11.4.09

Pequeno grande teste

O caso começou na 4ª feira, dia 8, quando um grupo de piratas somalis se apoderou de um navio da marinha mercante norte-americana carregado com ajuda humanitária. O navio esteve sob poder dos piratas durante pouco tempo, tendo a tripulação retomado os comandos do navio, cujo capitão foi feito refém pelos piratas escorraçados. A marinha de guerra norte-americana acorreu celeremente ao local e montou cerco ao salva-vidas onde os piratas se refugiaram com o refém, embarcação que se encontra à deriva, sem combustível. Entretanto, os acossados piratas terão convocado reforços via telefone-satélite, mais concretamente outros navios sequestrados por piratas, os quais se terão dirigido para o local, transportando no seu interior numerosos reféns, de modo a aumentar o número de vidas inocentes em risco, melhorar a sua posição negocial e tornar mais arriscada, logo menos provável uma acção ofensiva da marinha de guerra norte-americana, que reuniu mo local, pelo menos, três navios. O capitão do navio mercante encetou uma arrojada fuga, a qual se frustrou na ausência de auxílio dos vasos de guerra circundantes. O presidente Obama, questionado sobre a matéria no dia seguinte ao sequestro, recusou-se a comentar, alegando que não era oportuno fazê-lo, posição considerada prudente uma vez que negociadores do FBI se encontram no local e que qualquer afirmação poderia pôr em risco as negociações. Os piratas já fizeram as suas exigências, $2M, e ameaçam matar o comandante se atacados. Os problemas acabam de se adensar, conhecida que acaba de ser a notícia de que um rebocador de propriedade norte-americana, com bandeira italiana, com 16 pessoas foi sequestrado, depois de, horas antes, o vaso de guerra português "Corte-Real" ter sido chamado a defender um cargueiro panamiano de um outro ataque de piratas. Esta questão está a ser vista não como mais uma onda de pirataria na zona, mas como um teste às capacidades de Obama como Comandante-em-Chefe. Será que os EUA vão negociar com um bando de malfeitores e pagar o que eles exigem, deste modo incentivando a prática destes actos, linha de actuação que vem sendo seguida por todos os países, com excepção da França que, 6ª feira, lançou uma operação de comandos contra um navio onde se encontravam sequestrados cinco reféns franceses, e que custou a vida a um deles? Depois da pusilânime posição norte-americana face ao lançamento do foguetão/míssil norte-coreano, o que esperar do presidente que já é comparado a Dhimmi Carter e é objecto de peças que, embora jucundas, mal se distinguem da realidade?

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