12.2.09

Pérfida inversão

Gert Wilders foi intimado pelas autoridades britânicas a não entrar no Reino Unido por pôr em causa a "harmonia comunitária", aquele peculiar estado de sã convivência entre os diversos grupos religiosos residentes no Reino Unido, tão bem ilustrado na foto infra. Apesar disso, o deputado holandês pretende participar na apresentação privada do seu filme Fitna e na subsequente discussão no parlamento britânico, para as quais foi convidado por um parlamentar inglês, assumindo uma postura de desafio às autoridades britânicas. Para o fazer, vai poder contar com o apoio do embaixador da Holanda no Reino Unido. Temos, em suma, um parlamentar de um país da UE, que está há vários anos sob protecção policial no seu país por ameaças à sua vida proferidas por islamistas, a ser impedido de entrar noutro país da UE para participar numa sessão parlamentar por constituir, ele próprio, uma ameaça à "harmonia social" do Reino Unido, enquanto os que o ameaçam beneficiam da complacência, ou quiçá da temeridade das autoridades. Sobre esta matéria, ler o artigo de Melanie Phillips, do qual colo um excerto: «(...) So let’s get this straight. The British government allows people to march through British streets screaming support for Hamas, it allows Hizb ut Tahrir to recruit on campus for the jihad against Britain and the west, it takes no action against a Muslim peer who threatens mass intimidation of Parliament, but it bans from the country a member of parliament of a European democracy who wishes to address the British Parliament on the threat to life and liberty in the west from religious fascism.

It is he, not them, who is considered a ‘serious threat to one of the fundamental interests of society’. Why? Because the result of this stand for life and liberty against those who would destroy them might be an attack by violent thugs. The response is not to face down such a threat of violence but to capitulate to it instead.

(...) And now a Dutch politician who doesn’t threaten anyone is banned for telling unpalatable truths about those who do; while those who threaten life and liberty find that the more they do so, the more the British government will do exactly what they want, in the interests of ‘community harmony’. (...)»

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