«(...) se a Igreja é a nossa Igreja, se a Igreja somos apenas nós, se as suas estruturas não são as que Cristo quis, então deixa de ser concebível a existência de uma hierarquia (...) estabelecida pelo próprio Senhor. Rejeita-se o conceito de uma autoridade querida por Deus, uma autoridade que tem a sua legitimação em Deus e não - como acontece nas estruturas políticas - no consenso da maioria dos membros da organização. Mas a Igreja de Cristo não é um partido, não é uma associação, não é um clube: a sua estrutura profunda e ineliminável não é democrática, mas sacramental, portanto hierárquica»(*).
In Dag Tessore, Bento XVI: Pensamento Ético, Político e Religioso, Lisboa: Temas e Debates, 2007, p. 15
Catado numa entrada de Pedro Arroja no Portugal Contemporâneo, na qual se afirma:
«Existe a convicção, incluindo no mundo católico, de que a Igreja pertence a todos nós, é uma património da humanidade e que nós próprios podemos, portanto, mudar as estruturas da Igreja, emitindo opinião, associando-nos em correntes de opinião e fazendo pressão, de molde a adaptá-la aos tempos modernos. (...) A Igreja não é nossa. A Igreja é de Cristo. Reformar a Igreja não é adaptá-la aos desejos de qualquer maioria, mesmo que essa maioria seja formada por pessoas que se proclamam católicas. Reformar a Igreja é adaptá-la aos desejos de Cristo. Sob a autoridade de Bento XVI a Igreja nunca será popular. Como se tem visto nas últimas semanas.»
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