«Blogando o Alcorão: surata 2, "A Vaca", versículos 40-75 O versículo 40 da surata 2 dirige-se aos "Filhos de Israel", dando início ao uma extensa meditação a respeito de tudo o que Alá fez pelos judeus e da ingratidão com que estes lhe retribuíram. O versículo 41 adverte os judeus: não «negocieis as Minhas leis a vil preço», o que foi interpretado pelos comentadores islâmicos como uma exortação a dá precedência ao serviço de Alá em relação às coisas mundanas. Sayyid Abul A’la Maududi, um reputado intelectual islâmico e expoente do islão político, afirma, no seu monumental Towards Understanding the Qur’an que este versículo «se refere às compensações mundanas em favor das quais [os judeus] rejeitavam as directrizes de Deus». No entanto, é objecto comum de especulação que este versículo seja, na verdade, uma censura de Mafoma àqueles que lhe teriam vendido documentos alegadamente contendo revelações divinas, mas que, na realidade, não as continham - pessoas a quem dirigirá severas críticas novamente em 2:79. (...)»
Leia todo o capítulo em O Alcorão Comentado. Leia o texto original em inglês em Qur'an Commentary.
N.B.: De hoje em diante usaremos a expressão Alcorão, em lugar de Corão, decisão tomada após a leitura de um postal publicado por António Viriato no seu blogue Alma Lusíada, cuja leitura vivamente recomendo e do qual aqui deixo a parte mais relevante: «[O] livro sagrado dos Muçulmanos designa-se, em bom português, por Alcorão (do ár. Al-quran, a leitura, por excelência, a do livro sagrado), tal como sempre escreveram os nossos escritores, desde o século XIII e XIV, incluindo os clássicos, como Camões ( Os Lusíadas, III, 50:8 e VII, 13:4 ) e os românticos, como Herculano, e quase todos os Historiadores desde então até aos escritores contemporâneos de língua portuguesa mais escrupulosos no uso do vernáculo.»
Sem comentários:
Enviar um comentário