5.11.09

A coragem do artista dimi

Alguns artistas parecem retirar imensa satisfação da profanação de símbolos e da ridicularização das crenças cristãs. Através das suas obras e de declarações públicas, fazem gala de uma tremenda aversão, quando não hostilidade, pelo cristianismo em geral e pelo catolicismo em particular, mostrando assim, para além de uma soberba auto-suficiência em relação ao Criador - em Quem não acreditam -, que não têm medo de afrontar essa grande organização conspirativa e malévola, a Igreja Católica, indiferentes aos riscos de retaliação por parte dos fiéis católicos - os quais chegam ao ponto de fazer abaixo-assinados de protesto e a extremos de crueldade como fazer vigílias de oração em desagravo -, e por parte da própria hierarquia católica, ostentando um altaneiro desprezo perante as tenebrosas ameaças de excomunhão e decorrente condenação eterna. Bravos homens! Ora sucede que esses mesmos paladinos da autonomia do homem perante Deus e da liberdade de expressão perante a sensibilidade cristã, não demonstram a mesma coragem face àquela que é conhecida como "a religião da paz", o Islão. O mais recente exemplo de coragem perante os mansos e tibieza perante os ferozes chega dos EUA, land of the brave and home of the free, pela pessoa do realizador de cinema Roland Emmeric, autor de The Day After Tomorrow e de Independence Day. Emmeric realizou 2012, filme que inclui uma sequência na qual o Cristo Redentor do Corcovado, Rio de Janeiro, é destruído, como forma de afirmar a sua oposição à "religião organizada". E é o próprio realizador quem admite ter desistido da ideia de, no mesmo contexto, destruir o Kaaba por temer retaliações por parte do Islão:
«(...) I wanted to do that [exibir uma cena da destruição do Kaaba], I have to admit. But my co-writer Harald said I will not have a fatwa on my head because of a movie. And he was right. We have to all in the Western world think about this.

"You can actually let Christian symbols fall apart, but if you would do this with [an] Arab symbol, you would have a fatwa, and that sounds a little bit like what the state of this world is.»

A coragem do artista progressista em todo o seu esplendor, contrastando com a de Kurt Westergaard, autor do famoso cartoon que retrata Mafoma com um turbante em forma de bomba. Aqui fica o primeiro de três clips de uma entrevista com Westergard e com Lars Hedegaar, presidente da International Free Press Society: Via Bivouac-ID e Gates of Vienna.

1 comentário:

Francisco Vilaça Lopes disse...

Quanto mais me bates, mais gosto de ti.