nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro, nem as potestades, nem a altura, nem o abismo, nem qualquer outra criatura
26.12.08
Para seguir com atenção
16.12.08
"The Soviet Story"
2.12.08
Dias difíceis para a democracia
11.11.08
A face oculta
Dias difíceis
22.9.08
O Dever de Morrer
6.9.08
Martírio silenciado
2.9.08
Comunismo - História de Uma Ilusão
8.8.08
Revolução cultural em versão islâmica
26.7.08
Ligações
28.5.08
Memória histórica
4.4.08
Aniversário Natalício e de Pontificado de Bento XVI
19.3.08
Zenit em campanha de recolha de fundos
Princípio da reciprocidade - addendum
6.3.08
Intelectualidade de esquerda e banditismo
No meio das suas considerações, Olavo alude a um outro texto seu – Bandidos & Letrados – no qual analisa mais extensamente a relação entre o banditismo e um certo pensamento de esquerda.
Ora, estes dois textos são de particular actualidade numa altura em que, por cá, vivemos aquilo que designamos, de forma algo optimista, por onda de criminalidade violenta e que pode bem ser, esperemos que não, menos onda que maré.
A propósito desta onda, não tardaram as habituais reacções: da esquerda veio o já canónico mito do crime como reflexo das dificuldade económicas que o país atravessa, à qual, surpreendentemente – ou talvez não – se associou o líder do PSD, Luís Filipe Menezes. Do poder – que é como quem diz, da esquerda mais comprometida – veio a desvalorização do fenómeno, quer através de discursos de ministros, quer por meio da oportuna divulgação de estatísticas que pretendem contrariar a generalizada sensação de insegurança expressa pelos cidadãos e pelos agentes policiais; e veio o anúncio da elaboração de mais leis, de mais planos e de mais projectos que só na mente de quem os concebe – oh, inteligências preclaras – contribuirão para a resolução dos problemas da segurança dos cidadãos.
Quanto às origens do mito e quanto ao mito em si mesmo, a leitura do texto Bandidos & Letrados é particularmente esclarecedora, assim como também o é em relação à tibieza e inconsequência das propostas feitas pelos nossos governantes, razões mais que suficientes para tornar a sua leitura absolutamente indispensável.
Para ilustrar esta afirmação, colo algumas passagens:
«Entre as causas do banditismo carioca, há uma que todo o mundo conhece mas que jamais é mencionada, porque se tornou tabu: há sessenta anos os nossos escritores e artistas produzem uma cultura de idealização da malandragem, do vício e do crime.(…)»
«(…) Humanizar a imagem do delinqüente, deformar, caricaturar até os limites do grotesco e da animalidade o cidadão de classe média e alta, ou mesmo o homem pobre quando religioso e cumpridor dos seus deveres — que neste caso aparece como conformista desprezível e virtual traidor da classe —, eis o mandamento que uma parcela significativa dos nossos artistas tem seguido fielmente, e a que um exército de sociólogos, psicólogos e cientistas políticos dá discretamente, na retaguarda, um simulacro de respaldo "científico".
À luz da "ética" daí resultante, não existe mal no mundo senão a "moral conservadora". Que é um assalto, um estupro, um homicídio, perto da maldade satânica que se oculta no coração de um pai de família que, educando seus filhos no respeito à lei e à ordem, ajuda a manter o status quo? O banditismo é em suma, nessa cultura, ou o reflexo passivo e inocente de uma sociedade injusta, ou a expressão ativa de uma revolta popular fundamentalmente justa. Pouco importa que o homicídio e o assalto sejam atos intencionais, (…). A conexão universalmente admitida entre intenção e culpa está revogada entre nós por um atavismo marxista erigido em lei: pelo critério "ético" da nossa intelectualidade, um homem é menos culpado pelos seus atos pessoais que pelos da classe a que pertence.(…)»
«(…) É absolutamente impossível que a disseminação de tantas idéias falsas não crie uma atmosfera propícia a fomentar o banditismo e a legitimar a omissão das autoridades. O governante eleito por um partido de esquerda, por exemplo, não tem como deixar de ficar paralisado por uma dupla lealdade, de um lado à ordem pública que professou defender, de outro à causa da revolução com a qual seu coração se comprometeu desde a juventude, e para a qual a desordem é uma condição imprescindível.(…)»
«(…) De nada adianta a experiência universal ensinar-nos que a conexão entre miséria e criminalidade é tênue e incerta; que há milhares de causas para o crime, que mesmo a prosperidade de um wellfare State não elimina; que entre essas causas está a anomia, a ausência de regras morais explícitas e comuns a toda a sociedade; que uma cultura de "subversão de todos os valores" e a glamurização do banditismo pela elite letrada ajudam a remover os últimos escrúpulos que ainda detêm milhares de jovens prestes a saltar no abismo da criminalidade. Contrariando as lições da História, da ciência e do bom senso, nossos intelectuais continuam presos à lenda que faz do criminoso o cobrador de uma dívida social.(…)»
Mas o melhor é ler todo o artigo, seguir o encadeamento do raciocínio e da exposição do Olavo de Carvalho, acompanhar todas as ramificações apontadas.
4.3.08
Radio Convicción
Por indicação de Olavo de Carvalho, através do seu talkshow semanal True Outspeak/Sinceridade de Facto, descobri a Radio Convicción, emissora católica chilena.
No seu site, esta emissora disponibiliza programas sobre diversas temáticas, que vão desde a doutrina cristã, passando pela oração, pela história da Igreja, até ao pensamento filosófico-teológico dos Padres e Doutores da Igreja. Disponibiliza, igualmente, uma série de programas – muito propriamente designada “Barbarie Comunista” – sobre a Revolução Cultural Neomarxista, através do escrutínio do pensamento de figuras como Gramsci, Marcuse, Reich, Lucaks, Adorno, Horkheimer, Sartre, entre outros (“O meu nome é Legião”) e de doutrinas como o existencialismo, o niilismo, o desconstrucionismo.
Compare-se o serviço prestado por esta rádio com o da sua congénere portuguesa.
2.3.08
Relativismo agressivo
A ler, igualmente, o texto, disponível na página pessoal do autor, relativo ao seu livro anterior, “Il Dramma dell’Europa Senza Cristo - Il relativismo europeo nello scontro delle civiltà”, da mesma editora.
29.2.08
A direita playboy
Dois excelentes artigos de Olavo de Carvalho publicados recentemente merecem leitura atenta e suscitam algumas reflexões.
Um deles, intitulado Poligamia na Grã-Bretanha, parte da recente revelação de que, no Reino Unido, os indivíduos envolvidos em casamentos polígamos — leia-se, muçulmanos — receberão, da parte da segurança social, pensões tantas quantas as mulheres com quem estejam casados, o que corresponde, no mínimo, a um reconhecimento de facto da poligamia, ainda que no quadro legislativo continue a ser ilegal.
Aqui surge uma primeira reflexão: as semelhanças entre a realidade política brasileira, tal como descrita por Olavo de Carvalho, e a realidade política portuguesa são de tal ordem que não deixam de provocar espanto.
A direita playboy, em suma, não vislumbra que os valores mesmos que estima serão letra morta numa sociedade dominada pelo totalitarismo da esquerda materialista, a qual acabará por sucumbir à revolta dos seus aliados no combate contra a sociedade ocidental: os extremistas islâmicos.
21.2.08
A resistência dá frutos
17.2.08
Princípio da reciprocidade
11.2.08
11 de Fevereiro, Dia de Luto neste blog
8.2.08
Britanistão
5.2.08
A revolução insidiosa
Descobri o Olavo de Carvalho um pouco por acaso (quantas grandes descobertas são feitas por acaso), num processo tão típico dos nossos dias e das suas navegações cibernáuticas, através de uma hiperligação que leva a outra, e a outra ainda, tornando-se difícil, no fim, reconstituir o percurso.
Comecei por ler os textos mais recentes que vai publicando em vários órgãos da imprensa brasileira; depois fui recuando para os mais antigos: a maioria dos textos são análises da realidade do Brasil, mas, na sua maioria, são plenamente compreensíveis para o leitor português normal – que não conhece a realidade brasileira – porque, mesmo quando fala sobre acontecimentos determinados e concretos da actualidade brasileira, Olavo de Carvalho fala de uma perspectiva assente em sólidos conhecimentos históricos, filosóficos, sociológicos e sempre com um aguçado sentido crítico.
Depois comecei a ouvir o talkshow, onde se dá a conhecer um Olavo mais sanguíneo, desbocado, iracundo; neste dá também recomendações de leitura, as quais tenho procurado seguir.
Passados alguns meses, posso dizer que Olavo de Carvalho é a personalidade que mais contribuiu para a definição da posição política que ocupo hoje.
A leitura de alguns dos seus textos contribuiu para melhorar a minha compreensão de muitos fenómenos que me causam bastante desconforto. Depois de ler esses textos, esses fenómenos continuam a ser incómodos mas, ao ser capaz de os ver na perspectiva apontada por Olavo de Carvalho, ao desconforto provocado pelos fenómenos em si subtrai-se o incómodo de não os conseguir compreender.
De entre esses textos começaria por destacar o segundo capítulo do livro “A Nova Era e a Revolução Cultural”: “Sto. Antonio Gramsci e a Salvação do Brasil.”
Neste texto, Olavo faz uma apresentação crítica do pensamento do ideólogo marxista Antonio Gramsci, do seu ponto de partida, da sua estratégia, da aplicação da estratégia e faz o ponto da situação no Brasil dos anos 90 do sec. XX.
É impossível ler este texto sem um sobressalto. Chega-se ao fim assustado mas mais alerta. E não se consegue deixar de reconhecer a situação descrita no Portugal dos primeiros anos deste século e no resto do mundo.
Colo a hiperligação para o texto completo: http://www.olavodecarvalho.org/livros/negramsci.htm
Podia continuar a fazer destaques mas conseguiria apenas retalhar o texto, e o melhor é lê-lo todo.
Noutro postal a publicar brevemente pretendo apresentar um outro conjunto de textos muito elucidativos sobre a realidade do nosso tempo, os quais tratam do que Olavo designa por “Mentalidade Revolucionária”. Em conjunto com este que acabo de apresentar, constituem uma chave de leitura para alguns dos fenómenos políticos e sociais mais marcantes do sec. XX e do início do sec. XXI.
1.2.08
A Igreja como farol ético para a investigação científica
Também de pão vive o homem
Pergunto: são conhecidos os custos de gestão das grandes ONGs?
O Shandy pai dizia temer pela sua saúde e pelas suas poupanças porque o seu médico e o seu banqueiro não eram crentes, logo não tinham um instância última, omnisciente e justa perante quem responder.