14.12.10

O Islão em números

Mais traduções preciosas do outro lado do Atlântico, desta vez do blogue Vera Dextra.

Via De Olho na Jihad: http://olhonajihad.blogspot.com/

Amplify’d from veradextra.blogspot.com
Bill Warner: Center for the Study of Political Islam, sem data
Tradução e links*: Dextra

O assassino em massa islâmico Osama bin Laden,
 Por que será, hein?

Uma das grandes questões do século 21 é: Qual é a verdadeira natureza do Islam? Há duas respostas distintas para esta pergunta, da parte da mídia e de nossos líderes. A mensagem popular é que o Islam é uma das grandes religiões do mundo, uma religião pacífica, um fundamento da civilização mundial; sua Idade de Ouro foi o cume da história e ele preservou o pensamento ocidental, enquanto estávamos na Idade das Trevas. A mensagem alternativa é que o Islam é uma ideologia brutal, atrasada, agressora das mulheres, violenta e intelectualmente estreita que está aí para aniquilar a civilização.

Qual lado está certo? Como resolvemos este assunto? Pode ele ser resolvido? Se procurarmos os "especialistas" com qualquer uma das duas opiniões, eles nos dirão que a visão deles está correta. Qual então é a autoridade última que nos dará um fundamento firme para o raciocínio e o julgamento sobre o Islam? É possível usar o pensamento crítico ou devemos simplesmente aceitar a autoridade dos especialistas?

É possível alcançar um consenso sobre idéias que vá além da opinião especializada. O uso de fatos juntamente com a lógica é a base do pensamento crítico. A forma última de pensamente crítico usa medições e números para resolver questões. Este ensaio usará os textos fundadores do Islam e medirá a importãncia das idéias a partir de quantas palavras são dedicadas aos conceitos. O pressuposto é que quanto mais conteúdo for devotado a um assunto, maior é a importância do assunto. Um exemplo: o Corão dedica 64% de seu texto ao tema do infiél. Pressupõe-se que a consequência seja que o infiél é importante na doutrina islâmica.

O uso do pensamento crítico pode parecer contra-intuitivo, já que muitas pessoas vêem o Islam como uma religião que não tem uma base racional. Na verdade, o Islam não só é racional; ele é hiper-racional, mas usa uma outra forma de lógica que não a que temos por evidente.

Se quizermos utilizar o pensamento crítico, devemos encontrar um fundamento firme. Todos os muçulmanos concordam que:

“Não há outro deus além de Alá e muhammad é seu mensageiro."

Quando isto é repetido como um testimônio público, a pessoa se torna muçulmana. Entretanto, esta afirmação náo é só o começo do Islam, ela também é a o fundamento e a totalidade do Islam. Não é suficiente adorar Alá; é preciso adorar com Muhammad adorava.

Quem é Alá e onde ouvimos falar dele? Esta pergunta aponta diretmente para o Corão.

Aí o Corão, por sua vez, aponta diretamente para Muhammad. Ele diz 91 vezes que Muhammad é o perfeito muçulmano. Ele é o protótipo humano divino, o único modelo aceitável para Alá. As ações e as palavras de Muhammad são tão importantes que elas têm um nome especial: Suna. Nós encontramos a Sunna em dois textos. A Sira é a biografia de Muhammad e o Hadith é a coleção de hadiths (histórias breves e tradições) sobre Muhammad.

O tamanho relativo dos textos da Trilogia

O Islam está baseado no Corão e na Suna. Como a Suna encontra-se na Sira e no Hadith, isto significa que três livros contêm toda a doutrina do Islam - A Trilogia. Se estiver na Trilogia, (Corão, Sira, Hadith), então é Islam. Se algo não está na Trilogia, então não é Islam. Toda a doutrina Islâmica encontra-se na Trilogia. Agora temos as informações completas, sem nenhuma parte faltante.

Já estabelecemos nossos primeiros critérios de conhecimento. Todas as afirmações com autoridade a respeito do Islam devem incluir uma referência à Trilogia para serem autênticas. Não importa o que um estudioso, imam, guru da mídia ou qualquer outro diga, se o que eles dizem não pode ser apoiado pela doutrina da Trilogia, então não é Islam. Se for apoiado pela Trilogia, então é Islam.

Fomos ensinados que o Corão é a fonte da doutrina islâmica. Entretanto, o Corão é apenas 14% dos textos sagrados, no total. Na verdade, a Sira e o Hadith são 86% da doutrina textual total. O Islam é 14% Alá e 86% Muhammad. Está é uma notícia muito boa. O Corão é obscuro, mas qualquer um pode entender a vida e os ditos de Muhammad. Estas estatísticas apontam para o modo fácil de conhecer o Islam - conhecer Muhammad. Qualquer um, absolutamente qualquer um pode entender Muhammad e, a partir daí, o Islam.

O Islam é uma doutrinha de base textual, então a natureza destes textos deve ficar clara. Um muçulmano acredita que o Corão é perfeito, completo, universal e eterno. Ele não contém o menor erro e é a palavra exata do único deus do universo.

Muhammad é o perfeito exemplo de como levar a vida sagrada. Esta idéia de verdade textual completa, final, universal e perfeita é muito difícil de ser compreendida pelos não-muçulmanos. A maioria das pessoas lê o Corão com uma atitude do tipo: "Ah, eles não acreditam de verdade nisto." Quando os muçulmanos lêem o Corão, sua atitude é: "Estas são as palvras perfeitas de Alá." Os muçulmanos chamam a si mesmos de "fiéis" e com isto eles querem dizer que o Corão é perfeito e Muhammad é o perfeito modelo de vida.

Lembre-se, nós começamos com a pergunta: Podemos avaliar o que os comentadores da mídia, os políticos, imams e outros "especialistas" dizem sobre a verdadeira natureza do Islam? Sim, nós podemos conhecer a verdadeira natureza do Islam - ela se encontra na Trilogia. Se o que o especialista tem a dizer pode ser apoiado pela doutrina encontrada na Trilogia, então é válido, já que a Trilogia é o árbitro final de todas as afirmações sobre o Islam.

O pensamento crítico fornece um poderoso primeiro passo. Agora, mensuremos a doutrina do Islam. Os seguintes casos mostram como a técnica de contar os números de palavras que são dedicadas a um tópico pode ser usada para descobrir os temas dominantes dos textos islâmicos e, daí, a doutrina islâmica.

- Caso 1: O Corão de Muhammad -

Pior do que Mein Kampf
A terrorista árabe da Faixa de Gaza Reem Salih al-Rayasha,
que se suicidou matando quatro soldados israelenses em 14 de janeiro de 2004,
mostra para todos, cheia de orgulho, o livro que a inspirou

Muhammad pode ser entendido com clareza, mas o Corão deve ser o livro mais famoso a ter sido tão pouco lido e ainda menos entendido*. Compare isto com a época de Muhammad. Na Sira (a biografia de Muhammad), encontramos relatos sobre muçulmanos analfabetos discutindo o significado do Corão. Os muçulmanos da época de Muhammad entendiam claramente o Corão por uma simples razão. O Corão de 632 dC (ano da morte de Muhammad) não é o de hoje. Cada verso tinha o contexto imediato da vida de Muhammad. Um verso novo tinha o contexto de que ele precisava naquele momento. Para todos os próximos a Muhammad, cada novo verso fazia sentido; ele tinha um contexto e portanto um significado. A voz de Alá resolvia os problemas de Muhammad. É a vida de Muhammad que dá ao Corão o seu contexto e significado.

O Corão das livrarias nao é o Corão histórico de Muhammad porque Uthman, um dos califas (governante supremo), o arranjou começando com os capítulos mais longos e terminando com os capítulos mais curtos. Depois que ele criou o Corão como conhecemos hoje, ele queimou os originais. O tempo e a história foram aniquilados pelo rearranjo. Do ponto de vista estatístico, o texto foi randomizado e, portanto, tornado muito difícil de entender.

É uma tarefa fácil reconstruir o Corão da época de Muhammad, o Corão histórico. Pegue o Corão e rearrange as páginas dos capítulos na ordem cronológica correta, em linha reta sobre uma mesa, já que a ordem cronológica dos capítulos é bem conhecida. Então, pegue as páginas da Sira (a biografia de Muhammad) e as disponha em linha reta sob o Corão. Como se verá, a Sira e o Corão se encaixam como uma chave em uma fechadura. O Corão é a urdidura e a Sira é a trama que formam um só tecido, o Corão histórico. Se estes dois forem integrados em um só texto, reconstrói-se o Corão.

Quando a reconstrução é feita, o Corão se torna a ascenção e triunfo do Islam sobre toda a cultura árabe nativa. O Corão histórico é direto, não é de forma alguma confuso. Exatamente como na época de Muhammad, qualquer um pode entendê-lo.

O Corão histórico revela a divisão primária do texto. O primeiro Corão, escrito em Meca, é muito diferente do Corão escrito mais tarde, em Medina. O primeiro Corão é mais religioso e poético. O Corão posterior é mais histórico e político. Há uma mudança radical em seu tom, assunto e linguagem, entre os dois textos.

Para quem lê pela primeira vez, a diferença fica ainda mais clara. Há um Corão mecano e um Corão mediniano. Os tamanhos relativos dos dois Corões são os seguintes: Corão Mecano é cerca de 64% do total do Corão; o Corão mediniano é cerca de 36% do total.

A divisão natural do Corão

Para ver as estatísticas, vá até: http://cspipublishing.com/statistical/index.html

- Caso 2: O Kafir ("Infiel") -

Há uma segunda divisão que choca o leitor do Corão histórico. A maior parte do texto diz respeito ao Kafir (infiel). Não é sobre ser um muçulmano, mas sobre o Kafir. Uma observação: a maioria das traduções do Corão usam a palavra "infiel" [incréu] ao invés de Kafir, mas Kafir é a verdadeira palavra, em árabe.

Este termo é tão importante e tão desconhecido que o significado de Kafir precisa ser definido. O signnificado original da palavra acoberta ou dissimula a verdade conhecida. Um Kafir sabe que o Corão é verdadeiro, mas o nega. O Corão diz que o Kafir pode ser enganado, ser vítima de conspirações, odiado, escravizado, torturado e coisas piores. A palavra é normalmente traduzida como "infiel" [incréu], mas esta tradução está errada. A palavra "infiel" é lógica e emocionalmente neutra, enquanto que Kafir é a palavra mais agressiva, preconceituosa e carregada de ódio em qualquer língua.

Há muitos nomes religiosos para os Kafirs: politeistas, idólatras, Povo do Livro (cristãos e judeus), ateus, agnósticos e pagães. Kafir cobre todos eles, porque, não importa qual seja o nome religioso, eles todos são tratados igual. O que Muhammad disse e fez com os politeístas pode ser feito com qualquer outra categoria de Kafir.

O Islam dedica uma grande quantidade de energia ao Kafir. Não só a maior parte do Corão é dedicado ao Kafir, mas também quase toda a Sira (81%) lida com a luta de Muhammed com eles. O Hadith (tradições) dedica cerca de 32% do texto aos Kafirs.

Quantidade de texto dedicado ao Kafir (Infiél)

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- Caso 3: O Islam Político -

O Islam religioso é definido como uma doutrina que se preocupa com a ir para o Paraíso e evitar o Inferno, seguindo o Corão e a Suna. A parte do Islam que lida com o "estrangeiro", o Kafir, é definida como Islam político. Como uma parte tão grande da Trilogia é sobre o Kafir, a conclusão estatística é que o Islam é essencialmente um sistema político, não um sistema religioso.

O sucesso de Muhammad dependeu da política, não da religião. A Sira, a biografia de Muhammad, dá um relato altamente detalhado de sua ascenção ao poder. Ele pregou a religião do Islam por 13 anos em Meca e reuniu 150 seguidores. Ele foi forçado a mudar-se para Medina e tornou-se um político e guerreiro.

Durante os últimos 9 anos de sua vida, ele envolveu-se em um evento de violência a cada 6 semanas. Quado ele morreu, todos os árabes eram muçulmanos. Muhammad teve sucesso através da política, não da religião.

Pode-se fazer uma estimativa de que havia 100 000 muçulmanos quando Muhammad morreu. O uso desta informação possibilita que se faça um gráfico:

Crescimento do Islam
Na vertical: Número de muçulmanos
Na horizontal e diagonal: Religião-Meca / Política, Jihad-Medina
Na horizontal: Muhammad começa a pregar o Islam /13 anos / 23 anos: Morte de Muhammad

Há dois processos distintos de crescimento - religião e política. A pregação e a religião cresceram a uma taxa de cerca de 12 novos muçulmanos por ano. A política e a jihad cresceram a uma taxa de 10 000 novos muçulmanos por ano, um enorme aumento. Este é um processo de melhoria explosiva de mais de 800%. A política foi quase que mil vezes mais eficiente do que a religião.

Se Muhammad tivesse continuado a pregar religião, podemos cogitar que haveria apenas 265 muçulmanos quando ele morresse, ao invés dos 100 000 que resultaram de sua política e da jihad. Isto nos dá uma estimativa de 265 conversões devido a religião e 99 735 conversões devido ao processo político da jihad.

Podemos calcular as contribuições relativas da religião e da política neste crescimento. O sucesso do Islam foi 0.3% religião e 99.7% política, na época da morte de Muhammad, em 632 dC.

Esta importância da política se reflete no texto da Sira. Há muito mais páginas dedicadas a um só ano de jihad do que dedicadas à pregação do Islam. É instrutivo ver a quantidade de texto da Sira dedicada a estes estágios do desenvolvimento do Islam.

A Sira dedica cerca de 5 vezes mais palavras à política do que à religião, em uma base anual. Ela dá à política 5 vezes mais cobertura porque esta é tanto mais importante.

A natureza política do Islam também se encontra no Hadith, que dedica 37% de seu texto ao Kafir.

Não haveria Islam hoje se ele fosse só uma religião. As estatísticas mostram que a política é o que trouxe sucesso ao Islam, não a religião. Dizer que o Islam é uma religião de paz é impertinente, já que a religião não é o núcleo da força do Islam. É a política que conta, não religião.

Conclusão estatística: o Islam é essencialmente uma ideologia política.

Quantidade da Sira dedicada a um assunto (Quantidade de Texto por Ano)
Ensinamentos e Religião-Meca
Política e Jihad-Medina

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- - Caso 4: Abrogação e Dualismo -

Não só há dois Corões, o mecano e o mediniano, que são diferentes em assunto, mas também o Corão têm muitos versos que contradizem uns aos outros.

O Corão 2: 219 diz que os muçulmanos devem ser tolerantes e clementes em relação ao Povo do Livro.

O Corão 9: 29 diz para atacar o Povo do Livro até que eles pagem a jizia, a taxa para os dimis [não-muçulmanos vivendo como cidadãos de segunda classe sob o apartheid religioso que o Islam prega entre muçuns e não-muçuns], se submetam à Xaria e sejam humilhados.

Qual verso mostra a verdadeira natureza do Islam?

O Corão reconhece estas contradições e até dá uma regra para resolver as contradições. Os versos posteriores ab-rogam (têm prioridade) sobre os versos anteriores. Isto não quer dizer, entretanto, que o verso anterior seja incorreto ou esteja em erro. Isto seria impossível, já que a hipótese fundamental é que Alá criou o Corão, logo, o verso anterior deve ser verdadeiro ou Alá estaria errado.

A ab-rogação tem impacto sobre a verdadeira natureza do Islam. Nos intermináveis diálogos ecumênicos, o verso tolerante é citado para mostrar a natureza do Islam como sendo pacífica. Quando ambos os versos são citados e a ab-rogação é aplicada, vemos que o verso posterior trunfa sobre o tolerante anterior. A Jihad ab-roga a tolerância. Em geral, o Corão mediniano ab-roga o Corão mecano. Nos dois versos acima, a tolerância é ab-rogada pela jihad contra os cristãos.

Mas o verso anterior é verdadeiro e ainda é usado. A ab-rogação não nega o verso anterior. Na verdade, o verso "pacífico" anterior que é abrogado é o mais adequado a ser usado no discurso público.

Isto cria um problema lógico, já que, se duas coisas contradizem uma a outra, pelo menos uma deve ser falsa. Este é um elemento fundamental na lógica unitária ocidental. Na lógica corânica, duas afirmações podem contradizer uma a outra e ambas serem verdadeiras. Esta é a lógica dualista.

Uma explicação alternativa é que, se o verso anterior é o primeiro estágio em um processo, como uma semente, então o verso anterior é um segundo estágio, como uma planta. Há uma verdade nisto, mas o modelo do processo não leva em conta o fato de que ambas as verdades stão disponíveis ao mesmo tempo. Para voltar à analogia, não se tem a semente e a planta ao mesmo tempo. Os versos contradizem um ao outro e ambos são verdadeiros ao mesmo tempo. Esta é a lógica dualista.

As contradições normalmente são explicadas pela abrogação, que é a doutrina clássica, mas o princípio da ab-rogação não se limita ao Corão. A dualidade inclui o caso especial da abrogação e explica como a doutrina inteira do Corão e da Suna funcionam. Não é só o Corão que é contraditório, mas toda a Suna.

Um outro aspect dualístico do Islam é a sua ética. Uma das principais características do Islam é a doutrina do Kafir. Ela os trata de forma pavorosa, terrível. Ninguém jamais gostaria de ser tratado como um Kafir é tratado na Trilogia.

Isto nos leva à Regra de Ouro. Não há Regra de Ouro no Islam, por causa da divisão da humanidade entre fieis e Kafirs. A Regra de Ouro é tratar TODAS as pessoas como você gostaria de ser tratado. Já que ninguém quer ser tratado como um Kafir e o Kafir é tão central para a doutrina islâmica, isto prova que o Islam não tem uma Regra de Ouro. O Islam tem um conjunto de regras para os muçulmanos e outro conjunto de regras para os Kafirs. Esta é a ética dualista. Um exemplo da ética dual é o tema da amizade. O Corão tem 13 versos que diz que um muçulmano não deve ser amigo de Kafirs.

Para as estatísticas, vá para: http://cspipublishing.com/statistical/index.html

-Caso 5: Os Judeus-

Texto anti-judaico na Trilogia

Um dos maiores exemplos do dualismo ético no Islam são os judeus. O Corão mecano está cheio de histórias sobre Moisés, Noé, Adão e outras figuras judaicas. O Corão inicial é muito judaico. A percepção sobre os judeus muda completamente em Medina. Cada verso, história e hadith é negativo e anti-judaico. A Trilogia dedica muito material aos judeus.

A Trilogia de Medina é ainda mais negativa a respeito dos judeus do que o Mein Kampf, de Hitler*. O que marca a maior diferença entre o Mein Kampf e a Trilogia é que Hitler não escreveu uma primeira sessão no Mein Kampf descrevendo o quanto ele admirava os judeus. Há uma contradição sobre como o Corão trata os judeus em Meca e como ele os trata em Medina. Devido ao raciocínio dualista, ambas atitudes sobre os judeus são verdadeiras, ao mesmo tempo.

- Caso 6: o Bem no Corão -

Em face destas estatísticas negativas, todos sabem de versos bons no Corão. Exatamente quanto de material no Corão é positivo em relação aos Kafirs? Há 245 versos no Corão (com 4 018 palavras) que dizem algo de positivo a respeito dos Kafirs. Isto é cerca de 2.6% do total do texto corânico. Entretanto, em todos os casos, o verso é seguido por um outro verso que contradiz os versos "bons". Igualmente, exceto por 7 versos (58 palavras), o verso "bom" é abrogado depois, no mesmo capítulo. Os outros 7 versos são contraditos por Suras posteriores.

A mídia enfatiza os versos positivos sobre o Povo do Livro, os judeus e os cristãos. Até isto se revela uma ilusão. Os cristãos e os judeus recebem a bondade do Islam somente se eles concordarem que seus textos sagrados são corrompidos, que o Corão é verdadeiro e que Muhammad é um profeta da religião cristã e judaica.

No final das contas, não há nenhum bem integral para os Kafirs no Corão. O bem que se encontra no 2.6% do texto é negado, depois.

Para as estatísticas, vá para: http://cspipublishing.com/statistical/index.html

- Caso 7: Jihad -

A Jihad talvez seja o mais famoso conceito islâmico. Ela engloba uma grande parte da trilogia. O material sobre a jihad é 24% do Corão de Medina e 9% do total do Corão inteiro. A jihad engloba 21% do material de Bukhari e a Sira dedica 67% de seu texto à jihad.

Corão mecano
0%
Corão mediniano
24%
Sira
67%
Hadith
21%
Total da Trilogia
31%

As estatísticas nos dão uma medida da afirmação de que a verdadeira jihad é uma luta interna, a chamada "jihad maior", enquanto que a jihad pela espada é a "jihad menor". O termo "jihad maior" ["greater jihad"]não é encontrado em nenhum dos textos canônicos e Reuven Firestone afirma que ele não existe (Jihad, Reuven Firestone, Oxford University Press, 1952, pp. 139, 140: "A fonte não está dada e na verdade, não se encontra em parte alguma..."). Entretanto, descobrimos, sim, no Hadith, que alguns hadiths referem-se a algumas ações religiosas que são iguais à jihad da espada. Estes hadiths da como que "jihad maior" totalizam 2% dos hadiths de Bukhari que se relacionam com a jihad. Evidentemente, os outros 98% dos hadiths dedicados à jihad afirmam que a jihad da espada é a ação suprema. A resposta estatística à respeito da verdadeira natureza da jihad é que a "jihad maior" da luta interior é 2% e a "jihad menor" da espada é 98%. Em outras palavras, a jihad é amplamente violenta e envolve um pouco de luta interior.

A estatística também nos dá uma medida da importância da jihad da pena e da boca. A Sira dedica 23% de seu texto à poesia de guerra que é a propaganda. Esta poesia, que não é o único exemplo de como Muhammad usou a propaganda para sua jihad, nos dá uma medida de sua importância. A Sira dedica quase um quarto de seu texto à jihad da pena e da boca e três quartos do texto à jihad da espada. A Sira não faz qualquer menção à "jihad maior", a luta interior.

- Caso 8: As mulheres -

O Islam demonstra dualidade em seu tratamento das mulheres. Há dois conjuntos distintos de regras para as mulheres, vindos do Corão e da Suna.

A Trilogia islâmica tem uma grande quantidade de material que forma a doutrina sobre as mulheres. Cada verso pode ser julgado pela posição da mulher na sociedade. Há vários versos que louvam a mãe acima de todos os homens. Há vários versos que dizem que as mulheres e os homens serão julgados de forma igual em relação a suas ações, no Dia do Julgamento. Em muitos casos, não há nenhuma relação de poder envolvida; trata-se uma referência neutra.

O processo para produzir as tabelas abaixo seleciona todo o texto que contenha uma referência às mulheres. Então, os dados sobre as mulheres são agrupados em quatro categorias: Posição elevada, posição igual, posição inferior e neutra. Evidentemente, podem-se fazer reparos, mas, em geral, se as mulheres são selecionadas para regras e tratamentos especiais por parte dos homens, logo, estas regras as tornam sujeitas ao poder masculino. Os primeiros dados são do Corão:

A posição das mulheres no Corão
Alta Posição: Palavras: 643; Parcela do texto: 5.3%; Numero de versos: 11; Parcela dos 151 versos: 7.3%
Posição de Igualdade: Palavras: 2,831; Parcela do texto: 23%; Número de versos: 38; Parcela dos 151 versos: 25%
Posição de Infeririodade: Palavras: 8 592; Parcela do texto: 71%; Número de versos: 102; Parcela dos 151 versos: 67%
Total (Não-Neutro): Palavras: 12 066; Número de versos: 151

Alta Posição: Palavras: 62; Numero de hadiths: 2; Como parcela dos hadiths: 0.6%; Como parcela do texto (49 151 palavras): 0.13%
Posição de Igualdade: Palavras: 3 509; Número de hadiths: 33; Como parcela dos hadiths: 10%; Como parcela do texto: 7.1%
Posição de Inferiorioridade: Palavras: 45 580; Número de hadiths: 296; Como parcela dos hadiths: 89%; Como parcela do texto: 93%
Total (Não-neutro): Palavras: 49 151; Número de hadiths: 331

Observe a tendência geral aqui. Tanto no Corão quanto no Hadith, temos um perfil semelhante. Há muito pouco de alta posição e uma pequena quantidade de igualdade. A grande maioria do texto do Corão e do Hadith colocam a mulher em uma posição inferior ou baixa em relação ao homens. Isto não é uma surpresa. O Corão e a Suna são a urdidura e a trama, um só tecido, do Islam.

- A Importância dos Números -

Nós sempre tivemos interesse nos números e em como eles se relacionam com a vida. Há dois números que surgem repetidamente no Islam. O número "1" surge com a constante proclamação de que só há um deus. O que é notável é a frequência com que o número "2" aparece. Há dois Corões, a divisão da humanidade em dois grupos, fiéis e Kafirs, duas manifestações de Muhammad, o pregador e o político. Até a xahada ( o testemunho para tornar-se muçulmano) é feita em duas partes, uma sobre deus e outra sobre Muhammad. A afirmação suprema é dupla, tanto divina quanto humana, o dualismo. A ética do Islam é dualista e está baseada na divisão da humanidade em duas classes, fiéis e Kafirs. O Corão promove uma lógica dualista. O Islam usa a prática da dualidade política para tentar alcançar o objetivo da unidade espiritual.

- A Estatística -

A estatística nos dá uma visão muito diferente de qualquer texto, mas, no caso dos textos islâmicos, é uma verdadeira revelação. A estatística nos dá uma visão inteiramente diferente do Islam. A visão estatística é holística e inclui o texto inteiro como referência. É uma crítica comum dizer que qualquer comentário negativo sobre o Islam está fora de contexto. A estatística nos dá um contexto completo.

Uma questão foi colocada no começo deste artigo: Como decidir qual é a visão correta sobre o Islam? Baseando-nos na lógica unitária, nós esperamos que um lado ou outro seja o verdadeiro, mas em um sistema dualístico de verdades, ambos os lados de uma questão podem ser válidos. Portanto, a resposta adequada é que ambos os lados são verdadeiros.

Na verdade, a questão está mal formulada. Não se pode nunca resolver a questão procurando pela única resposta verdadeira. Isto não existe em um sistema dualista. Ao invés disto, a estatística deve ser usada para mensurar a resposta. Nós vimos, no caso da jihad menor/jihad maior, que a jihad é 2% luta interior e 98% força letal. Somente respostas estatísticas podem ser usadas em um sistema dualístico. A pergunta corretamente formulada é: quanto por cento de doutrina está de um lado da questão e quanto por cento de doutrina está do outro lado?

Os modelos estatísticos nos dão uma visão sistematizada sobre a doutrina islâmica e mostram tendências gerais. O método usual de citar versos não só ignora Muhammad, mas também examina um único ponto, um verso. A estatística nos dá uma macro-visão, não uma micro-visão. Nós podemos ver o padrão completo e podemos identificar os princípios gerais em operação.

- Resumo -

O pensamento crítico traz uma nova abordagem ao estudo do Islam. O Islam não é matéria de opinião mas tem uma sólida base racional nos textos que lhe servem de fundação. Uma simples estatística revela a natureza sistêmica da doutrina islâmica.

O que estes casos demonstram? Aqui estão alguns dos princípios que uma simples análise estatística mostra:
- A doutrina islâmica encontra-se no Corão, na Sira e no Hadith - a Trilogia. Qualquer explicação sobre o Islam que não inclua a doutrina que se encontra na Trilogia está errada ou incompleta.

- O Corão é uma pequena parte da doutrina islâmica. A Suna de Muhammad é textualmente mais importante que o Corão.

- O Corão pode ser compreendido pela reconstrução do Corão de Muhammad, o Corão histórico.

- O Kafir é mais importante centro de interesse doutrinal do Islam. O Kafir ocupa a mais baixa posição entre toda a vida animal. A doutrina do Kafir é definida como Islam político.

- O sucesso do Islam não se baseou somente na religião, mas também na política e na jihad.

- A Sira devota a maior parte de sua atenção à jihad e à política, não à religião.

- A doutrina islâmica é dualísta em sua lógica e ética.


- Não há nenhum bem integral no Corão para os Kafirs.

- A jihad foi fundamental para o sucesso do Islam e forma uma grande parte da trilogia.

- A doutrina islâmica subjuga as mulheres.

- A Escola Fundacionalista -

Agora está claro que há um fundamentação intelectual neste artigo. As ações e palavras dos muçulmanos têm sua fundação na doutrina do Islam, encontrada no Corão e na Suna, a Trilogia. Esta doutrina deve ser entendida e analizada em uma base racional e por seus próprios méritos. Conheça a doutrina fundacional e aplique-a a todas as ações dos muçulmanos, mas primeiro conheça a doutrina.

Se uma opinião ou comentário sobre o Islam não fizer referência (ou referência possível) às fundações da Trilogia, então a opinião não tem qualquer mérito.


Leia também, do mesmo autor: A violência política na Bíblia e no Corão; Islam: 270 milhões de cadáveres em 1 400 anos (entrevista com Bill Warner)
Read more at veradextra.blogspot.com
 

4 comentários:

Carlos Velasco disse...

Luís,

Passando dos números às imagens, olha o que recebi de um amigo:

http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1734827&seccao=%C1frica

Não nego que seja brutal, mas comparado com o que já vi e soube por relatos, isso até é bem suave para os padrões deles.

Um abraço.

Luís Cardoso disse...

Tens aqui o video, postado há já uns dias: http://nadadistoenovo.blogspot.com/2010/12/mulher-flagelada-publicamente-no-sudao.html

Fico muito contente por ver que se está a prestar alguma atenção a isto. Ao contrário, praticamente não se falou do atentado em Estocolmo, principalmente desde que se percebeu que foi um atentado islâmico.
Um abraço e obrigado pelos teus comentários.
Um abraço,

Carlos Velasco disse...

Caro Luís,

No meio de tantos posts que vocês têm conseguido escrever, e de tanta coisa que tenho que fazer, este me escapou. Como tenho dito a muita gente, o Nada Disto é Novo é uma fonte de primeira no que toca a estes assuntos.

Um grande abraço.

Luís Cardoso disse...

Caro Carlos,
obrigado pelas tuas palavras. De facto, tenho conseguido publicar um número alto de mensagens, mas, como podes verificar, praticamente não tenho escrito.
Tenho usado uma aplicação chamada Amplify que me permite, sem sair da página que estou a ler, publicar no blogue notícias que vou encontrando por aí; mais recentemente, posso até agendar a publicação para não calharem todas umas em cima das outras.
Se quiseres, posso dar-te mais informação sobre isto.
Eu decidi ir pela quantidade, na impossibilidade de privilegiar a qualidade.
Um abraço,