29.1.09

Ilimitada disposição para acreditar II

Via Gates of Vienna, volto ao assunto da primazia das aparências e do contentamento fantasioso, porque não assente na realidade, face às medidas tomadas por Obama nas primeiras horas da sua administração. «(...) Some people didn't even seem to realize that there is a difference between word and deed. (...)» «(...) Fortunately for Mr. Obama, words in this case do speak louder than actions. (...)» «(...) It is not very clear, though, how much the president is in command of his own policy. During Friday's signing ceremony, Mr. Obama appeared not to know that he would be signing four separate orders and had to refer repeatedly to White House Legal Counsel Greg Craig for answers to questions from the media. Nor was he able to answer a question about the future of the detainees. For the Obama White House, closing Gitmo is essentially a symbolic action. (...)» Ler integralmente o texto de Helle Dale, da Heritage Foundation em The Washington Times.

A face que se oculta

O título deste postal alude a uma série de postais que me propus publicar dedicada a dar a conhecer o homem que dirigirá nos próximos quatro anos os destinos dos EUA. Neste postal se dá conta de que, apesar da popularidade da medida abaixo reportada, pelo menos nos meios ditos progressistas, o que norteia as decisões de Obama é, antes de qualquer outra coisa, o calculismo político, à semelhança do que já fez com o pretenso encerramento da prisão de Guantanamo e a putativa proibição do uso de métodos coercivos em interrogatórios conduzidos pelos serviços secretos norte-americanos.
«(...) Recall that Obama received the enthusiastic support of every pro-abortion organization and promised that the first thing he’d do in office was to sign the Freedom of Choice Act. Recall that Obama celebrated his election with NARAL head Nancy Keenan. Recall that Obama has packed his staff with members of the abortion lobby. So one would think that when the time came to sign the first big pro-choice order, the President would proudly march on to the front lawn of the White House surrounded by cheering throngs of abortion lobby officials and sign a blow-up of the order with a giant pen at high noon.

But what did he do? He scheduled the signing for a late Friday afternoon. He barred the media from the signing ceremony. The actual the text of the directive was not released until three hours later, after Obama had fled from the room.

When cockroaches wallow in filth, they like it quiet and they like it dark. They don’t like people to see what they’re doing, and disappear when the lights go on. All you see after they scurry away is their disease-ridden droppings. So I repeat: President Obama acted like a filthy, disease-ridden cockroach. The description is a behavioral one, not a genetic one. (...)»
(Destaques meus.) Ler tudo, em The Raving Theist

Sarilhos de uns e sarilhos de outros

Depois do Cardeal Patriarca de Lisboa se ter metido em sarilhos ao proferir umas advertências mal alinhavadas, ainda que perfeitamente verazes, pondo-se a jeito para ser julgado na praça pública pela brigada dos bons-costumes revolucionários, chego, via Dhimmi Watch, ao conhecimento do caso de uma senhora inglesa que também se meteu em sarilhos, não daqueles a que o Patriarca se sujeitou, mas daqueles a que se referia.

27.1.09

Liberdade de expressão

O parlamentar holandês Gert Wilders vai ser julgado por crimes de incitamento ao ódio e à violência racial e por ofensa ao Islão e os seus seguidores em múltiplas declarações públicas e através do filme Fitna. Quanto à acusação de ofensa ao Islão, remeto para um editorial do WSJ, o qual, no essencial, afirma que, ao julgar Wilders nessa base, a justiça holandesa está já a proceder à aplicação da sharia como lei válida na Holanda. Quanto a um eventual intento da justiça holandesa, o qual pode ir além de Wilders e pretender atingir o seu partido, pode ler-se um texto que, para além de analisar este caso, analisa a proibição pela justiça belga de um partido tido como de extrema-direita, o único extremismo que parece merecer a atenção e o zelo das autoridades policiais e jurídicas - e merece. Neste caso, parece-me bastante perturbante que o tribunal não tenha contestado a veracidade das afirmações constantes nos documentos do partido que veio a ser ilegalizado. Quanto às acusações de incitamento ao ódio alegadamente difundidas no filme Fitna, nada melhor do que cada um vê-lo com os seus próprios olhos e tirar as suas conclusões.

26.1.09

A face oculta II

A série de postais com a qual pretendia dar a conhecer a algum leitor menos atento (obrigado a ambos) alguns aspectos da personalidade política que os americanos elegeram para os presidir durante os próximos quatro anos arriscava tornar-se obsoleta com o início do seu mandato. Contudo, a forma como as primeiras grandes decisões de Obama têm sido reportadas pelos media portugueses, com a mais absoluta ausência de sentido crítico e de escrutínio entre o que é dito e o que realmente é feito, leva-me a prosseguir este desiderato não consumado. Para começar a conhecer Obama, o político que se apresentou a votos e que acabou por ser eleito, nada melhor que seguir os passos das investigações a que Stanley Kurtz se dedicou. Uma boa porta de entrada para essas investigações, é What We Know About Obama texto no qual Kurtz faz um resumo de alguns dos pontos mais marcantes dessas investigações. Num desses textos, Wrigth 101, Kurzt explora a chocante contradição entre a reputação de Obama como candidato - e agora presidente - pós-racial e o seu passado de activista radical de organizações "afrocêntricas", eufemismo para designar organizações promotoras da supremacia negra. Eu sei que isto parece um disparate e uma teoria da perseguição, mas o melhor é ler What We Know About Obama e Wrigth 101.

Ilimitada disposição para acreditar

Hoje, num telejornal, vi e ouvi um senhor identificado como ministro da Finlândia (salvo erro, dos negócios estrangeiros), a dizer, em inglês escorreito, que a nova administração americana tinha fechado Guantanamo. Assim, sem mais considerações. E isto a propósito de um assunto já por aqui abordado e agora claramente referido pelo nosso ministro dos negócios estrangeiros: a disposição portuguesa de receber prisioneiros de Guantanamo, aos quais os americanos não sabem muito bem o que fazer, porque não conseguiram reunir provas suficientes de modo a poder julgá-los por alegados actos terroristas. O que parece não suscitar grandes considerações aos nossos jornalistas e aos pretensos defensores dos direitos humanos, são as razões pelas quais estes indivíduos não podem ser repatriados. Parece que, se o fossem, se arriscavam a ser submetidos a tratamento desumano, que podia chegar até à pena de morte. A mim, isto desperta-me algumas perplexidades. Primeira: os americanos não os podem julgar e condenar, mas a justiça dos seus países de origem estaria disposta a fazê-lo. Então, a preocupação, dos pretensos defensores dos direitos humanos deveria alargar-se a todos os cidadãos desses países, sujeitos a sistemas de justiça e a penas desumanas. No entanto, os pretensos defensores dos direitos humanos parecem recuar perante a expansão da ideologia que ameaça implantar no Ocidente regimes semelhantes: o islamismo do Hamas, da Irmandade Muçulmana, e organizações análogas. Segunda perplexidade: então se os americanos nem com suposto recurso à tortura conseguiram reunir provas para incriminar estes presos e os vão libertar de Guantanamo - e aqui é preciso dizer que já o fizeram a.O., isto é, antes-de-Obama, não se podendo atribuir ao novel presidente esta proeza - então os americanos e o seu sistema paralelo de prisões não parecem ser tão cruéis e desumanos como alguns gostam de os retratar, certamente são-no menos do que os que os prisioneiros se arriscam a enfrentar nos seus países de origem. Isto não parece coisa de gente sã da cabeça. Nos Estados Unidos, alguns políticos a desempenhar cargos relevantes - governadores, senadores e congressistas - já disseram que não querem receber nos respectivos estados nenhum deste indivíduos. Nós por cá, abrimos-lhes os braços. Curioso também notar que, de acordo com notícia do Público, os países onde mais se têm feito sentir os efeitos da islamização - Holanda, Suécia, Dinamarca -, são os que se mostram indisponíveis para receber os alegados terroristas. Só a Espanha, governada pelos progressistas do PSOE, de entre os que já provaram os amargos frutos da jihad, parece disposta a acolher os prisioneiros, prestes a deixar de sê-lo. A Alemanha está dividida sobre as linhas que separam os partidos que constituem a coligação governamental, de acordo com a mesma notícia. Esta notícia não podia terminar sem apontar, alegadamente fazendo eco das declarações de duas organizações designadas como defensoras dos direitos humanos, a Guerra do Iraque como argumento para a angariação de recrutas para o terrorismos islâmico. Evidentemente, não conhecem, não percebem ou fingem não perceber a natureza da ameaça que pende sobre o Ocidente, na verdade sobre todo o mundo: a natureza totalitária e expansionista do islamismo e da jihad. Se lessem este blogue, já disso se teriam dado conta, bastando para isso seguir a hiperligação para a Jihad Watch.

24.1.09

Por trás do júbilo II

O anúncio da decisão de fechar a prisão americana de Guantanamo no espaço de um ano e de obrigar os agentes secretos americanos a cumprir rigorosamente o manual de interrogação que impede o uso de técnicas coercivas, vistas por alguns, eventualmente com razão, como tortura, foi recebido com alegria e como prova de que Obama é realmente muito diferente de Bush, de que as promessas eleitorais - às quais o próprio Obama ainda recentemente se referiu com "retórica eleitoral" - são para cumprir, marcando uma clara diferença entre a esquerda, suposta defensora dos direitos humanos, e a direita, sempre pronta a sacrificá-los. Como é habitual, a realidade é algo mais complexa do que esta visão supõe. Primeiro: as decisões de Obama foram tomadas sob a forma de "Executive Order", a qual pode ser revertida com uma ordem em contrário, dependente apenas da vontade do próprio presidente. Ou seja, Obama põe, Obama dispõe. Segundo: outras decisões de Obama permitem ver as decisões referidas como sujeitas a revisão em breve. Obama nomeou duas comissões: a primeira tratará de estabelecer procedimentos para lidar com os presos no contexto da Guerra Contra o Terror, actuais e futuros; a segunda, determinará se o manual de instruções é suficiente para interrogar com eficácia indivíduos com o treino e a motivação para lhes resistir, sabendo que as acções dos seus interrogadores estão circunscritas pelo cumprimento do manual em questão. Dennis C. Blair, futuro director dos serviços secretos (intelligence services), afirmou que, para além de ser necessário manter secreto o conteúdo do manual (o que dificulta o controlo por parte do defensores dos direitos humanos da sua correcção), pode ser necessário recorrer a outras técnicas para além das actualmente em uso. Em suma: as decisões em causa só satisfazem quem estiver disposto a fazer fé, uma fé sem limites, no presidente e nos homens por ele escolhidos; os contornos gerais das decisões são feitos para agradar aos críticos de Bush, mas se observados mais em pormenor, deixam ampla margem para a tomada de decisões duras em caso de necessidade; semelhantes decisões, se tomadas por Bush, seriam, muito provavelmente, alvo de severas críticas dos que actualmente comemoram. Ler Obama’s Wiggle-Room on Counterterrorist Policy e A False Move on Gitmo. Addendum: a respeito da disposição da mente progressista para ter fé em Obama e para lhe elogiar as palavras, actos e omissões que a Bush condenaria, recomendo a leitura deste texto, do qual colo um excerto: «Of course, Obama may somehow be able to overcome problems the previous administration had on some of these points. For one thing, liberal thinkers have begun their volte face: Thus civil liberties lawyer David C. Cole, a longtime critic of the Bush administration, now admits that “you can’t be a purist” and issue a blanket ban on indefinite detention without trial. After all, there is nothing “un-American” about that — the system has long allowed for indefinite detention of, for example, the criminally insane without trial.»

23.1.09

Por trás do júbilo

Não pretendo fazer a apologia da solução do presidente Bush ao optar por lidar com os presos suspeitos de terrorismo criando uma situação de nebulosidade jurídica. Com os três textos sugeridos, pretende-se apenas chamar a atenção para o facto de não estarmos propriamente a falar de bons rapazes que foram influenciados pelas más companhias, nem de jovens desempregados apanhados a roubar pão, nem de bons moços que, por força das dificuldades da vida, se dedicaram ao car jacking. Esta questão torna-se ainda mais importante para nós se considerarmos que, por cá, umas quantas almas caridosas já manifestaram disponibilidade para receber em Portugal algumas destas pessoas.

A religião da justissa

Esta notícia dá uma ideia do valor que em alguns países a vida humana tem. As causas podem ser culturais mais que religiosas, mas outras religiões, como o cristianismo, elevaram a vida humana bem acima de outros valores, entre os quais a honra familiar (o que quer que isto signifique) ou, o que parece ser o caso, a própria. Isto o Islão não faz. Salva a honra, perdida a vida. Pergunto-me se o "crime de honra" será igualmente aceite como não-crime no caso do transgressor ser um homem? Via Dhimmi Watch.

21.1.09

Liberdade religiosa II

Mais um exemplo de liberdade religiosa, tal como é praticado na Umá. A nota positiva vem da referência à sã convivência entre católicos e protestantes paquistaneses, pelo menos a julgar pelo uso partilhado da mesma igreja, na altura em que os católicos rezam pela unidade dos cristãos. Pelo menos no martírio, estamos unidos.

Afinidades processuais

A reescrita da história de modo a ficar mais conforme à mitologia do poder e de acordo com os seus superiores desígnios é um dado conhecido na União Soviética, do que os sucessivos desaparecimentos do anais soviéticos do líderes revolucionários à medida que íam caindo em desgraça aos olhos de Staline é um notável exemplo. Ao que parece, esta estratégia não é usada exclusivamente pelos comunistas: também os seus aliados islamitas fazem uso dela, pelo menos de acordo com este postal do Gates of Vienna, que vai já para a lista das hiperligações.

20.1.09

Liberdade religiosa

Uma das liberdades que não é contestada na nossa sociedade é a liberdade religiosa. No ocidente qualquer pessoa pode praticar a sua fé, dentro do respeito pelas leis civis, e pode falar livremente dela a quem o quiser ouvir. Para além de usufruírem de plena liberdade de culto e de ensino e de acção prosélita, algumas religiões parecem gozar de um privilégio especial de reserva a respeito de alguns pontos sensíveis das suas respectivas crenças, que levam jornalistas, académicos e, inclusive, artistas a tomar atitudes de notável contenção em ordem a não ofender determinadas sensibilidades. Ora, se procurarmos nos países onde o Islão é maioritário e dita a lei o que se entende por "liberdade religiosa", encontraremos um conceito bem diferente:
«(...) when a Muslim speaks of religious freedom, what he means is the right of a Christian woman to marry a Muslim man and to remain a Christian thereafter.»
E já que este assunto se cruza com uma matéria muito discutida (e distorcida) por cá, nos últimos tempos, podemos também destacar da mesma entrevista ao Bispo da Arábia, Paul Hinder, originalmente publicada na revista suiça Die Weltwoche, da qual o Pajamas Media publica uma tradução para inglês, cuja leitura integral se recomenda:
«(...)we also have to ask how matters stand as regards a Christian man who marries a Muslim woman. He also automatically becomes a Muslim. He is not even asked if this is what he wants.»
Esta plasticidade no sentido atribuído à expressão "liberdade religiosa", ora para uso islâmico no Ocidente, ora para uso sobre outras religiões no Islão, recorda-me uma outra noção muito cultivada nos dias de hoje, a tolerância, definida peculiarmente por Marcuse considerando quem tolera e o que se tolera, nos seguintes termos:
« Liberating tolerance, then, would mean intolerance against movements from the Right and toleration of movements from the Left.»
Não surpreende que uns e outros, islamitas e marxistas, se entendam tão bem.

A religião da pás II

É importante conhecer o inimigo; ou um exemplo de justiça poética; ou de como se pretende atacar deliberadamente alvos civis; ou como afinal sempre havia armas de destruição massiva, mas não no local e no momento que se pensava. Via Hot Air.

16.1.09

Anti-sionismo ou anti-semitismo?

São frequentes as tomadas públicas de posição de alguma intelectualidade progressista contra o estado de Israel, posições auto-designadas como "anti-sionistas", fazendo uma distinção entre o projecto político - imperialista, dizem - subjacente à fundação do estado de Israel e o direito dos judeus a viver pacificamente, que não discutem (pelo menos abertamente). O que se tem visto, porém, pela Europa fora e pelos EUA em manifestações alegadamente contra as operações militares israelitas, mas que acabam invariavelmente em manifestações de ódio assumido pelos judeus, não merece outro nome que não anti-semitismo, do qual são exemplos acabados os ataques a estabelecimentos comerciais multinacionais dirigidos por judeus não israelitas em Inglaterra. Addendum: a propósito deste tema e também sobre a disposição por parte dos europeus de sacrificar Israel para aplacar a fúria islâmica, ler este texto.

«Não haverá progresso algum dos conhecimentos religiosos na Igreja de Cristo?»

«Há, sem dúvida, e muito grande. Com efeito, quem será tão malévolo para com a humanidade e tão inimigo de Deus que pretenda impedir este progresso?» S. Vicente de Lérins (séc. V) Via Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Reconhecer um milagre

Há, pelo menos, dois tipos de milagre: os que, de tão extraordinários, nos espantam - aos quais só não reconhecemos a natureza miraculosa por incredulidade; e os que, de tão frequentes, deixam de nos maravilhar, capazes que somos de a tudo nos habituarmos. O extraordinário acontecimento de ontem - a amaragem de emergência de um avião comercial com cerca de 150 pessoas a bordo no rio Hudson, sem vítimas mortais - não pode deixar de maravilhar um cristão e de suscitar nele a forte impressão de que se tratou de um milagre. Reconhecer um milagre não retira, nem um pouco, o mérito humano, heróico, ao piloto, nem deprecia as condições que favoreceram o resgate dos sobreviventes, concretamente o elevado número de embarcações que à hora do acidente navegavam no Hudson e que rapidamente acorreram ao local do acidente em socorro dos passageiros. Deus opera os milagres e chama os homens a cooperar com Ele. Nas Bodas de Caná, são os servos do noivo quem enche as talhas com água, seguindo, apesar da sua incredulidade, as instruções de Jesus. Nas multiplicações dos pães, são os discípulos que, instados pelo Mestre e mau grado o seu natural cepticismo, recolhem uma mão cheia de côdeas. Ao homem cabe cumprir o seu dever, fazer o que está certo; Deus faz o resto. O último, e talvez o mais importante, dos deveres do homem é ser capaz de reconhecer o milagre.

4.1.09

Proporcionalidade

A propósito de "proporcionalidade", ler este texto, cujo sumário colo: «Israeli population centers in southern Israel have been the target of over 4,000 rockets, as well as thousands of mortar shells, fired by Hamas and other organizations since 2001. Rocket attacks increased by 500 percent after Israel withdrew completely from the Gaza Strip in August 2005. During an informal six-month lull, some 215 rockets were launched at Israel. The charge that Israel uses disproportionate force keeps resurfacing whenever it has to defend its citizens from non-state terrorist organizations and the rocket attacks they perpetrate. From a purely legal perspective, Israel's current military actions in Gaza are on solid ground. According to international law, Israel is not required to calibrate its use of force precisely according to the size and range of the weaponry used against it. Ibrahim Barzak and Amy Teibel wrote for the Associated Press on December 28 that most of the 230 Palestinians who were reportedly killed were "security forces," and Palestinian officials said "at least 15 civilians were among the dead." The numbers reported indicate that there was no clear intent to inflict disproportionate collateral civilian casualties. What is critical from the standpoint of international law is that if the attempt has been made "to minimize civilian damage, then even a strike that causes large amounts of damage - but is directed at a target with very large military value - would be lawful." Luis Moreno-Ocampo, the Chief Prosecutor of the International Criminal Court, explained that international humanitarian law and the Rome Statute of the International Criminal Court "permit belligerents to carry out proportionate attacks against military objectives, even when it is known that some civilian deaths or injuries will occur." The attack becomes a war crime when it is directed against civilians (which is precisely what Hamas does). After 9/11, when the Western alliance united to collectively topple the Taliban regime in Afghanistan, no one compared Afghan casualties in 2001 to the actual numbers that died from al-Qaeda's attack. There clearly is no international expectation that military losses in war should be on a one-to-one basis. To expect Israel to hold back in its use of decisive force against legitimate military targets in Gaza is to condemn it to a long war of attrition with Hamas.» Via Melanie Phillips.

2.1.09

Manifestações em defesa de quem?

Nos próximos dias, terão lugar em Lisboa algumas iniciativas de demonstração de oposição à investida militar israelita. É evidente que a guerra, qualquer guerra é um acontecimento deplorável em si mesmo e pelos danos causados a inocentes. Infelizmente, é, por vezes, um último recurso inevitável. Acontece que esta investida militar tem alvos bem definidos, pelo que talvez não fosse má ideia perceber quem são esses alvos - e haverá melhor maneira de o fazer que a leitura do seu documento fundador, a Carta do Hamas? (Uma tradução para português encontra-se neste livro). O documento é extenso, e há coisas melhores para fazer, por isso, colo uma parte, para aguçar o apetite para a leitura de todo o documento, e para recordar da próxima vez que alguém falar em negociações de paz (destaques meus): «Article Thirteen: Peaceful Solutions, [Peace] Initiatives and International Conferences [Peace] initiatives, the so-called peaceful solutions, and the international conferences to resolve the Palestinian problem, are all contrary to the beliefs of the Islamic Resistance Movement. For renouncing any part of Palestine means renouncing part of the religion; the nationalism of the Islamic Resistance Movement is part of its faith, the movement educates its members to adhere to its principles and to raise the banner of Allah over their homeland as they fight their Jihad: "Allah is the all-powerful, but most people are not aware." From time to time a clamoring is voiced, to hold an International Conference in search for a solution to the problem. Some accept the idea, others reject it, for one reason or another, demanding the implementation of this or that condition, as a prerequisite for agreeing to convene the Conference or for participating in it. But the Islamic Resistance Movement, which is aware of the [prospective] parties to this conference, and of their past and present positions towards the problems of the Muslims, does not believe that those conferences are capable of responding to demands, or of restoring rights or doing justice to the oppressed. Those conferences are no more than a means to appoint the nonbelievers as arbitrators in the lands of Islam. Since when did the Unbelievers do justice to the Believers? "And the Jews will not be pleased with thee, nor will the Christians, till thou follow their creed. Say: Lo! the guidance of Allah [himself] is the Guidance. And if you should follow their desires after the knowledge which has come unto thee, then you would have from Allah no protecting friend nor helper." Sura 2 (the Cow), verse 120. There is no solution to the Palestinian problem except by Jihad. The initiatives, proposals and International Conferences are but a waste of time, an exercise in futility. The Palestinian people are too noble to have their future, their right and their destiny submitted to a vain game.(...)» Ninguém organiza contramanifestações?