28.6.10

«Fé adulta», segundo Bento XVI

«Fé adulta», segundo Bento XVI1
«(...) No capítulo 4 da Carta, o Apóstolo diz-nos que com Cristo temos que atingir a idade adulta, uma fé madura. Não podemos mais permanecer como "meninos inconstantes, levados por qualquer vento de doutrina..." (4, 14). Paulo deseja que os cristãos tenham uma fé "responsável", uma "fé adulta". A expressão "fé adulta", nas últimas décadas, tornou-se um slogan difundido. Ouvimo-lo com frequência no sentido da atitude de quem já não dá ouvidos à Igreja e aos seus Pastores, mas escolhe autonomamente aquilo em que quer acreditar ou não portanto, uma fé "ad hoc". E é apresentada como "coragem" de se expressar contra o Magistério da Igreja. Na realidade, todavia, para isto não é necessária coragem, porque se pode ter sempre a certeza do aplauso público. Pelo contrário, é necessária coragem para aderir à fé da Igreja, não obstante ela contradiga o "esquema" do mundo contemporâneo. Este é o não-conformismo da fé ao qual Paulo chama uma "fé adulta". É a fé que ele quer. Por outro lado, qualifica como infantil o correr atrás dos ventos e das correntes do tempo. Assim faz parte da fé adulta, por exemplo, empenhar-se pela inviolabilidade da vida humana desde o primeiro momento, opondo-se assim de forma radical ao princípio da violência, precisamente também na defesa das criaturas humanas mais inermes. Faz parte da fé adulta reconhecer o matrimónio entre um homem e uma mulher para toda a vida, como ordenamento do Criador, restabelecido novamente por Cristo. A fé adulta não se deixa transportar aqui e ali por qualquer corrente. Ela opõe-se aos ventos da moda. Sabe que estes ventos não constituem o sopro do Espírito Santo; sabe que o Espírito de Deus se expressa e se manifesta na comunhão com Jesus Cristo. No entanto, também aqui Paulo não se detém na negação, mas leva-nos ao grande "sim". Descreve a fé madura, verdadeiramente adulta, de maneira positiva com a expressão: "agir segundo a verdade na caridade" (cf. Ef 4, 15). O novo modo de pensar, que nos foi dado pela fé, verifica-se antes de tudo em relação à verdade. O poder do mal é a mentira. O poder da fé, o poder de Deus é a verdade. A verdade sobre o mundo e sobre nós mesmos torna-se visível, quando olhamos para Deus. E Deus torna-se-nos visível no rosto de Jesus Cristo. Olhando para Cristo, reconhecemos mais uma coisa: verdade e caridade são inseparáveis. Em Deus, ambas são inseparavelmente uma só coisa: a essência de Deus é precisamente esta. Por isso, para os cristãos verdade e caridade caminham juntas. A caridade é a prova da verdade. Sempre de novo, deveríamos ser medidos em conformidade com este critério, para que a verdade se torne caridade e a caridade nos torne verídicos. (...)»
Via Massimo Introvigne. 1 - Nota: A versão portuguesa tem algumas frases a raiar o incompreensível. Se quiser, aqui fica o texto em italiano:
«(...) Nel quarto capitolo della Lettera l’Apostolo ci dice che con Cristo dobbiamo raggiungere l’età adulta, una fede matura. Non possiamo più rimanere “fanciulli in balia delle onde, trasportati qua e là da qualsiasi vento di dottrina…” (4, 14). Paolo desidera che i cristiani abbiano una fede “matura”, una “fede adulta”. La parola “fede adulta” negli ultimi decenni è diventata uno slogan diffuso. Ma lo s’intende spesso nel senso dell’atteggiamento di chi non dà più ascolto alla Chiesa e ai suoi Pastori, ma sceglie autonomamente ciò che vuol credere e non credere – una fede “fai da te”, quindi. E lo si presenta come “coraggio” di esprimersi contro il Magistero della Chiesa. In realtà, tuttavia, non ci vuole per questo del coraggio, perché si può sempre essere sicuri del pubblico applauso. Coraggio ci vuole piuttosto per aderire alla fede della Chiesa, anche se questa contraddice lo “schema” del mondo contemporaneo. È questo non-conformismo della fede che Paolo chiama una “fede adulta”. È la fede che egli vuole. Qualifica invece come infantile il correre dietro ai venti e alle correnti del tempo. Così fa parte della fede adulta, ad esempio, impegnarsi per l’inviolabilità della vita umana fin dal primo momento, opponendosi con ciò radicalmente al principio della violenza, proprio anche nella difesa delle creature umane più inermi. Fa parte della fede adulta riconoscere il matrimonio tra un uomo e una donna per tutta la vita come ordinamento del Creatore, ristabilito nuovamente da Cristo. La fede adulta non si lascia trasportare qua e là da qualsiasi corrente. Essa s’oppone ai venti della moda. Sa che questi venti non sono il soffio dello Spirito Santo; sa che lo Spirito di Dio s’esprime e si manifesta nella comunione con Gesù Cristo. Tuttavia, anche qui Paolo non si ferma alla negazione, ma ci conduce al grande “sì”. Descrive la fede matura, veramente adulta in maniera positiva con l’espressione: “agire secondo verità nella carità” (cfr Ef 4, 15). Il nuovo modo di pensare, donatoci dalla fede, si volge prima di tutto verso la verità. Il potere del male è la menzogna. Il potere della fede, il potere di Dio è la verità. La verità sul mondo e su noi stessi si rende visibile quando guardiamo a Dio. E Dio si rende visibile a noi nel volto di Gesù Cristo. Guardando a Cristo riconosciamo un’ulteriore cosa: verità e carità sono inseparabili. In Dio, ambedue sono inscindibilmente una cosa sola: è proprio questa l’essenza di Dio. Per questo, per i cristiani verità e carità vanno insieme. La carità è la prova della verità. Sempre di nuovo dovremo essere misurati secondo questo criterio, che la verità diventi carità e la carità ci renda veritieri. (...)»

3 comentários:

rui mig disse...

Olá:
O que mais me irrita neste movimento arco-irista gay, é a arrogância contra todos aqueles, que sendo pacíficos, discordam do ponto de vista deles, não se furtando inclusivamente ao insulto. Parece que já não lhes chega toda a compreensão da lei e das pessoas perante o tipo de vida que querem levar... E o que é mais interessante, é que muitas vezes apoiam causas, como por exemplo a palestiniana, onde os congéneres deles são pura e simplesmente assassinados ou violentamente mal tratados.
O vossos 2 blogs são excelentes, e logo a primeira vez que os visitei, a coisa que mais me sensibilizou foi aquele crucifixo da criança que mereceu "tratamento" das autoridades dispostas a descristianizar o mundo.
Um abraço
Rui

Luís Cardoso disse...

Caro Rui,
Obrigado.
O seu elogio tem um valor especial para nós, que acompanhamos o seu Neuromante.

Luís Cardoso disse...

Caro Rui,
Não encontro o seu email.
Escreva-me, se fizer favor, para tambemistoevaidade@gmail.com