22.10.09

Direitos de que humanos? (2)

aqui referimos o artigo de Robert Bernstein, fundador da Human Rights Watch (HRW), no qual Bernstein critica duramente a organização por, no que concerne à situação dos direitos humanos no médio oriente, se limitar a apontar o dedo a Israel (de maneira altamente discutível), pela sua leniência com o Hamas e o Hezbollah e pelo fechar de olhos para as violações dos direitos humanos cometidas em todos os países da região. No blogue do American Thinker, Ethel C. Fenig analisa o artigo e aponta para as razões que podem estar na origem para a escolha de Israel como alvo a abater, deixando em paz e sendo instrumental para os países árabes que cercam o estado judaico:
«(...) [T]he organization's staffers Joe Stork , who is now their Deputy Director of the Middle East and North Africa division, set up the Middle East Research Information Project (MERIP) to specifically criticize Israel while glorifying the "revolutionary potential" of Arab violence. When Middle East director Sarah Whiston journeyed to Saudi Arabia for funding, promising to further discredit Israel, there was deafening public silence. (...)»
Ou seja, uma organização em tempos dedicada à luta pelos direitos humanos procura financiamento junto de regimes eles próprios grandes violadores desses direitos para denegrir a única democracia do médio oriente - e por democracia entenda-se não apenas a escolha periódica de representantes políticos para órgãos legislativos e executivos, aos níveis nacional e local, mas também a existência de um sistema judicial autónomo, a existência de liberdade de expressão, liberdade de culto e de imprensa livre. Na origem da prostituição da HRW ao petrodólares podia estar a mera cobiça e o desprezo pelos direitos humanos, mas o caso parece ser outro: os dirigentes da organização encontram nos regimes tirânicos do médio oriente interlocutores dispostos a dar-lhes elevados montantes para que façam aquilo que já fariam, de bom grado, à borla: atacar Israel.

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