nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro, nem as potestades, nem a altura, nem o abismo, nem qualquer outra criatura
15.4.09
Como interpretar?
Segundo noticia a TSF, o PCP (Partido Comunista ou Classicida Português), pela voz de um dos seus parlamentares, propõe um regime de hipertaxação de 75% sobre "prémios e compensações atribuídos a administradores" de empresas.
O deputado invoca, a propósito desta proposta, uma medida tomada pelo presidente dos EUA - a quem o parlamentar se refere pelo apelido, sem mais, talvez menos por o presidente americano ser universalmente conhecido pelo nome que para evitar mencionar o cargo que desempenha -, no sentido de taxar a 90% rendimentos de igual natureza auferidos por administradores de empresas receptoras de apoios financeiros estatais.
Não fica claro se a proposta do PCP se inspirou na de Obama ou se os classicidas se limitam a apanhar a onda. Uma diferença importante - a qual pode apontar para a segunda hipótese -, entre o obaminável pacote e a proposta classicida parece residir no facto da aplicação desta não se circunscrever, pelo menos a julgar pelas palavras do deputado, às empresas receptoras desse tipo de apoios.
Independentemente de quaisquer outras considerações, uma pergunta se impõe: como interpretar o facto do PCP invocar uma medida de Obama para respaldar uma proposta sua?
Será que é o PCP que está mais moderado ao seguir as propostas de O (salta à vista a benevolência dos comunistas, medida em 15% de diferença entre a justiceirismo fiscal obamiano e a sanha confiscatória dos aspersores de miséria portugueses)?
Ou será que, ao invés, Obama é menos moderado do que a maioria imagina?
Publicado por
Luís Lopes Cardoso
sobre:
Decadência ocidental,
Política Americana,
Socialismo/Comunismo
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