15.3.10

Frente Nacional cresce em França

A Frente Nacional (FN) ― partido de extrema-direita francês, liderado por Jean-Marie Le Pen ―, melhorou os seus resultados eleitorais em relação aos sufrágios mais recentes. O fenómeno do recrudescimento da FN, estará relacionado com a desilusão de sectores conservadores com o presidente Sarkozy. Recorde-se que, nas últimas eleições presidenciais, Sarkozy fez campanha contra a islamização da França, contra o descontrolo da emigração, contra a violência racial muçulmana, contra a existência de zonas onde os não-muçulmanos não podem entrar. Deste modo, Sarkozy terá conseguido reunir à sua volta os eleitores verdadeiramente preocupados com o avanço do islão, mas que, não sendo racistas, não se revêem nas posturas cegamente anti-emigração e xenófobas da FN. Pode pensar-se que nas presidenciais de 2007, só votou FN quem é mesmo racista e fascista. Passados quase três anos da sua eleição, Sarkozy parece não ter conseguido fixar os votos dos franceses preocupados com as profundas transformações que o seu país vem sofrendo. Desiludidos com Sarkozy, alguns ― dentre os 48% de recenseados que resolveram votar ― não terão encontrado em todo o espectro político francês quem os represente, se não a FN. O mesmo fenómeno ocorre no Reino Unido, onde um partido conservador cada vez mais esquerdisado se mostra incapaz de crescer de forma concludente e onde os fascistas do British National Party recolhem preferência crescente, justamente entre as classes operárias ― eleitorado tradicionalmente sensível à demagogia socialista, seja internacionalista (partidos comunistas e socialistas), seja nacionalista (partidos fascistas, nacional-socialistas) ― de zonas com forte implantação de emigrantes muçulmanos. O crescimento da extrema-direita ― colectivista, centralista, racista, anti-semita, neo-pagã ― é muito de lamentar, porque a tirania fascista não é alternativa válida à tirania islâmica. Ver Le Figaro e The Straits Times. Via Islam in Europe.

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