sua aparência pública habitual. (Essa aparência pública ocasionalmente também sofre deslizes, conforme eu já documentei em "Veja Quem Está Perfilando Agora - a equipe do CAIR.")

(3) Ainda mais alarmante é a conclusão, a partir do nome dos autores, de que a série da Mason Crest "é realmente abominável" e a sua comparação a "neonazistas escreverem livros para o ensino do judaísmo nas escolas públicas". Implícito a esse raciocínio é a falsa e degradante assunção de que os povos judeus e balcânicos não possam escrever sobre o Islã.

(4) Eu desafio a Editora Mason Crest a investigar quem de seus funcionários levou clandestinamente para fora informações de direito exclusivo do CAIR e em seguida informar ao público a sua identidade.

(5) E eu desafio o CAIR a repudiar e condenar as declarações antisemitas e racistas dos membros da sua equipe.»

À maneira socialista

Lê-se e chega-se a duvidar se teremos percebido bem: um político norte-coreano, próximo do líder Kim Jong-Il, com responsabilidades na reforma monetária levada a cabo naquele país asiático ― um dos poucos "paraísos" comunistas da actualidade ― terá sido condenado à morte e executado por ser deliberadamente responsável pelo falhanço da dita reforma. Havia que encontrar um bode expiatório. Nada mais fácil. Nem surpreenderia se o putativo sabotador tivesse confessado publicamente o seu acto contra-recolucionário, levado a cabo a soldo de qualquer potência capitalista estrangeira. Duas questões: o que terá a dizer o camarada Bernardino Soares? O que mantém tão ocupados os media portugueses que não lhes deixa espaço para dar notícias como esta?
«Un proche de Kim Jong-il exécuté pour avoir «ruiné l'économie» Un haut dignitaire nord-coréen a été victime d’une purge et aurait été exécuté pour avoir « ruiné l’économie nationale » Il fallait bien trouver un responsable à l’échec de la réforme monétaire lancée en 2009 en Corée du Nord et qui avait provoqué des émeutes dans tout le pays. Pak Nam-ki, un responsable nord-coréen des finances, ancien directeur du Parti communiste pour la planification et les finances, aurait été exécuté la semaine dernière dans une caserne de la capitale Pyongyang, a rapporté jeudi 18 mars la presse sud-coréenne. Limogé au début du mois dernier, il était accusé d’avoir « ruiné délibérément l’économie nationale », a indiqué l’agence. Ni le ministère sud-coréen de l’unification ni les services de renseignement n’ont confirmé l’information. Âgé de 77 ans, Pak Nam-ki a payé, selon l’agence de presse sud-coréenne Yonhap, l’échec de la réforme monétaire, première réévaluation du won en dix-sept ans qui visait à juguler l’inflation et à enrayer les transactions au marché noir, mais a eu l’effet contraire d’alimenter l’inflation et d’accentuer la pénurie en produits alimentaires. (...) La presse sud-coréenne avait indiqué début février que Pak Nam-ki avait été démis de ses fonctions par le numéro un nord-coréen, Kim Jong-il, à la suite de la réévaluation du won en novembre. Chargé de réformer une économie moribonde, il faisait partie de la garde rapprochée du leader nord-coréen et l’accompagnait fréquemment dans ses tournées à travers le pays. Si son exécution « est confirmée, cela prouve que le régime veut tout faire pour calmer la population. »

Incompetência ou malevolência?

Charles Krauthammer, no National Review Online, sobre o incidente burocrático transformado em crise diplomática, e de como isso ocorreu:
«Why did Pres. Barack Obama choose to turn a gaffe into a crisis in U.S.-Israeli relations? And a gaffe it was: the announcement by a bureaucrat in the Interior Ministry of a housing expansion in a Jewish neighborhood in north Jerusalem. The timing could not have been worse: Vice President Joe Biden was visiting, Jerusalem is a touchy subject, and you don’t bring up touchy subjects that might embarrass an honored guest. But it was no more than a gaffe. It was certainly not a policy change, let alone a betrayal. The neighborhood is in Jerusalem, and the 2009 Netanyahu-Obama agreement was for a ten-month freeze on West Bank settlements excluding Jerusalem. (...) Prime Minister Binyamin Netanyahu did not know about this move (...). Nonetheless the prime minister is responsible. He apologized to Biden for the embarrassment. When Biden left Israel on March 11, the apology appeared accepted and the issue resolved. The next day, however, the administration went nuclear. After discussing with the president specific language she would use, Secretary of State Hillary Clinton called Netanyahu to deliver a hostile and highly aggressive 45-minute message that the Biden incident had created an unprecedented crisis in U.S.-Israeli relations. Clinton’s spokesman then publicly announced that Israel was now required to show in word and in deed its seriousness about peace. Israel? Israelis have been looking for peace — literally dying for peace — since 1947, when they accepted the U.N. partition of Palestine into a Jewish state and an Arab state. (The Arabs refused and declared war. They lost.) Israel made peace offers in 1967, in 1978, and in the 1993 Oslo peace accords that Yasser Arafat tore up seven years later to launch a terror war that killed a thousand Israelis. Why, Clinton’s own husband testifies to the remarkable courage and vision of the peace offer made in his presence by Ehud Barak (now Netanyahu’s defense minister) at the 2000 Camp David talks. Arafat rejected it. In 2008, Prime Minister Ehud Olmert offered equally generous terms to Palestinian leader Mahmoud Abbas. Refused again. In these long and bloody 63 years, the Palestinians have not once accepted an Israeli offer of permanent peace, or ever countered with anything short of terms that would destroy Israel. They insist instead on a “peace process” — now in its 17th post-Oslo year and still offering no credible Palestinian pledge of ultimate coexistence with a Jewish state — the point of which is to extract preemptive Israeli concessions — such as a ban on Jewish construction in parts of Jerusalem conquered by Jordan in 1948 — before negotiations for a real peace have even begun. Under Obama, Netanyahu agreed to commit his center-right coalition to acceptance of a Palestinian state; took down dozens of anti-terror roadblocks and checkpoints to ease life for the Palestinians; assisted West Bank economic development to the point where its GDP is growing at an astounding 7 percent a year; and agreed to the West Bank construction moratorium, a concession that Secretary Clinton herself called “unprecedented.” What reciprocal gesture, let alone concession, has Abbas made during the Obama presidency? Not one. Indeed, long before the Biden incident, Abbas refused even to resume direct negotiations with Israel. That’s why the Obama administration has to resort to “proximity talks” — a procedure that sets us back 35 years to before Anwar Sadat’s groundbreaking visit to Jerusalem. And Clinton demands that Israel show its seriousness about peace? Now that’s an insult. So why this astonishing one-sidedness? Because Obama likes appeasing enemies while beating up on allies? (...) Or is it because Obama fancies himself the historic redeemer whose irresistible charisma will heal the breach between Christianity and Islam or, if you will, between the post-imperial West and the Muslim world — and has little patience for this pesky Jewish state that insists brazenly on its right to exist, and even more brazenly on permitting Jews to live in its own ancient, historic, and now present capital?»

16.3.10

Para uma videoteca do relativismo cultural: os Bacha Bazi

Pedofilia, lenocínio, tribalismo, homicídio, etc.: os Bacha Bazi. Para a próxima vez que ouvir alguém dizer que todas as culturas são iguais, que não há culturas melhores que as outras, mostre-lhe este video. Se alguém disser que também há pedofilia no Ocidente, di-lo sabendo que é uma prática quase universalmente condenada, só tolerada pelos próprios relativistas culturais. Como disse Gert Wilders no discurso à Câmara dos Lordes de 5 de Março de 2010 (tradução da autoria do Rui do Neuromante):
«[T]eremos que pôr fim e livrar-mo-nos do relativismo cultural. Aos culturais relativistas, aos socialistas da sharia, eu tenho orgulho em lhes dizer: a nossa cultura é de longe superior à cultura islâmica. Não tenho medo de o afirmar. Não se é racista por se dizer que a nossa cultura é melhor.»

Link: Vid1

Via The Force of Reason.

15.3.10

Una sicut erat

Sinais de esperança. Vai na volta ainda será durante a nossa vida a resolução destes cismas. A☧Ω
Mãe da Igreja, rogai por nós.

Frente Nacional cresce em França

A Frente Nacional (FN) ― partido de extrema-direita francês, liderado por Jean-Marie Le Pen ―, melhorou os seus resultados eleitorais em relação aos sufrágios mais recentes. O fenómeno do recrudescimento da FN, estará relacionado com a desilusão de sectores conservadores com o presidente Sarkozy. Recorde-se que, nas últimas eleições presidenciais, Sarkozy fez campanha contra a islamização da França, contra o descontrolo da emigração, contra a violência racial muçulmana, contra a existência de zonas onde os não-muçulmanos não podem entrar. Deste modo, Sarkozy terá conseguido reunir à sua volta os eleitores verdadeiramente preocupados com o avanço do islão, mas que, não sendo racistas, não se revêem nas posturas cegamente anti-emigração e xenófobas da FN. Pode pensar-se que nas presidenciais de 2007, só votou FN quem é mesmo racista e fascista. Passados quase três anos da sua eleição, Sarkozy parece não ter conseguido fixar os votos dos franceses preocupados com as profundas transformações que o seu país vem sofrendo. Desiludidos com Sarkozy, alguns ― dentre os 48% de recenseados que resolveram votar ― não terão encontrado em todo o espectro político francês quem os represente, se não a FN. O mesmo fenómeno ocorre no Reino Unido, onde um partido conservador cada vez mais esquerdisado se mostra incapaz de crescer de forma concludente e onde os fascistas do British National Party recolhem preferência crescente, justamente entre as classes operárias ― eleitorado tradicionalmente sensível à demagogia socialista, seja internacionalista (partidos comunistas e socialistas), seja nacionalista (partidos fascistas, nacional-socialistas) ― de zonas com forte implantação de emigrantes muçulmanos. O crescimento da extrema-direita ― colectivista, centralista, racista, anti-semita, neo-pagã ― é muito de lamentar, porque a tirania fascista não é alternativa válida à tirania islâmica. Ver Le Figaro e The Straits Times. Via Islam in Europe.

14.3.10

Israel e a Península Ibérica: terras de conquista muçulmana

Um pequeno e precioso video. Logo nos primeiros segundos, o xeque Ali Al-Faqir expõe, com toda a clareza, a causa do conflito israelo-muçulmano e estabelece uma importante relação, especialmente para nós, portugueses, entre este conflito e a pretensão muçulmana de reconquistar a Península Ibérica: ambos os territórios ― Israel, por um lado, Portugal e Espanha, por outro ―, já foram dominados pelos muçulmanos e, segundo o pensamento muçulmano, em virtude dessa circunstância histórica, serão terra muçulmana para sempre. Já o tenho dito: estamos na segunda linha da ofensiva de dominação islâmica, logo a seguir a Israel e a outros territórios onde os conflitos armados já estão em curso, como a Somália, o Sudão, o Quénia, a Nigéria, etc..

Discurso de Geert Wilders à Casa dos Lordes, 5 de Março de 2010 (2)

Publico a tradução do discurso de Gert Wilders feita pelo Rui, publicada em quatro entradas no seu blogue Neuromante, nas quais o Rui inseriu comentários que resolvi não publicar a fim de tornar mais fluente a leitura do discurso. Os leitores que desejarem, podem ler a tradução com os comentários no local da sua publicação original. Resolvi, ainda, proceder a algumas pequenas adaptações formais do texto, que não do seu conteúdo ― a mais evidente das quais será a opção de grafar Alcorão e lugar de Corão ―, a fim de manter alguma concordância com o estilo da escrita por nós aqui usado. Os meus agradecimentos ao Rui.
«Obrigado. É bom regressar a Londres. E desta vez posso ver mais desta maravilhosa cidade do que o centro de detenção do aeroporto de Heathrow. Hoje apresento-me perante vós neste extraordinário local. Na verdade, é um lugar sagrado. Como Malcolm sempre disse, é a mãe de todos os Parlamentos, e sinto-me profundamente humilde por ter esta oportunidade de falar perante vós. Obrigado Lord Pearson e Lady Cox pelo vosso convite (...). Tenho grandes notícias. Pela primeira vez o meu partido, o Partido da Liberdade, participou nas eleições realizadas na Holanda na quarta-feira passada. Participámos em duas cidades. Em Almere, uma das maiores cidades holandesas, e em Haia, a terceira maior cidade (...). Em Almere ganhámos e em Haia, cidade onde vive a Rainha, conseguimos o 2ºlugar. E tenho mais boas notícias. Há duas semanas o governo holandês colapsou e em Junho teremos eleições legislativas. O futuro do Partido da Liberdade parece promissor. De acordo com as sondagens seremos o maior partido holandês. Pretendo ser modesto, mas quem sabe, posso ser eleito Primeiro Ministro nos próximos meses. Senhoras e Senhores, não longe daqui ergue-se a estátua de um dos maiores Primeiros Ministros que este país alguma vez teve (Winston Churchill). E eu gostaria de o citar aqui hoje: "O maomedismo (islamismo) é uma fé militante dedicada ao proselitismo. Não existe força mais retrograda no Mundo. Já se espalhou pela África Central, criando guerreiros destemidos a cada passo (...) a civilização da Europa moderna pode cair, como caiu a civilização de Roma Antiga".
"O maomedismo (islamismo) é uma fé militante dedicada ao proselitismo. Não existe força mais retrograda no Mundo. Já se espalhou pela África Central, criando guerreiros destemidos a cada passo (...) a civilização da Europa moderna pode cair, como caiu a civilização de Roma Antiga".
Estas foram as palavras de Winston Churchill no seu livro ‘The River War(1) escrito em 1899. Churchill tinha razão. Senhoras e senhores, eu e o meu partido, não temos quaisquer problemas com os muçulmanos. Há muçulmanos moderados. A maioria dos muçulmanos são cidadãos que cumprem a lei e querem viver pacificamente como todos nós. É por isso que faço uma distinção clara entre as pessoas, os muçulmanos, e a ideologia, o Islão. Pode haver muitos muçulmanos moderados, mas não existe tal coisa como o Islão moderado. O Islão persegue a dominação do mundo. O Alcorão manda os muçulmanos estabelecer a lei da sharia. O Alcorão manda os muçulmanos exercer a jihad. O Alcorão comanda os muçulmanos a impor o Islão a todo o mundo. Como disse o ex-primeiro-ministro turco Erbakan: "Toda a Europa se tornará islâmica. Nós conquistaremos Roma." Fim de citação. O ditador líbio, Gaddafi disse:
“Existem dezenas de milhão de muçulmanos na Europa e o seu número está a aumentar. Esta é uma clara indicação que a Europa será convertida ao Islão."
Na verdade, por uma vez na vida Gaddafi disse a verdade. Porque, lembrem-se, a imigração em massa e a demografia é o objectivo! O Islão não é meramente uma religião, é principalmente uma ideologia totalitária. O Islão quer dominar todos os aspectos da vida, do berço até à cova. A lei da sharia controla cada detalhe do dia a dia nas sociedades islâmicas. Desde a lei aplicada na família até ao crime. Determina como devemos comer, vestir e usar a casa de banho. Para eles, oprimir a mulher é bom, beber álcool é mau. Eu acredito que os Islão não é compatível com o nosso estilo de vida Ocidental. O Islão é uma ameaça aos valores Ocidentais. A igualdade do homem e da mulher, a igualdade entre os homossexuais e os heterossexuais, a separação entre a igreja e o estado, a liberdade de expressão, estão sob pressão devido à islamização. Senhoras e senhores: o Islão e a liberdade, o Islão e a democracia não são compatíveis. São valores opostos.

Orphanus in nova et sana domo cum matre patreque

«Revisão Da Pesquisa Sobre A Educação, Adopção, e Acolhimento Parental por Homossexuais
por George A. Rekers, Ph.D., Professor de Neuropsiquiatria & Ciência Comportamental, Faculdade de Medicina da Universidade da Carolina do Sul, Columbia, Carolina do Sul
Nota do editor: A maior parte da evidência científica aqui revista aplica-se às leis que regulam a decisão da custódia, adopção, e acolhimento de menores, apesar de ter sido especificamente preparada para defesa da regulação de Arkansas, na qual se proibia a atribuição de licenças a lares nos quais habite um adulto com comportamentos homossexuais. Curiosamente,a advogada escolhida para defender a regulação de Arkansas, Kathy Hall, propôs em tribunal que fossem excluídos todos os dados científicos evidenciando a maior frequência de violência doméstica, pedofilia, e transmissão de doença venérea por adultos homossexuais às crianças, quando comparados com os heterossexuais casados. Kathy Hall aconselhou o Professor Rekers a não fazer uma revisão da evidência existente nestas áreas. Depois, quando viu a revisão do Dr. Reker (incluída neste paper) sobre a maior frequência de perturbações psiquiátricas nos homossexuais praticantes quando comparados com os heterossexuais, a advogada Katty Hall propôs à última da hora moções no sentido de se excluir aquela evidência científica na consideração do seu caso, isto imediatamente antes da intervenção do Dr. Rekers em tribunal. Kathy Hall acabou por não deixar que o Professor Rekers apresentasse sequer 20% das conclusões deste paper, entregue pelo académico à advogada antes do depoimento em tribunal, pelo que, deste modo, Hall perdeu o caso para o Estado de Arkansas. Pelo contrário, o Estado da Florida usou este mesmo tipo de investigação científica, fornecida pelo Dr. Rekers, para defesa da sua lei proibindo a adopção de crianças por homossexuais, defesa esta vitoriosa inclusive no Supremo Tribunal dos E.U.A. em Janeiro de 2005. Os Escuteiros da América também se apoiaram, em parte, nesta linha de investigação fornecida pelo Prof. Rekers, e assim ganharam o seu caso através de apelos ao Supremo Tribunal.