28.3.09

Sarilhos de uns e sarilhos de outros VII

Uma equipa do Channel4 deslocou-se à Turquia em reportagem sobre os chamados homicídios de honra e encontrou imensas mulheres metidas em sarilhos. Aqui ficam alguns: Numa determinada região do país, uma mulher pode desonrar a família se estiver muito próxima de um homem que não seja da família. Nem telemóvel pode ter, não vá dar-se o caso da mulher atender uma chamada feita por um homem. Caso a mulher desonre a família, um conselho de família reúne-se para determinar qual deve ser o destino da perpetradora da ofensa, o qual, como se vem sabendo, pode ser uma expedição antecipada para o Paraíso ou para os Suplícios da Tumba, antes de seguir para o Inferno - só Alá sabe. Ao que consta, as mulheres vivem aterrorizadas perante a possibilidade de serem espancadas ou mortas pelos seus irmãos e pai com base em boatos. Uma das mulheres entrevistadas pela repórter relatou que uma sobrinha terá sido morta pelo marido porque este, não sendo capaz de consumar o matrimónio, decidiu eliminar a testemunha directa do seu opróbrio. Segundo a mesma mulher, estes crimes são frequentes, até porque, acrescento eu, entre os muçulmanos é frequente o casamento entre homens já entrados em idade com mulheres jovens, a exemplo do seu profeta. Numa outra região, o pai de um indivíduo conta à repórter que o seu filho extirpou os olhos à esposa, cortou-lhe a língua e colocou o cadáver num saco antes de o queimar. Quase todos os homens da aldeia dizem-se dispostos a matar as mulheres e as filhas para defender a honra da família. Via Jihad Watch.

27.3.09

Conselho dos direitos dos malfeitores

O Conselho dito dos Direitos Humanos das Nações Unidas - órgão sequestrado pela Organização da Conferência Islâmica, respaldada pelas distopias comunistas (Bielorrúsia, Cuba, Venezuela), as quais, em troca, são, quando necessário, apoiadas pela dita Organização - aprovou hoje uma resolução que apela aos estados membros para a criação de leis que criminalizem a difamação das religiões. Para além de estarmos perante o que pode ser um rude golpe na liberdade de expressão, estamos, concerteza, face a uma vitória dos países islâmicos, uma vez que a proposta visa defender o Islão do escrutíneo e das críticas de que tem sido alvo, as quais apontam objectivamente para uma cada vez mais evidente relação entre o Islão - Corão, hadith, suna, ulema - e o terrorismo, a derrocada do estado de direito no ocidente islamizado, diversas violências sobre as mulheres, em suma: o retorno à Arábia do séc. VI. A nota positiva pode residir - só o futuro o dirá - no facto de que com esta e outras resoluções semelhantes o dito Conselho das Nações Unidas consume o processo da sua própria descredibilização, até à mais absoluta insignificância, o que seria facilitado se os estados do mundo anteriormente livre se retirassem deste covil onde se urdem alianças de malfeitores, ou nunca lá tivessem montado arraiais, a exemplo dos EUA, por decisão da administração W. Bush, decisão que se encontra em processo de revisão pela administração Obama, da qual, por mais sinais positivos que lance, se pode esperar o pior. Via Jihad Watch e Hot Air.

Justiça poética II

Terrorista suicida islâmico faz-se explodir acidentalmente e mata seis dos seus co-religionários. Via Jihad Watch.

Justiça poética

Terroristas islâmicos - ou, segundo a nova designação proposta pela administração bObama, indivíduos responsáveis por desastres causados pelo homem (man-caused disasters) - morrem contaminados pelo material biológico que se preparavam para usar em atentado.
Via Jihad Watch aqui e aqui.

25.3.09

Juventude Obamiana

Absolutamente indispensável a leitura deste postal da Melanie Phillips, no qual se dá conta dos últimos progressos de uma ideia obaminável lançada durante a campanha eleitoral de criar uma força civil de segurança: «(...) [T]he House of Representatives passed the Orwellian-sounding ‘Generations Invigorating Volunteerism and Education Act’ which provides for the introduction of mandatory national service (unspecified) for all young people. (...)» Phillips faz, seguidamente, referência a um postal do American Thinker que especula sobre esta iniciativa e a uma notícia da WorldNetDaily sobre o tema: «(...) The legislation also refers to ‘uniforms’ that would be worn by the ‘volunteers’ and the ‘need’ for a ‘public service academy, a 4-year institution’ to ‘focus on training’ future ‘public sector leaders.’ The training, apparently, would occur at ‘campuses.’ (...) No one, apparently with the exception of infants, would be excluded: ‘The means to develop awareness of national service and volunteer opportunities at a young age by creating, expanding, and promoting service options for elementary and secondary school students, through service learning or other means, and by raising awareness of existing incentives.’ (...)» notícia que recolhe preocupações expressas em diversos foruns, como esta: «"I wonder what's going to happen to those who refused to 'volunteer.' Maybe they will be put into a different 'campus.' I guess we will soon find out."» e esta: «"What gives the government the right to require individuals to give three years service under the guise of 'volunteer' service? It is not explicit exactly who is required but I think they get the bill passed and then iron out the details. It talks about uniforms and 'camps.' They revise the word 'camps' and call it 'campus.' There is language about Seniors and Community organizations."» Uma outra reacção, esta via Judi McLeod, no Canada Free Press: «“This is the equivalent of brown shirts and the “Arbeit macht frei”,” writes www.resistnet.com.» Tanto Phillips, como a World Net Daily, como Judi McLeod aludem à relação entre este tipo de iniciativa e as estratégias de organização comunitária de Saul Alinsky, estratega revolucionário norte-americano que propugnava a mobilização das massas em movimentos cívicos de pressão - mais ou menos pacífica - como meio de derrubar o capitalismo, estratégias que Obama bem conhece dos seus tempos como organizador comunitário e das quais é considerado um especialista, tendo sobre elas exercido funções docentes nessa sua actividade.

Um tributo à vOz

Um tributo à vOz. Fonte. Via Hot Air.

Guerra é engano II

Depois de ter feito referência a um artigo que apresenta a doutrina islâmica do engano, mentira, dissimulação não apenas como legítima, até como aconselhada ou obrigatória, passemos a um exemplo prático a propósito de um tema na ordem do dia, a saber, o conflito israelo-árabe. Caroline Glick, no artigo "Hamas' Free Lunch", tenta perceber, através da análise dos primeiros sinais emitidos pela administração Obama a esse respeito, qual será a política americana face ao conflito israelo-árabe. Nesse processo, Glick faz referência às declarações de Muhammad Dahlan, alto responsável da Fatah, em entrevista à televisão da Autoridade Palestiniana, nas quais Dahlan afirma que a Fatah nunca aceitou o direito à existência de Israel. Desmentindo rumores de que, no processo negocial em curso entre a Fatah e o Hamas, a Fatah tentava convencer o Hamas a reconhecer o direito à existência de Israel, Dahlan terá dito: «(...) "I want to say in my own name and in the name of all my fellow members of the Fatah movement, we are not asking Hamas to recognize Israel's right to exist. Rather, we are asking Hamas not to do so because Fatah never recognized Israel's right to exist." (...)» Glick prossegue a descrição do logro: «(...) Dahlan went on to explain how the fiction worked. Arafat was the head of the PLO but also the head of Fatah. While as chairman of the PLO he recognized Israel and pledged to end terrorism and live at peace with the Jewish state, as head of Fatah he continued his war against Israel. Dahlan even bragged that to date, Fatah has killed 10 times more Palestinians suspected of cooperating with Israel's counterterror operations (the same operations the PLO committed to assisting) than Hamas has.

Dahlan explained that all Hamas needs to do is to follow in Fatah's footsteps. It should say that the PA government accepts the West's terms, but in the meantime, those terms will remain inapplicable to Hamas as a "resistance group." In that way, Dahlan explained, Hamas will be able to receive all the West's billions in financial assistance.

As he put it, "Do you imagine that Gaza's reconstruction is possible under the shadow of this bickering between us and the international community? [Gaza reconstruction] can only be dealt with by a government... that is acceptable to the international community so that we can... benefit from the international community." (...)»

Novo exemplo de engano islâmico, no qual o ocidente se dispõe a acreditar, diz respeito ao comportamento recente do presidente sírio Bashar Assad. Sigamos Glick: «(...) Syrian President Bashar Assad this week told Italy's La Repubblica newspaper that he and outgoing Prime Minister Ehud Olmert were just a stone's throw away from a peace deal last year. Last week Assad participated in what was supposed to be an anti-Iranian conference in Saudi Arabia.

Both of Assad's gestures were meant to make the Americans feel comfortable as they renew their diplomatic relations with Syria(...).

(...) Assad knew that Washington and Paris would pay no attention when upon returning from Riyadh he announced that Syria's relations with Iran will never be weakened. He knew they will never question his false account of his indirect negotiations with Israel. He and Olmert couldn't have been a stone's throw away from a peace accord, because Assad refused to have any direct contact with Israel. (...)» Glick conclui com uma avaliação do que parecem ser os objectivos do ocidente na sua maneira de enfrentar (ou de não enfrentar) os conflitos e as tensões no médio-oriente, a julgar pela sua ostensiva complacência para com a persistência islâmica na diplomacia da mentira: «(...) [I]f the American and European pursuits of peace with Fatah, Hamas, Syria and Iran have not caused them to change their behavior one iota, what are the Western powers talking about when they say that it is imperative to push the peace process or engage the Syrians and the Iranians? After all, Western leaders must know that these processes are complete farces.

Sadly, the answer is clear. Western leaders are not pursuing peace in these processes. They are pursuing appeasement. They call this appeasement process a peace process for two reasons. First, they know their countrymen don't like the sound of appeasement. And second, by claiming to be championing the noble goal of peace in our time, they feel free to attack anyone who points out the folly of their actions as a warmongering member of the Israel Lobby.»

Via Jihad Watch.

24.3.09

A tela em branco

É, evidentemente, muito cedo para julgar o presidente Obama. O mandato é de quatro anos e começou apenas há dois meses. Mas é legítimo avaliar as suas políticas, as suas palavras e o seu comportamento e, à luz do seu passado político e cívico, tentar perceber as linhas de força que vão sendo definidas. Passados dois meses, os indícios são decepcionantes para os crédulos, preocupantes para que acompanhou a campanha eleitoral americana da perspectiva conservadora, através dos media, novos e convencionais, constantes, na maioria, na lista de hiperligações deste blogue. Ao analisar, em artigo publicado no Pajamas Media, cuja leitura integral se recomenda, a guerra entre a civilização ocidental e a barbárie islâmica, a dada altura o seu autor, David Solway, faz a seguinte observação a respeito do homem que preside à maior democracia ocidental e ao mundo livre, ou seja, que deveria liderar os esforços de resistência face aos progessos do Islão: «(...) Obama, who appears to be all things to all men and nothing in himself, seems like a virtual media projection, (...) who blurs the lines between the real and the simulated, character and rhetoric, being and seeming. As he himself wrote in The Audacity of Hope, “I serve as a blank screen on which people of vastly different political stripes project their own views.” (...)» Quanto ao tema do artigo propriamente dito, Janet Reno, a responsável pela segurança interna da administração Obama, em entrevista ao Der Spiegel, num notável exercício de novilíngua, usou, em lugar do termo "terrorismo", a expressão "man-caused disasters" como forma de não instilar o medo nos cidadãos. Uma expressão extraordinária no que tem de perifrástico e falacioso, criticável, do ponto, de vista do "pensamento" progressista, apenas de uma perspectiva, aqui apresentada por Totus.

20.3.09

"I'm making progress on the bowling"

Ainda bem que está a progredir em alguma coisa; ficamos todos muito mais descansados. E ficamos também com uma noção do que são as prioridades: com apenas um dos 17 lugares no departamento do Tesouro preenchidos, arranja-se tempo para uma visita ao Jay Leno. E ficamos também a conhecer uma diferença: “You know what the difference is between a hockey mom and a Special Olympics hockey mom?” Via Hot Air e The Raving Theist.

Um olhar de dentro

Para todos aqueles que se interessam pela política norte-americana, surgiu um novo blogue que se tornará seguramente indispensável. Um olhar de dentro, a partir de uma posição altamente privilegiada para seguir todas as palavras e movimentos de Barack Obama.

19.3.09

Guerra é engano

Raymond Ibrahim publica no Pajamas Media um texto com o título War and Peace - and Deceit in Islam, sobre alguns aspectos peculiares do Islão que tornam o Ocidente particularmente vulnerável às suas investidas, muito concretamente o papel da mentira no modo do Islão lidar com os não muçulmanos.
«Today, in a time of wars and rumors of wars emanating from the Islamic world — from the current conflict in Gaza, to the saber-rattling of nuclear-armed Pakistan and soon-to-be Iran — the need for non-Muslims to better understand Islam’s doctrines and objectives concerning war and peace, and everything in between (treaties, diplomacy), has become pressing. (...) Before being in a position to answer such questions, one must first appreciate the thoroughly legalistic nature of mainstream (Sunni) Islam. (...) [O]pposed to most other religions, Islam is a clearly defined faith admitting of no ambiguity: indeed, according to Sharia (i.e., “Islam’s way of life,” more commonly translated as “Islamic law”) every conceivable human act is categorized as being either forbidden, discouraged, permissible, recommended, or obligatory. “Common sense” or “universal opinion” has little to do with Islam’s notions of right and wrong. All that matters is what Allah (via the Koran) and his prophet Muhammad (through the hadith) have to say about any given subject, and how Islam’s greatest theologians and jurists — collectively known as the ulema, literally, the “ones who know” — have articulated it. Consider the concept of lying. According to Sharia, deception is not only permitted in certain situations but is sometimes deemed obligatory. For instance, and quite contrary to early Christian tradition, not only are Muslims who must choose between either recanting Islam or being put to death permitted to lie by pretending to have apostatized; many jurists have decreed that, according to Koran 4:29, Muslims are obligated to lie. Much of this revolves around the pivotal doctrine of taqiyya. (...) According to the authoritative Arabic text Al-Taqiyya fi Al-Islam, “Taqiyya [deception] is of fundamental importance in Islam. Practically every Islamic sect agrees to it and practices it. We can go so far as to say that the practice of taqiyya is mainstream in Islam, and that those few sects not practicing it diverge from the mainstream.The primary Koranic verse sanctioning deception vis-à-vis non-Muslims states: “Let believers [Muslims] not take for friends and allies infidels [non-Muslims] instead of believers. Whoever does this shall have no relationship left with Allah — unless you but guard yourselves against them, taking precautions” (3:28; other verses referenced by the ulema in support of taqiyya include 2:173, 2:185, 4:29, 16:106, 22:78, 40:28). Al-Tabari’s (d. 923) famous tafsir (exegesis of the Koran) is a standard and authoritative reference work in the entire Muslim world. Regarding 3:28, he writes: “If you [Muslims] are under their [infidels'] authority, fearing for yourselves, behave loyally to them, with your tongue, while harboring inner animosity for them. … Allah has forbidden believers from being friendly or on intimate terms with the infidels in place of believers — except when infidels are above them [in authority]. In such a scenario, let them act friendly towards them.” Regarding 3:28, Ibn Kathir (d. 1373, second in authority only to Tabari) writes, “Whoever at any time or place fears their [infidels'] evil may protect himself through outward show.” As proof of this, he quotes Muhammad’s close companion, Abu Darda, who said, “Let us smile to the face of some people [non-Muslims] while our hearts curse them”; another companion, al-Hassan, said, “Doing taqiyya is acceptable till the Day of Judgment [i.e., in perpetuity].” (...)»
Este texto, cuja leitura integral se recomenda, abre uma janela para uma melhor compreenção do Islão, da sua persistência no conflito armado, das condições em que aceita uma trégua, a disposição com que se compromete, ou não se compromete, na verdade, na trégua. Quem os ler, não poderá evitar um movimento de cautelosa desconfiança da próxima vez que ouvir algum líder religioso islâmico ou algum líder político, islâmico ou não, falar em negociações para a paz, ou a reivindicar para os muçulmanos envolvidos num qualquer conflito armado o estatuto de vítimas inocentes.

17.3.09

Ilimitada disposição para acreditar IV

Vamos a um exemplo da "Canção do bandido, a três tempos", pela pena de Andrew C. McCarthy, na NRO:
«International terrorists waging war against the United States cannot be treated as if they were ordinary defendants. Those who say otherwise, and who would treat terrorist operatives as if they were mere civilians, are trying to impose on the United States the standards of foolhardy treaties that the United States has never ratified — precisely because accepting such standards “would improperly reward an enemy that violates the laws of war by operating as a loose network and camouflaging its forces as civilians.” To protect national security, the president must have the authority to detain anyone who, in his judgment, is helping the enemy. And anyone means anyone: It matters not if such suspects “have not actually committed or attempted to commit any act of depredation or entered the theatre or zone of active military operations.” If the president’s unilateral authority to detain were “limited to persons captured on the battlefields of Afghanistan,” this would “unduly hinder both the President’s ability to protect our country from future acts of terrorism and his ability to gather vital intelligence regarding the capability, operations, and intentions of this elusive and cunning adversary.” You’re probably thinking the quotes above reflect the world according to Dick Cheney, David Addington, John Yoo, or some similar Bush-era incubus. In fact, they describe — with words drawn directly from Eric Holder’s Justice Department — the Obama administration’s official guidance on enemy combatants. The Obama administration won’t lower itself to call these terrorist captives “enemy combatants,” notwithstanding that they are part of the “enemy” the administration concedes is conducting “battle” against us in the “war” he admits we are in. The guidance, made public last Friday in a DOJ submission in federal district court, marks quite a turnabout for the president and his attorney general. During last year’s campaign, Obama was sharply dismissive of the Bush policy of detaining enemy com — er, whatever you call ’em, without trial. (...) (...) Say this much about Messrs. Cheney, Addington, and Yoo: Whether you agree with their muscular take on executive power (I happen to agree with it), it was at least a cogent view, no matter how frightening it may have seemed to international-law professors. They were saying that the Constitution gives the president power to protect the nation from external threats to national security, and that the courts have no power to second-guess the president in this realm. By contrast, Obama says he doesn’t need Article II; he can live within the AUMF and international law, which, he says, limit him to detaining only those who have provided substantial support to al-Qaeda, the Taliban, and their associated forces. Fine, but what does “substantial” mean, and who are these “associated forces”? Obama won’t tell you. Those definitions may vary from “case to case,” says the guidance, such that “the contours of ‘substantial support’ and ‘associated forces’ bases of detention will need to be further developed in their application to concrete facts in individual cases.” (...) (...) But when it comes to explaining whom he might detain, Obama is reserving to himself the right to make it up as he goes along. »

16.3.09

Ilimitada disposição para acreditar III

Rich Lowry analisa um comportamento obaminável que está, à custa de repetição e da complacência míope dos media, a tornar-se uma das formas padrão de Obama desgovernar. «Barack Obama has perfected a three-step maneuver that could never even be attempted by a politician lacking his rhetorical skill or cool cynicism. First: Denounce your presidential predecessor for a given policy, energizing your party’s base and capitalizing on his abiding unpopularity. Second: Pretend to have reversed that policy upon taking office with a symbolic act or high-profile statement. Third: Adopt a version of that same policy, knowing that it’s the only way to govern responsibly or believing that doing otherwise is too difficult. Repeat as necessary. (...)» Uma técnica que se poderia traduzir, com alguma liberdade, para português através de expressão "Canção do bandido, a três tempos"

A queda de um mito II

A América desperta, lenta e dolorosamente, para a realidade: elegeram para Presidente um indivíduo sem preparação, sem experiência, enfeitiçados pela sua aparência, pela sua autoconfiança, pela sua capacidade oratória - largamente dependente do teleponto - e pela sua imagem de líder pós-racial. Só nos resta associarmo-nos aos votos de Ed Morrisey no Hot Air: «(...) The best we can hope is that on-the-job training can work quickly.»

15.3.09

Separar a ciência da política II

Porque é que o Presidente Obama decidiu atribuir fundos a uma linha de investigação que levanta graves problemas éticos e que se tem mostrado completamente inconsequente, pondo em risco as outras duas linhas de investigação no mesmo domínio desprovidas de complicações éticas e com resultados práticos muito mais avançados e prometedores? Ken Connor, no Town Hall, dá uma pista: «(...) Dr. Irving Weissman, Director of The Stanford Institute for Stem Cell Biology and Regenerative Medicine, provides us with a hint. In a recent interview with NPR, he said, "It's not just stem cell research that's the issue here. It's the idea that you can impose a religious or a political or a moral ideology on the pursuit of what nature has." (...) Much of the scientific community today believe that there should be no restrictions of any kind placed on their "pursuit of science"—a pursuit conveniently defined by them. Religion, morality, law, pragmatism—nothing should constrain their right to do as they see fit. Unfortunately, too many people today are blinded by this rhetoric of "unbridled science." They fail to recognize that science needs and has always needed moral and political constraints. Consider the awful Dr. Mengele experiments on twins in Nazi Germany, the creation of two-headed dogs through grafting by a Soviet Union surgeon, the vivisections, amputations, and infections administered by the Japanese "Unit 731," or the Tuskegee study on syphilis in African-American men that prevented them from being treated for the disease. Without moral, religious, or political limits, there would be no grounds to prevent such atrocities. Society inevitably sets political and moral parameters for scientific research. This can take on many forms, including placing restrictions on specific forms of research or funding others. President Obama embarked down an unethical, unwise, and impractical road Monday. Let us hope that Congress has more sense when funding requests land on their desks.» No mesmo forum, Guy Benson analisa as consequências não divulgadas da decisão do Presidente Americano, nomeadamente a suspensão de fundos para a investigação em células estaminais adultas, e avança outra hipótese, relacionando esta decisão de Obama com outras anteriores, igualmente incompreensíveis, nomeadamente a obstinada e dolosa oposição à Born Alive Infant Protecion Act: «(...) Right after he told the country he supported for alternative, non-destructive stem cell research, Obama signed the actual order. Buried at the very bottom of the document was this line: “Executive Order 13435…is revoked.” That’s right, he abolished President Bush’s funding for the type of stem cell research upon which everyone could agree. Just like that. In my August 2008 column, I speculated as to why then-State Senator Obama had repeatedly opposed no-brainer, pro-life legislation that passed the US Congress without a single dissenting vote. I wrote, “[One] possibility is that Obama’s a hyper-partisan ideologue. The driving forces behind the Born Alive Infant Protection Act were pro-life groups that generally support Republicans. Perhaps Obama’s fierce partisanship and leftist ideology were simply too strong for him to stomach handing any conservative group a political victory. If this is the case, his vote was petty and appallingly callous. It also would entirely undermine the overarching message of his famous 2004 DNC speech in which he decried blue vs. red state polarization and embraced America in with a big, royal purple hug of bipartisanship and inclusion.” In the face of yet another grotesque Obama policy decision on the issue of life, famed bioethicist Wesley J. Smith pondered a similar question. On his blog, he wondered why on earth Obama would take the totally unnecessary action he did in undoing excutive order 13435. Smith’s conclusion: “I can think of only two reasons for this action…First, vindictiveness against all things "Bush" or policies considered by the Left to be "pro life;" and second, a desire to get the public to see unborn human life as a mere corn crop ripe for the harvest. So much for taking the politics out of science.” This decision by the president is hypocritical in the extreme, and demonstrates that Obama’s language about respect, inclusion, and unity are, in fact, just words. Regardless of one’s feelings on the separate issue of embryonic stem cell research, this narrow element of his executive order is an outrage, and “thoughtful and decent” people of all ideological backgrounds should urge the White House to follow the president’s own rhetoric by rejecting the imposition of leftist ideology at the expense good science.»

Sarilhos de uns e sarilhos de outros V

No dia em que a TSF volta às declarações do Cardeal Patriarca de Lisboa e às de Dom José Saraiva Martins nas quais ambos os prelados recomendam cautela às mulheres católicas que se pretendem casar com muçulmanos - divulgando a opinião de uma jornalista italiana raptada no Iraque em 2005, na qual a senhora, eventualmente vítima do Síndrome de Estocolmo, mas, seguramente, vítima dos habituais preconceitos anti-Igreja, que classifica as declarações dos prelados (tal como lhe foram apresentadas pelos jornalistas, o que pode explicar o disparate) como discriminatórias - tomo conhecimento de mais uma senhora ocidental em sarilhos. Esta senhora foi acusada de adultério por ter sido apanhada a beber um chá com um homem que não é seu familiar. O marido abriu o processo de divórcio, a senhora vai cumprir uma pena de prisão de 3 meses - resultado de uma misericordiosa comutação da pena original de 6 meses - e, após cumprimento da pena será repatriada, o que pode facilitar a previsível perda da tutela dos filhos que, de acordo com a lei islâmica, são propriedade dos progenitores de sexo masculino. Via Jihad Watch. Nota: não se inclui a hiperligação para a notícia da TSF para tentar manter este blogue com um reduzido nível de lixo.

13.3.09

Separar a ciência da política

Obama quer separar a política da ciência. Já o fez: a investigação em Células Estaminais Embrionárias Humanas, onde tem sido desenvolvida, tem dado maus resultados, tanto do ponto de vista da eficácia dos tratamentos, como ao nível dos efeitos secundários. Para além disso, ao canalizar fundos federais para este tipo de investigação, Obama pôs em risco outras linhas de investigação que já estão a dar resultados positivos, nomeadamente a investigação em Células Estaminais Adultas, a qual, para além do mais, não levanta qualquer tipo de problemas éticos, como se pode ler no texto de Michael Reagan na Town Hall, do qual destaco os seguintes trechos:
«(...) What most people are unaware of is that there are three types of stem cell research: there is embryonic stem cell research (ESC), there is induced pluripotent (IPSC) research, and adult stem cell research (ASC). When Barack Obama rescinded George Bush's ban on federal funding on certain types of embryonic stem cell research he also rescinded Bush's Executive Order 13435 which had provided federal funding for induced pluripotent stem cell research using harmless adult stem cells manipulated into mimicking embryonic stem cells without the risk ESC cells entail. This is where 72 different diseases are now being remedied or cured. (...) (...)I t is well known that lab animals given embryonic stem cells routinely develop tumors and other malignant growths that eventually kill them. There is a 100 percent mortality rate among lab animals that develop these tumors. That's why George Bush banned this lethal form of research that Barack Obama, who should have known better, has now legitimized by overturning this life-saving ban. The reason that major drug companies such as Merck and Pfizer are not funding ESC research is because they have seen the research and it scared the daylights out of them. They realized that if they injected ESC cells into human beings and like lab animals, they show signs of cancers or lesions or tumors there will be huge class action suits, because they would have ignored all of the available data in research that shows that that's exactly what will happen. (...)»
Problemas éticos que são hipocritamente descartados através da tal suposta separação entre ciência e política, como se a ciência - qualquer ciência, neste caso a embriologia - pudesse ser uma disciplina autónoma do saber humano e responder a todas as questões que se nos colocam na nossa passagem pela Terra e, muito em especial, às questões que se colocam aos próprios cientistas, as que emergem das suas investigações. Sobre esta matéria, ler o texto de Steve Chapman, também no Town Hall, cuja conclusão destaco:
«(...) He (o Presidente Obama) did, however, reject another option. "We will ensure," he said, "that our government never opens the door to the use of cloning for human reproduction. It is dangerous, profoundly wrong and has no place in our society, or any society."

Is that a scientific judgment? No, it's a philosophical one, reflecting Obama's moral values. Apparently, the folks in the white lab coats can't be relied on to answer all questions.

But this position is hard to square with his professed approach. On one hand, the president says his policy is "about letting scientists like those here today do their jobs, free from manipulation or coercion." On the other, he will use coercion to keep them from doing reproductive cloning.

What this mandate means is simple: It may be permissible for scientists to create cloned embryos and kill them. It's not permissible to create cloned embryos and let them live. Their cells may be used for our benefit, but not for their own.

There lies the reality of embryonic stem cell research: It turns incipient human beings into commodities to be exploited for the sake of people who are safely past that defenseless stage of their lives. It's a change that poses risks not just to days-old human embryos. The rest of us may one day reap important medical benefits from this research. But we may lose something even more vital.»

Uma separação cruenta e com tremendas consequências.

12.3.09

Siência progrecista

Obama aprova, Clinton aplaude e assegura que a investigação em embriões humanos será feita apenas em "embriões que não possam ser fertilizados". Para que conste: o entrevistador é médico e esteve para ser o General Surgeon - uma espécie de Director Geral da Saúde - e deixou Clinton repetir uma boa meia-dúzia de vezes que não havia nenhum problema em investigar em "embriões que não tenham sido e que não possam de modo algum ser fertilizados". Estas declarações vêm trazer um novo significado à expressão "guerras culturais" e ajudam a compreender a intenção do Presidente Obama quando disse pretender separar a política da ciência. Via The Raving Theist e Jill Stanek. Addendum: No Hot Air, o comentário a esta entrevista termina do seguinte modo: «If this is the level of scientific knowledge from the pro-abortion, pro-hEsc research Left, I don’t think they’ll be finding any stem cell advances regardless of whether they get federal funding. In fact, I’m not sure Clinton could find his rear end with both hands and a flashlight after watching this. Like Jill, I wonder whether Bill Clinton will oppose hEsc research funding when someone finally educates him on actual human biology. I won’t hold my breath.»

Prioridades

Se a celeridade na nomeação para os cargos de maior responsabilidade e poder na Administração americana for indício de alguma prioridade, então Obama está mais empenhado em constituir uma equipa para a Justiça que para o Tesouro. Para além de se constatar que os cargos mais importantes já estão preenchidos, pode-se também avaliar a direcção política que o Presidente pretende imprimir conhecendo os nomeados, como um anónimo americano - anónimo por medo de represálias - fez num texto publicado no Pajamas Media, cuja conclusão aqui deixo: «(...) In sum, President Obama has nominated individuals who are extremists on issues such as abortion, pornography, and euthanasia. He has nominated individuals who have demonstrated a palpable hatred for our military, whose members are fighting and dying to protect our freedom. He has nominated political partisans who helped provide pardons in exchange for political contributions and to secure votes, or who have chosen to represent terrorists trying to kill Americans. He has nominated individuals who want to disarm our military and intelligence services, and bring back the infamous days of the 1990s, when the Clinton Justice Department did everything it could to limit the effectiveness of our efforts against al-Qaeda.

There is no question that radical left-wing politics is going to take center stage in the policies of the Department of Justice over the next four years, to the detriment of all Americans and the well-being of our nation. As Leonard Leo of the Federalist Society has said, “We are on the brink of having the most Culture of Death, anti-family Justice Department ever.”»

11.3.09

Aborto por Indução do Parto

Este postal destina-se a apresentar a quem desconhece este procedimento o Aborto por Indução do Parto. Usa-se quando a destruição do feto in utero, por meios químicos ou cirúrgicos, já não é possível devido à avançada idade gestacional, no segundo e terceiro trimestres. O procedimento consiste, como o nome indica, na indução do parto por meios químicos. O bebé nasce na condição de prematuro e morre por omissão de cuidados. Assim, sem mais. Deixo o video no qual Jill Stanek, enfermeira, discute o procedimento após ter testemunhado no senado do estado do Illinois, durante o processo que levou à aprovação da Born Alive Infant Proteccion Act, lei contra a qual o actual presidente Barak Obama votou por diversas vezes no senado estadual.

A queda de um mito

Aos poucos, mas num curtíssimo intervalo de tempo, os mitos da melhor transição entre presidências, da Administração mais competente e do melhor presidente dos EUA parecem desmoronar-se.

Apesar do cansaço alegadamente acumulado devido a uma dedicação frenética à resolução dos problemas económicos e financeiros do USA - o qual foi apresentado como justificação para a desrespeitosa recepção ao primeiro-ministro inglês -, uma dos funções da competência directa e exclusiva da presidência, a constituição da equipa do Tesouro, parece estar a ser negligenciada. A esmagadora maioria dos lugares de topo no Tesouro americano estão por ocupar, após 4 meses de transição e mês e meio de exercício de funções.

E, ao que parece, não são apenas os cargos de topo que estão por preencher: o de secretária/o recepcionista/a também está vago. Addendum: mais nomeações falhadas.

9.3.09

A religião da justissa VI

De nada serviu a um dos homens e à septuagenária alegar que ela o havia amamentado, o que, aos olhos da mais respeitável jurisprudência islâmica sunita, corresponderia a ter laços de família, tornando lícito o convívio social entre ambos. Sem a existência de qualquer atenuante, eis a sentença:
  • 40 chicotadas e quatro meses de prisão para a senhora de 75 anos e para o putativo enteado;
  • 60 chicotadas e seis meses de prisão para o amigo do putativo enteado.
Via Jihad Watch.

A religião da justissa V

Um tribunal afegão usou de prodigiosa clemência ao comutar em vinte anos de prisão a pena de morte por blasfémia a que um afegão foi condenado por ousar sugerir que ao direito dos homens à poligamia, sob a forma de poliginia, deveria corresponder igual direito às mulheres, sob a forma de poliandria, na base de uma suposta igualdade entre homem e mulher. Parece que ideia não agradou nem às autoridades religiosas, nem à polícia, nem aos juízes. Mas também, é mais ou menos tudo a mesma coisa... Uma amostra do que nos espera se não nos pusermos a pau, literalmente. Via Jihad Watch. Destaco o comentário ao seguinte trecho da notícia: «(...) Twenty-eight year-old Kambakhsh's troubles began in 1997, when he wrote in his blog that "extremist mullahs" had distorted the true meaning of Islam's holy book or Koran. (...)» «We hear that a lot. But Kambakhsh took two extra steps that self-styled reformer/apologists seldom if ever do: Criticizing specific Islamic teachings, and to a Muslim audience. If he kept it vague and sought a primarily non-Muslim audience, he might be on prime-time cable news instead of in an Afghan jail.»

A jihad no nosso seio

Um muçulmano inglês explica, calma e metodicamente, aos seu alunos (?) o objectivo do Islão - implementar um regime islâmico orientado pela charia - e os processos pelos quais esse objectivo pode ser alcançado: imposição por obra de uma potência externa, conversão dos ingleses ao Islão, golpe militar ou jihad a partir de dentro do Reino Unido, eventualmente apoiado por mujahedin vindos do exterior, como no Kosovo e na Bósnia. Como disse há dias, ninguém pode dizer que não sabia, que não se deu conta. Os jihadistas não fazem segredo das suas intenções, nem dos seus métodos. Os seus progressos, os retrocessos da civilização, são visíveis a cada dia. Quando fala do processo de implementação do domínio islâmico através de um golpe militar, o jihadista, Anjem Choudary de seu nome, refere que nos golpes de Medina e de Meca os muçulmanos triunfantes constituíam somente 10% da população daquelas cidades. Alguém sabe qual a percentagem de população muçulmana hoje no Reino Unido, na Holanda? E qual a percentagem de muçulmanos na polícia e no exército desses e de outro países europeus? Via Jihad Watch.

6.3.09

A religião da justissa IV

Eis um magnífico exemplo de Justissa a la Islam. Como bónus, assinale-se ainda o pormenor ilustrativo da importância da mulher no Islão: «(...) But the victim says she is entitled to blind Majid Movahedi in only one eye, because under Iranian law "each man is worth two women." (...)» Um primor. Em suma: as demonstrações de que o Islão é uma força essencialmente bárbara multiplicam-se, assim como as evidências de que o Islão alastra no Ocidente, perante a ignorância da maioria dos europeus e dos americanos e beneficiando do silêncio cúmplice dos media e das elites culturais e políticas. Que ninguém venha a dizer que não se deu conta da invasão e de que não tomou consciência da natureza essencialmente bárbara do Islão. Via Hot Air.