1.3.10

Prologus in seriem de sodomia et excerptum ex libro Gerardi van den Aardweg

Começamos hoje o combate ao homossexualmente correcto. Os leitores a quem desgoste a aparente fuga do assunto central deste blog considerem que uma nação de gente fraca não conseguirá combater as ameaças externas, quaisquer que sejam.
A normal perplexidade do cidadão comum e da sociedade em geral perante o modus essendi dos indivíduos com tendências homossexuais condiciona a rehabilitação destes últimos. O mais que se lhes oferece é um escândalo puritano, com insultos verbais, se não agressão fýsica. Assim, na impotência para curar um homossexual, resigna-se o povo e grassa a propaganda dos activistas militantes do lobby gay, apoiados pelos seus sinistros amigos revolucionários. Para essa gentinha demente e coprófaga, a pocilga é o limite.
Fui à procura de melhor. Aconselharam-me um livro de um psychotherapeuta holandês chamado Gerard van den Aardweg. O livro, "Homossexualidade e esperança", explica muito bem quomodo surge o complexo homossexual, e como conduzi-lo à normalidade heterossexual. A tradução portuguesa pode ser adquirida em Portugal (Diel) ou no Brasil (Quadrante). Espero com esta humilde sugestão contribuir para o crescimento da caridade informada na verdade racional e objectiva. Como dizia o jurista romano do século III, Ulpianus, justiça é dar a cada um o que lhe pertence, dare cuique suum; é de inteira justiça que os homossexuais conheçam o seu problema e sejam ajudados por terceiros esclarecidos.
Entretanto, encontrei online um segundo livro do mesmo auctor. [Addendum: resumo do livro por D. Estevão Bettencourt] Segue a tradução das primeiras páginas:
«INTRODUÇÃO
Este livro fornece guidelines para o tratamento da homossexualidade, que consiste essencialmente de uma auto-terapia. Destina-se às pessoas com inclinações homossexuais que queiram elas próprias fazer alguma coisa pela sua "situação", mas não tenham hipótese de visitar um terapeuta com ideias saudáveis acerca do assunto. Isto porque, na verdade, os há poucos. A principal razão para este facto é que o tema da homossexualidade tem sido desdenhado, ignorado, ou até mesmo omitido dos curricula universitários, tendo sido colocada a ênfase na ideologia da "normalidade", segundo a qual a homossexualidade mais não seria que uma alternativa sexual, natural. Logo, são pouquíssimos os médicos, cientistas comportamentais e psicoterapeutas com formação adequada nesta área, e o seu domínio é, a mais das vezes, rudimentar.
Lá por a componente auto-terapêutica predominar em qualquer que seja o tratamento da homossexualidade, isto não implica por regra que o indivíduo o possa fazer sozinho. Quem quiser ultrapassar problemas emocionais necessitará de um guia que seja empático, pragmático e encorajador, com o qual poderá abrir a sua mente, descobrir importantes facetas da sua vida emocional e das suas motivações, e receber orientações para a sua luta interior. Não é preciso que este guia seja um terapeuta profissional. De preferência, deveria sê-lo, mas desde que tenha uma visão saudável relativamente à sexualidade e à moralidade; caso contrário, será mais prejudicial do que benéfico. Noutros casos, um médico ou um padre com personalidades normais e equilibradas, e capazes de estabelecer uma relação empática, poderão desempenhar bem este papel. Se ainda assim não houver ninguém melhor à mão, poderá ser exequível confiar a um amigo ou familiar com sensibilidade humana e saúde mental o papel de orientador. Também para os terapeutas, ou outros que eventualmente terão de apoiar um homossexual desejoso de mudança, destino secundariamente este livro; também estes devem conhecer um mínimo da patologia homossexual.
Exponho aqui o que julgo ser essencial para a avaliação e (auto-)tratamento da homossexualidade, baseando-me nas minhas mais de três décadas de estudo e experiência terapêutica com mais de trezentas pessoas―as quais conheço bem por ter acompanhado ao longo dos anos―, e com muitas outras pessoas com esta orientação e diferentes graus de adaptação social. Quem estiver interessado na evidência científica relativa à psico-avaliação e homossexualidade, na importância das relações com os pais e outros elementos da família, e na adaptação social da criança, aconselho dois livros meus escritos em inglês: On the Origins and Treatment of Homosexuality (1986); veja também Homosexuality and Hope (1985).
Boa vontade
Sem uma resolução forte, sem "boa vontade", a mudança não acontece. Mas com ela, a maioria dos casos melhora, e, podemos até numa minoria falar de cura―a profunda mudança da emotividade interior, de modo geral neurótica, acompanhada da conversão dos interesses sexuais.
Mas quem é que tem "boa vontade"? A maior parte dos afligidos, inclusive aqueles que professam activamente a sua homossexualidade, ainda assim desejam ser normais, por mais reprimidos que esteja este sentimento. Só uma minoria, contudo, é que quer realmente mudar, com constância, e não apenas num mero impulso, talvez reincidente, mas fugaz. Mesmo os mais determinados a combater a sua homossexualidade têm muitos pensamentos secundários, de estima e fascínio para com os desejos homoeróticos. Portanto, a maior parte deles tem uma fraca vontade, que obviamente sai enfraquecida pela pressão social no sentido de "aceitarem a sua homossexualidade." Para persistir no propósito de mudar, deve cultivar-se no próprio alguns factores motivadores, p.ex.: a noção clara de que a homossexualidade é antinatural; firmes convicções morais e/ou religiosas; e, quando fôr caso disso, querer levar por diante o casamento da melhor maneira possível, tanto nos aspectos sexuais, como noutros. Boa motivação não quer dizer violentar-se com rigidez, odiar-se, ou anuir por medo às prescrições religiosas, só porque impostas pela sociedade ou religião. Pelo contrário, significa sentir com força e serenidade que a homossexualidade é incompatível com a maturidade psicológica, com a pureza moral, com a consciência mais profunda, e com a responsabilidade perante Deus. Logo, fortalecer a perseverança moral para combater a face homossexual da sua própria personalidade é crucial para obter um bom outcome.
Resultados
É compreensível que aquelas pessoas que ponderam tratar a sua homossexualidade, assim como outras interessadas na matéria, estejam curiosas em saber a "percentagem de curas". No entanto, uma estatística simplista não consegue reunir toda a informação necessária para o julgamento equilibrado. No que diz respeito às curas, a minha experiência diz-me que cerca de 10-15% de todos aqueles que iniciaram tratamento (note-se que 30% abandonaram-no ao fim de alguns meses) tiveram uma recuperação "radical". Isto é, depois de anos de tratamento, já não têm sentimentos homossexuais, e podem ser considerados heterossexuais normais; esta mudança vai amadurecendo ao longo dos anos. Também melhoram bastante em termos de emotividade geral e maturidade―terceiro critério obrigatório para uma mudança "radical". Este último aspecto é fundamental, porque a homossexualidade não é uma "preferência" isolada na personalidade saudável, mas antes uma manifestação de uma personalidade neurótica. Por exemplo, já tenho visto uns quantos casos de mudanças surpreendentemente completas e rápidas, da homossexualidade para a heterossexualidade, em pessoas com paranóias latentes até lá dominantes. Falo de uma verdadeira "substituição sintomática", que nos alerta para o facto clínico de que a homossexualidade é muito mais do que uma perturbação funcional de âmbito estritamente sexual.
A maioria dos que tentam praticar regularmente os métodos que discutirei adiante melhoram de facto ao fim de vários anos de tratamento (em média, três a cinco). Os seus desejos e fantasias homossexuais enfraquecem, ou desaparecem; a heterossexualidade surge de novo (ou então é fortalecida se já previamente aparente); e a neuroticidade da sua personalidade regride. Alguns, não todos, contudo, recaem ocasionalmente (durante situações de stress, por exemplo) e voltam a ver-se homossexuais, como dantes; mas, se voltarem à luta, a recidiva não durará muito tempo.
Este panorama é muito mais positivo do que o que os homossexuais pro-emancipação―manifestamente interessados no dogma da homossexualidade irreversível―far-nos-iam crer. Por outro lado, não é assim tão simples ser bem sucedido como algumas pessoas ligadas a movimentos ex-gay por vezes defendem. Primeiro, a mudança costuma demorar pelo menos três a cinco anos, apesar de serem possíveis grandes avanços muito mais depressa. Segundo, tal mudança exige perseverança, paciência para se satisfazer com pequenos passos, pequenas vitórias do dia-a-dia, em vez de estar à espera de uma cura repentina e espectacular. Estes factos não são estranhos se percebermos que a pessoa sob (auto-)terapia está, no fundo, a re-estruturar, ou a re-educar, a sua personalidade mal-formada e imatura. Não devemos pensar que não vale a pena tentar o tratamento quando o resultado não fôr completo e desaparecerem todas as inclinações homossexuais. Pelo contrário! O homossexual só ganha com o processo: as suas obsessões sexuais quase sempre desvanecem, a pessoa alegra-se e tem melhor aspecto, e certamente, hábitos de vida mais saudáveis. Entre a cura completa e o pequeno e breve avanço (o esperado em cerca 20% dos que permanecem sob terapia), existem muitas tonalidades de resposta, mais ou menos satisfatórias. Mas, até mesmo a maioria dos que melhoram menos em termos de sentimentos, reduz substancialmente os seus contactos homossexuais, facto salutar que não deve ser senão considerado como uma ganho, em termos morais e físicos, como se tem demonstrado com a epidemia da SIDA. (Os dados das doenças venéreas e da esperança de vida dos homossexuais convictos são verdadeiramente alarmantes, mesmo removendo o efeito da SIDA; Cameron 1992).
O que se passa com a homossexualidade é, em poucas palavras, o que se passa com outras neuroses: fobias, obsessões, depressões, anomalias sexuais. Há-que tentar minorar o problema, mesmo que seja custoso em termos de energia e implique desiludir-se a si mesmo e desistir de muitos prazeres no curto-prazo. Muitos homossexuais desconfiam disto, e como não querem ver o que é evidente, tentam convencer-se de que a sua orientação é normal, defendendo-se furiosos perante quaisquer ameaças ao seu sonho, ou fuga à realidade. Gostam de exagerar a dificuldade da terapia e não enxergam as vantagens de mudar para melhor, ainda que pouco a pouco. Alguém é contra as terapêuticas da artrite reumatóide ou do cancro só porque não são definitivamente curativas em todos os doentes?
O sucesso dos movimentos ex-gay, e outras terapias
O crescente movimento dos "ex-gays", consistindo de vários grupos mais ou menos organizados de pessoas que querem mudar de orientação sexual, são sinal do cada vez maior número de pessoas que melhoraram profundamente, alguns até à cura total. Estes grupos utilizam uma mescla de psicologia e cristianismo, o que na prática se traduz por métodos de luta interior. O homossexual em tratamento pode estar em vantagem pelo facto de ser cristão, porque a sua crença na palavra (inalterada) de Deus oferece-lhe uma orientação firme e inequívoca para a sua vida, fortalece a sua esperança em vencer o que ele sente como sendo o seu lado negro, e fá-lo desejar ser puro moralmente. Apesar de alguns desequilíbrios, tais como o entusiasmo fácil e exagerado, o anúncio de uma "cura" prematura, ou a espera de que o seu problema seja resolvido pela "milagrosa" intervenção divina, mesmo assim podemos e devemos aprender algo com este movimento cristão, lição aliás que aprendemos também na nossa prática clínica: a terapia da homossexualidade é psicológica, espiritual, e moral, ainda mais que a de outras neuroses. A consciência entra em acção, a par com a força do espírito, ensinando à pessoa que ceder à homossexualidade e ao seu modo de vida é incompatível com a verdadeira paz interior e com a vivência religiosa. Na verdade, muitos homossexuais tentam obcecadamente conciliar o irreconciliável, pensando que podem ser cristãos devotos e homossexuais activos simultaneamente. Mas a artificialidade decepcionante destas tentativas é aparente; no final, acabam praticando a sua homossexualidade e esquecendo o cristianismo; ou então, re-interpretam a religião de modo a compatibilizá-la com a homossexualidade e a não ferirem a sua própria consciência. A verdade é esta: o melhor e mais frutuoso tratamento da homossexualidade é o que combina elementos morais e espirituais com a ajuda da psicologia moderna.
Ao apresentar os conceitos básicos da homossexualidade e sua terapêutica, não é minha intenção inquinar outros métodos. Para mim, as diversas teorias da psicologia moderna e respectivas terapias são muito mais semelhantes entre si do que diferentes. De notar que quase todas elas reconhecem na homossexualidade um problema de auto-identificação sexual. Para além disso, os vários métodos acabam por ir dar ao mesmo na prática clínica, muito mais do que seria de esperar para quem lesse só os livros; há enormes convergências nos diferentes métodos. Dito isto, e ressalvando os grandes respeito e consideração que tenho por todos os meus colegas nesta área, os quais tentam resolver os enigmas da homossexualidade e ajudar os necessitados a seguirem o seu autêntico caminho, gostaria de oferecer o que na minha opinião é a melhor integração teórica das várias correntes e hipóteses, de modo a conseguir uma (auto-)terapia o mais efectiva possível. Quanto mais rigorosas forem as nossas observações e conclusões, melhor será a auto-avaliação do homossexual em causa, e maior a sua recuperação.
PARTE PRIMEIRA,
A HOMOSSEXUALIDADE, POR ALTO
Para aguçar o entendimento do leitor acerca da visão exposta adiante, destaquemos de antemão os seus pontos principais. Aqui, a noção central é a do vitimismo inconsciente do homossexual. Esta compulsão não é voluntária, mas sim autónoma, e condiciona comportamento "masoquista". O próprio desejo homossexual faz parte desta auto-compaixão inconsciente, bem como os seus sentimentos de inferioridade sexual. Esta visão conjuga as noções e as observações comportamentais de Alfred Adler (1930; segundo as quais o complexo de inferioridade e os desejos de auto-compensação se destinam à "reparação" da inferioridade), do psicanalista austríaco-americano Edmund Bergler (1957; a homossexualidade enquanto "masoquismo psíquico"), e do psiquiatra holandês Johan Arndt (1961; o conceito da pena compulsiva de si mesmo).
Em segundo lugar, devido ao seu complexo de inferioridade sexual (virilidade/feminilidade inferiores), o homossexual permanece em parte "uma criança", ou "um adolescente", observação esta a que se chama infantilismo psíquico. Este conceito freudiano foi reaplicado à homossexualidade por Wilhelm Stekel (1922), e está de acordo com as visões mais modernas da "criança interior do passado" (pedopsiquiatra norte-americano Missildine 1963; Harris 1973; entre outros).
Em terceiro lugar, existem certas atitudes por parte dos pais, e certos tipos de relação pai/mãe-filho(a), que predispõem ao aparecimento do complexo de inferioridade sexual do homossexual. Contudo, a falta de adaptação inter pares, i.e. entre as pessoas do mesmo sexo e da mesma faixa etária, pesa ainda mais enquanto factor predisponente. Enquanto que a psicanálise tradicional reduzia todas as malformações emocionais e neuroses a uma relação disfuncional entre os pais e os filhos, a nossa visão, não querendo negar a grande importância daquele factor, dá mais relevo à auto-imagem sexual do adolescente comparando-se com os outros indivíduos da mesma idade e do mesmo sexo. Neste aspecto, sincronizamo-nos com os neopsicanalistas Karen Horney (1950) e Johan Arndt (1961) e com o teórico da auto-imagem Carl Rogers (1951), entre outros.
Em quarto lugar, é frequente também o medo do sexo oposto (psicanalistas como Ferenczi [1914,1950]; Fenichel [1945]), apesar de este não ser uma causa primária de homossexualide. Ao invés, este medo sinaliza os sentimentos de inferioridade sexual; estes por sua vez podem de facto ser precipitados pelos membros do sexo oposto, que são vistos pelo homossexual como exigindo um papel de que ele se julga incapaz.
Em quinto lugar, ceder aos desejos homossexuais cria uma dependência sexual. Quem chega a esta fase sofre essencialmente de dois problemas: o seu complexo de inferioridade sexual, e uma dependência sexual relativamente autónoma (situação semelhante ao neurótico com alcoolismo). O psiquiatra americano Lawrence J. Haterrer (1980) tem escrito sobre este duplo síndrome da "dependência do prazer".
Em sexto lugar, o auto-humor ocupa um lugar de destaque na (auto-)terapia. Herdamos os conceitos de auto-ironia de Adler, de "hiperdramatização" de Arndt, e, em menor medida, a "implosão" do terapeuta comportamental Stampfl (1967) e a "intenção paradoxal" do psiquiatra austríaco Viktor Frankl (1975).
Por último, na medida em que os sentimentos homossexuais radicarem no autocentrismo ou na "egofilia" imatura (Murray 1953), assim a (auto-)terapia deverá favorecer a aquisição daquelas virtudes morais e humanas que têm um efeito "desegocentrizador" e incentivem a capacidade para amar.
Anormal
Como é óbvio, a esmagadora maioria das pessoas ainda acredita que a homossexualidade―i.e. sentir atracção sexual por pessoas do seu próprio sexo, e ter pouco ou nenhum interesse heterossexual―é anormal. Uso a palavra "ainda", porque este facto sucede na presença prolongada de propaganda da normalidade sexual por parte dos ideólogos políticos e sociais, ignorantes e fervorosamente parciais, que controlam os media, a política, e grande parte do mundo académico. Apesar de a elite social hodierna ter perdido o bom-senso, o mesmo não aconteceu com a grande maioria de gente que, talvez forçada a aceitar as medidas sociais provenientes da ideologia da "igualdade de direitos" dos emancipadores homossexuais, ainda assim não nega a simples observação de que deve haver algo de errado com as pessoas que apesar da sua fisiologia masculina ou feminina não se sentem atraídos pelos objectos mais naturais e óbvios para o instinto sexual. Como é possível que gente "educada" acredite que a homossexualidade é normal? Talvez a melhor resposta para os muitos que colocam esta questão desconcertante seja o dito de George Orwell, segundo o qual existem coisas "tão estúpidas que só os intelectuais são capazes de acreditar". O fenómeno não é novo: na Alemanha dos anos 30, muitos cientistas de renome "acreditaram" na "correcta" ideologia da superioridade racial. Para muitos, o instinto de rebanho, a fraqueza de carácter, e a ânsia em "pertencer", fá-los sacrificar o seu juízo individual.
Se alguém passa fome porque tem medo do objecto da fome, a comida, e a rejeita, então é para nós óbvio que estamos perante alguém perturbado (anorexia nervosa). Em quem não sente compaixão à vista dos que sofrem, ou pior, até se alegra com o seu sofrimento, enquanto se enche de ternura quando vê um gatito abandonado, somos capazes de reconhecer uma perturbação emocional (psicopatia). E por aí adiante. Contudo, quando um adulto não consegue excitar-se sexualmente perante o sexo oposto, ao mesmo tempo que persegue obsessivamente indivíduos do mesmo sexo, este defeito do instinto sexual é considerado normal. Será a pedofilia também normal (como já há quem defenda)? O exibicionismo? A gerontofilia (sentir atracção por idosos na ausência de uma heterossexualidade normal)? O fetishismo (o sapato feminino é excitante, mas o corpo da mulher não)? O voyeurismo? Omitamos outras perturbações, mais bizarras, e felizmente menos frequentes.
Os homossexuais militantes tentam obrigar o público a aceitar a ideia de que são normais, e fazem-no desempenhando o papel de vítimas de discriminação, e apelando a sentimentos de justiça e compaixão e ao instinto de protecção dos mais fracos, em vez de seguirem a via da argumentação e da demonstração racional. Este facto mostra ele mesmo que os homossexuais se dão conta de quão fraca e ilógica é a sua posição. A sua emocionalidade veemente tenta servir de compensação à demanda infrutífera de argumentos racionais. Com pessoas com este enquadramento mental, é praticamente impossível discutir matérias de facto, porque eles recusam qualquer ponto-de-vista que não aceite por completo o seu dogma da normalidade. Mas será que eles próprios, no fundo, acreditam no que professam?
Tais militantes conseguem muitas vezes transferir para outras pessoas a ideia de que são mártires―e.g. as suas mães. Conheci numa cidade alemã um grupo de pais de homossexuais assumidos que se tinham junto para lutar pelos "direitos" dos filhos. Não se mostraram menos indignados e irracionais na sua argumentação exaltada do que os próprios filhos. Algumas mães agiam como se o seu bebé preferido corresse perigo de vida, cada vez que alguém afirmava a natureza neurótica da homossexualidade.
A importância da auto-identificação
Analisemos a decisão, psicologicamente perigosa, de identificar-se a si próprio como membro de uma outra espécie de pessoas: "Eu sou homossexual". Como se a essência da sua existência fosse diferente da dos heterossexuais. Pode ser que dê algum alívio, depois de um período de tensão e ansiedade, mas ao mesmo tempo revela derrotismo. O homossexual auto-identificado aceita em definitivo o papel de ostracizado. Trata-se, de facto, de uma atitude trágica. É muito diferente uma auto-avaliação sóbria e pragmática: "Sinto estas fantasias, mas não me reconheço como homossexual."
O "papel" do homossexual concerteza que traz as suas recompensas, por exemplo o sentir-se integrado no grupo dos homossexuais, seus colegas. Durante algum tempo, alivia-se o stress de lutar contra os impulsos homossexuais, e ganha-se a recompensa emocional de se sentir tragicamente único―por mais inconscientemente que isto se passe―e, claro, de ter aventuras sexuais. Ao lembrar-se da sua entrada no submundo lésbico, uma mulher ex-lésbica descreveu esta "sensação de pertença": "Tal e qual como se tivesse regressado a casa, eu encontrara o meu verdadeiro grupo de pessoas iguais a mim [lembrar o drama da criança que se sente estranha no seu próprio meio]. Olhando para trás, vejo agora o quão carentes todas estávamos―éramos um grupo de gente desenquadrada que finalmente achara o seu lugarejo na vida" (Howard 1991, 117). Na outra face da moeda, porém, nunca se chega a encontrar a verdadeira felicidade, nem tão-pouco paz interior. A pouco e pouco, crescem a inquietação e o vazio interior. Persistentemente, a consciência envia sinais pertubadores, porque é "falsa" a pessoa com a qual o infeliz se identificou. Fica aberta a porta para o "modus vivendi" homossexual. Inicialmente um sonho sedutor, mais tarde revela-se uma ilusão tremenda. "Ser homossexual" significa viver uma vida falsa, cada vez mais afastada do seu próprio e verdadeiro eu.
A auto-identificação é muito favorecida pela propaganda repetitiva de que muitas pessoas simplesmente "são" homossexuais. Mas o mais frequente é que os interesses homossexuais não sejam constantes. Há altos e baixos; tempos em que sente mais ou menos impulsos heterossexuais alternados com paroxismos de homossexualidade. É certo que muitos adolescentes e jovens adultos que não alimentaram a sua auto-imagem de "serem homossexuais" conseguiram desse modo prevenir o aparecimento de uma orientação homossexual exuberante. Pelo contrário, a auto-identificação consolida o lado homossexual, principalmente na suas fases iniciais, e dá fome ao componente heterossexual. É importante que se saiba que cerca de metade dos homens homossexuais podem ser classificados como bissexuais, e que esta proporção nas mulheres é ainda maior.»
Glorioso Patriarcha São José, rogai por nós.

1 comentário:

Luís Cardoso disse...

Ó Francisco,
estás a ver se aumentas o número de visitantes do blogue?
É que este tema desperta muito mais paixões que a ofensiva islâmica, com a qual, aliás, os LGBTQIA têm muito mais que se preocupar do que com o movimento anti-islamização do Ocidente.
Um abraço,