14.12.10

Diferenças de grau

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«Despite President Chavez’s professed allegiance to socialism, his political project lacks any consistent ideology», escreve a embaixada dos USA em Caracas no sumário sobre os 10 princípios do Chavismo.

A mim pareceu-me ver dissecado o habitual Estado Socialista (em fase de ingurgitação avançada). A diferença entre a ideologia de Chávez ou a nossa, por exemplo, não é de natureza, mas sim de grau. O Estado venezuelano já atrofiou completamente a economia interna de modo a inflar a máquina e alimentar os boys, já conseguiu criar um perfeito sistema legislativo de protecção do status quo, e já não se contenta em criar inimigos apenas imaginários. Chávez, ou o último passo da criação de um Líder que personifica o sistema, é apenas o pivot que permite que a máquina democrática continue a andar.

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3 comentários:

Carlos Velasco disse...

Caro Luís,

Esse vazamento, entre outras coisas, é uma prova de que os diplomatas americanos são uns grandes idiotas. Essa gente só vai enxergar a realidade quando tropas chinesas e moscovitas desfilarem em Washington. Mesmo quando manifestam preocupação com o rearmamento russo e chinês, o fazem usando paradigmas ultrapassados desde a época das mudanças introduzidas por Shelepin.
Pobre Ocidente!

Um abraço.

Luís Cardoso disse...

Caro Carlos,
que razão haveria para que a diplomacia tivesse sido poupada ao processo geral de decadência das estruturas do Ocidente? O marxismo cultural actua em todas as esferas - academia, media, forças armadas, aparelho do estado, inclusive corpo diplomático. Quando não logram a adopção das perspectivas progressistas - como conseguiram nos media e na academia, em geral - conseguem, pelo menos, a assunção de uma posição pusilânime e cultural e socialmente suicida - como é o caso das forças armadas (com a admissão de senhoras e de homossexuais assumidos) e do aparelho do estado (juízes que deliberam de acordo com as suas convicções políticas e sensibilidade pessoal, ao arrepio da lei; domínio da ideologia do multiculturalismo na política interna e externa).
As análises que tenho lido constantes em alguns relatórios de diplomatas norte-americanas sobre a situação dos países onde estão destacados são de uma superficialidade impressionante e, muitas vezes, completamente equivocadas.

Um abraço,

ps: a minha esperança vem da história (já passámos, enquanto civilização e cultura por períodos piores) e de Cristo.

Carlos Velasco disse...

Caro Luís,

Concordo consigo. Também tenho esperança de que nascerá do povo, que ainda mantém muita da tradição, gente que reerguerá a nossa civilização. O bom senso ainda existe, especialmente nas classes que trabalham honestamente e passam os valores antigos aos seus filhos.

Um forte abraço.