31.5.09

Aliança natural - II

Na Grécia repetem-se as manifestações de violento protesto pela alegada profanação de um exemplar do Corão por um agente policial durante uma rusga, uma semana depois das primeiras manifestações. O que esta notícia da AFP tem de mais interessante é a exposição da aliança natural verde-vermelha, entre o extremismo islâmico e o extremismo de esquerda, ao dar conta do facto dos protestos terem sido convocados por organizações de esquerda e por grupos anti-racistas. A defesa da liberdade religiosa por parte destas organizações parece inclinar-se para uma religião em particular, o Islão, ou, pelo menos, nunca favorecer qualquer confissão cristã, já para não falar do respeito que estas organizações, em geral, devotam à Bíblia. Via Jihad Watch, onde se chama a atenção para o modo como os media classificam os cidadãos que se opõem à tomada do poder pelos islamistas, neste caso à tomada das ruas de Atenas: de extrema-direita.

Aliança natural

A aliança entre o extremismo islâmico e o extremismo de esquerda surpreende os mais distraídos, mas não é senão uma aliança natural: ambos querem construir um mundo novo sobre as ruínas do actual. Esta é uma das teses propostas por Jamie Glazov no livro United in Hate: The Left’s Romance with Tyranny and Terror, apresentado pelo próprio autor neste video: Via Gates of Vienna.

Deixai-os ir para outro país ou para casa

A administração Obama procura impedir que o Supremo Tribunal considere o apelo dos uighur detidos em Guantanamo, a má, após a administração Bush ter contestado uma decisão de uma instância inferior que ordenou a sua libertação em território americano. Em defesa da sua posição a administração Obama não invoca razões de segurança e afirma que os uighur dispõe de óptimas condições de alojamento em Guantanamo, já aqui aludidas. Também previmos que a decisão do congresso de não conceder fundos para o fecho de Guantanamo era vantajosa para Obama, que podia vir a responsabilizar o congresso pelas alterações aos seus planos para lidar com os combatentes inimigos aí detidos e até, in extremis, pelo não cumprimento da promessa de fechar Guantanamo até Janeiro de 2010. Mais uma situação em que Obama recua para posições próximas da anterior administração. Via Hot Air.

Boca (grande) em cabeça (semi-oca)

Em mais uma acção de campanha eleitoral com vista às eleições presidenciais, o presidente Obama deslocou-se a uma hamburgueria para almoçar, acompanhado por outros membros do seu gabinete e do inevitável séquito jornalístico. Durante o informal almoço, o presidente, em permanente exercício de funções, aproveitou para se informar sobre as funções de um dos comensais, seus subalternos, o qual, com evidente embaraço, tentou evitar explicar que trabalhava com informação mais ou menos confidencial, coisas sobre as quais não convém falar frente a câmaras de televisão. Este episódio revela o nível de amadorismo do presidente no desempenho das suas funções e os riscos que daí podem advir para a segurança dos EUA e do mundo, considerando que ameaças como a norte-coreana e, sobretudo, a iraniana são globais. Via American Thinker Blog.

Quem é que se lembra do Eixo-do-Mal?

O Eixo-do-Mal, expressão da administração Bush 43 para designar o complexo informal de terror composto pelo Iraque, Irão e Coreia do Norte, foi motivo de irrisão da parte da intelligentsia mundial, e a portuguesa não foi excepção. Dados os acontecimentos recentes no Irão e na Coreia do Norte, já para não falar no recrudescimento da violência no Iraque, ninguém quer escarnecer agora da expressão?

30.5.09

"Dez razões para nos livrarmos da União Europeia"

A uma semana das eleições para o parlamento europeu, recomenda-se a leitura de Ten Reasons to Get Rid of the European Union, segunda parte do livro Defeating Eurabia, da autoria do blogger Fjordman. Nesta parte do livro, Fjordman analisa várias vertentes da União Europeia, desde a sua génese até ao presente, e aponta vários problemas, como o enfraquecimento das autonomias nacionais, a vulnerabilidade dos estados europeus aos avanços do Islão, a concentração do poder em comissões e em burocratas, não eleitos, a centralização do poder em órgãos sem legitimidade democrática, as práticas totalitárias no seio da união, entre outras. Advertências a ter em conta.

29.5.09

Dois livros, duas atitudes

Enquanto o exército americano no Afeganistão queima bíblias, muçulmanos colocam a Grécia a ferro-e-fogo a propósito de um alegado acto de desrespeito ao Corão. Dito de outra maneira, os muçulmanos permitem-se ameaçar, partir e queimar uma cidade ocidental, perante alguma complacência mesmo de sectores anticlericais, porque se sentem ofendidos, enquanto o ocidente queima o livro sagrado dos cristãos - que inclui o livro sagrado dos judeus -, com medo de que reacções semelhantes às dos muçulmanos na Grécia se abatam sobre os os cristãos que vivem no mundo islâmico (onde também se queimam bíblias) e sobre o ocidente. Em suma, o ocidente já se encontra sob domínio islâmico, por via do medo da consumação das ameaças de violência, o qual limita a liberdade religiosa e de expressão dos ocidentais nos seus países. Entretanto, também no Afeganistão, as autoridades destroem livros potencialmente ofensivos para os sunitas.

Derrocada moral na geração dos filhos da Revolução Sexual.

Depois de décadas de apologia do sexo como medida salutar para resolver as pulsões da juventude, que, de outro modo, causariam conflitos internos e recalcamentos danosos, com um único imperativo de tipo sanitário elevado à condição de imperativo moral, de que fosse praticado com segurança anticoncepcional e precavendo a transmissão de doenças venéreas, chegamos a este ponto, o que já não é propriamente uma novidade. Como é que querem agora, ao fim de todo este tempo, explicar aos garotos que sexo oral é sexo e que que não é a mesma coisa que comer um iogurte.

26.5.09

Lema

Belo é o estado da Igreja, quando em ninguém, mais que em Deus, se fia.

B. Pascal (1623-1662)

Progressos também no golf

Progressos também no golf é o mínimo que se pode esperar de uma actividade que merece tanto empenho da parte do presidente Obama, ao ponto de lhe dedicar quatro horas de um dia útil, ainda para mais o dia em que a Coreia do Norte procedeu a mais um teste nuclear ao arrepio das deliberações das Nações Unidas (mostrando, aliás, o pouco valor que os estados-pária lhe reconhecem, enquanto os estados ocidentais a ela se submetem), além disso o Memorial Day, no qual os EUA recordam os seus mortos em combate, num gesto de desprezo pelos militares (depois de tentar fazer os militares pagar do seu próprio bolso, através de seguros de saúde, os cuidados necessários para a lidar com problemas de saúde adquiridos em serviço, plano que não concretizou perante uma vaga de oposição que atravessou o espectro partidário). Fiel, ainda assim, às suas obrigações, o presidente deu o exemplo cumprindo a recomendação que fizera aos seus concidadãos: às 15:00h fez uma pausa, entre duas pancadas, para um momento de oração silenciosa.

24.5.09

O escritor-sombra do presidente-génio

No dia em que fui mais uma vez exposto ao triste espectáculo de prateleiras inteiras da mais popular livraria de Lisboa cheias de livros do presidente-génio - hoje até pude ver uma caixa com o registo em cd dos discursos -, tropeço neste texto de Jack Cashill no American Thinker. O texto não me surpreendeu, porque já tinha lido, do mesmo autor, dois outros, durante a campanha eleitoral para a presidência americana de 2008, sobre a matéria, mais extensos e pormenorizados, que expõem com maior detalhe a eventual existência de um escritor-sombra de Obama na escrita de Dreams From My Father e a sua possível identidade. À medida que o tempo passa, os acontecimentos vão-se encarregando de expor a fraude que Obama é. Estes textos apontam para uma faceta - algo pitoresca, mas importante na mitologia do presidente-génio, que escreve um livro de memórias aos 33 anos de idade e os seus próprios discursos - dessa fraude.

22.5.09

O Grito Silencioso

Um clássico da luta contra o aborto, o filme de obstetra Bernard Nathanson, pessoa com amplo conhecimento sobre a prática, tendo executado ele mesmo milhares e supervisionado, enquanto director de uma clínica de obstetrícia, dezenas de milhar. Segundo próprio Nathanson, o ponto de viragem no seu posicionamento em relação ao aborto deu-se com a invenção da ecografia e com a evolução do estudo do feto. Vale a pena ler o que o Nathanson diz sobre a campanha de propaganda desenvolvida por ele nos EUA nos anos sessenta do século XX, que nos vai parecer bastante familiar. A dada altura, a percepção de que o feto é um ser humano enraizou-se e não só deixou de praticar abortos como se tornou num influente defensor dos direitos dos seres humanos não nascidos. The Silent Scream: Ou dobrado em português (do Brasil):

20.5.09

Deixá-los lá estar

Depois do presidente Obama ter alterado a sua política no que respeita à forma de tratar judicialmente os detidos de Guantánamo, a má, aproximando-se da política de George W. Bush nesta matéria - o que só lhe fica bem (ao Obama, quero eu dizer) -, desta feita é o congresso que se vem opor ao fecho das referidas instalações prisionais - nas quais os Uighur têm direito a videos editados para não expor as suas exacerbadas sensibilidades à contemplação de braços femininos (não fosse dar-se o caso de os braços da Primeira-Dama serem, pela enésima vez, notícia em qualquer televisão)1). Ao contrário da notícia, não me parece que isto seja uma contrariedade para Obama nesta matéria, antes pelo contrário: perante isto, pode assacar responsabilidades ao congresso e assim eximir-se de cumprir esta promessa feita na campanha eleitoral e logo após a tomada de posse.
1)«(...) Within the prison, Uighurs are not considered a grave threat and are allowed greater freedom, such as television privileges, than other detainees. But the TV privileges underscored potential difficulties to come, according to one current and one former U.S. official. Not long after being granted access to TV, some of the Uighurs were watching a soccer game. When a woman with bare arms was shown on the screen, one of the group grabbed the television and threw it to the ground, according to the officials. Since then, officials at Guantanamo have bolted down the TVs and shown pre-taped programs, editing out any images they thought Uighurs might find offensive. (...)»

Entretanto, no Al-Andalus

Entretanto, no Al-Andalus, a polícia espanhola que trata do crime organizado prendeu dezassete indivíduos acusados de tráfico de droga e de falsificação de cartões bancários, para financiar a Al-Qaeda, acto benemérito que será tido em conta de atenuante na altura de julgar os referidos crimes.

Ao alcance dos teocratas iranianos

Israel, mas também Moscovo, Atenas e o sul de Itália estão ao alcance dos mísseis iranianos, a julgar pelas últimas notícias. Quem resolverá esta questão?

Hoje Israel, amanhã o Ocidente

Um grande artigo de Mark Steyn na Commentary Magazine (via Melanie Phillips), para ler no fim das notícias de hoje.

18.5.09

Peregrinação do Papa Bento XVI à Terra Santa - III

Num dos discursos mais polémicos, logo mais amplamente divulgados (e de forma sectária) pelos media portugueses, o Papa mostrou-se defensor da "solução dos dois estados" como saída para o conflito israelo-árabe (talvez até mais correctamente designável por israelo-muçulmano, dada a natureza religiosa dos motivos que movem os árabes a não aceitar a existência de um estado judaico). Esta solução é a que, actualmente, parece ter conquistado o estatuto de solução de bom-senso, equilibrada entre as pessoas ditas moderadas. Leiamos Melanie Phillips:
«(...) this idiotic but deeply ideological analysis is now accepted by many non-ideological folk as axiomatic. They are all fixated by the delusion that a Palestine state is the key to peace between Israel and the Arabs. It is not. The briefest knowledge of history tells us that it is not – for the simple reason that it has been on offer repeatedly for seven (some would say nine) decades, with the Jews in agreement – indeed, with the Israelis in recent years offering the Palestinians more than 90 per cent of the disputed territories -- and yet the only response from the Arabs has been war.

The requirement by the Arab side is not for a Palestine state. It is for the end of the Jewish state. It is not just Hamas that declares this over and over again. It is also the supposedly ‘moderate’ Mahmoud Abbas and Fatah, who say repeatedly that they will never accept Israel as a Jewish state. Yet these facts are simply ignored as if they don’t exist. (...)»

Para conhecer a história de que Phillips fala, pode ler-se Victor Sharpe, no American Thinker, o qual descreve, noutro artigo, uma versão aceitável da "solução dos dois-estados", a qual não põe em perigo a existência do estado de Israel, a única democracia do Médio-Oriente, em cujo parlamento os árabes-israelitas estão representados, e o único país onde existe liberdade religiosa.

Peregrinação do Papa Bento XVI à Terra Santa - II

Foi bem evidente, durante toda a Peregrinação, em todas as acções e em todas as palavras do Papa, o extremo cuidado em não ofender ninguém, israelitas ou árabes. A posição do Papa não é invejável: está condenado a ser criticado pelo que diz, pelo que cala (já nem falando da desinformação referida no postal anterior). O Papa tem consciência de que milhares de vidas cristãs (não apenas católicas) estavam em jogo nas suas palavras. Um deslize e os tumultos a esse pretexto poderiam ser fatais, como foram em 2oo6, no rescaldo da lição de Ratisbona. Esta realidade obrigou o Papa a um exercício impossível de falar em alguns assuntos prementes nas entrelinhas, nomeadamente a perseguição dos cristãos nos territórios entregues aos palestinianos, sobretudo em Belém, onde os números de cristãos decrescem em virtude do assédio árabe às suas propriedades (pela força ou pelo recurso à falsificação de documentos), às suas famílias (nomeadamente através da coacção sobre as jovens cristãs para casar com muçulmanos) , à integridade das suas vidas, perante o olhar voluntariamente cego de alguma imprensa progressista, como se pode constatar nesta peça de um media-watchdog sobre a cobertura do The New York Times a respeito desta matéria, a qual conclui que o número de cistãos cresce em Israel, porque aí árabes e cristãos gozam de liberdade religiosa (inclusive de mudar de religião) e porque os cristão perseguidos dos países árabes aí se refugiam.

Peregrinação do Papa Bento XVI à Terra Santa

Teve lugar a semana passada a Peregrinação do Papa Bento XVI à Terra Santa. Infelizmente, como era de prever, a cobertura mediática foi péssima, fosse por ignorância ou incompetência, fosse por má-fé ou na aplicação de uma qualquer estratégia hostil à Igreja. Para quem se interessa verdadeiramente por estes assuntos e quer avaliar por si próprio as palavras de Sua Santidade, não há como lê-las, ou no site do Vaticano - onde as traduções são de melhor qualidade mas demoram mais a ser disponibilizadas -, ou na Zenit:

Discurso do Papa em sua despedida da Terra Santa [15-05-2009] “Visitei esse país como um amigo dos israelenses e amigo do povo palestino”

Discurso de Bento XVI no Santo Sepulcro [15-05-2009] “Aqui Cristo nos ensinou que o amor é mais forte que a morte”

Discurso de Bento XVI no Encontro Ecumênico em Jerusalém [15-05-2009] “É imperativo que os cristãos sejam testemunhas vibrantes da fé”

Palavras de Bento XVI na Basílica da Anunciação [14-05-2009] “É essencial que vocês estejam unidos”

Discurso do Papa no encontro inter-religioso de Nazaré [14-05-2009] A paz é um dom de Deus, mas não pode ser alcançada sem a busca humana

Homilia do Papa no Monte do Precipício em Nazaré [14-05-2009] “As crianças têm um papel especial no crescimento de seus pais em santidade”

Discurso do Papa à Autoridade Palestina em sua despedida [13-05-2009] “É necessário remover os muros que construímos ao redor de nossos corações”

Discurso de Bento XVI no Campo de Refugiados de Aida [13-05-2009] “Renovo meu apelo pelo profundo compromisso a cultivar a paz e a não-violência”

Homilia de Bento XVI na Praça da Manjedoura [13-05-2009] “Construam suas igrejas locais, façam delas oficinas de diálogo, tolerância e esperança”

Discurso do Papa de boas-vindas aos Territórios Palestinos [13-05-2009]

Homilia de Bento XVI no Monte das Oliveiras [12-05-2009] “Na Terra Santa há espaço para todos”

Discurso do Papa no Cenáculo [12-05-2009] Os cristãos dos santos lugares devem ser “mensageiros e promotores de paz”

Oração do Santo Padre no Muro das Lamentações [12-05-2009] “Enviai vossa paz sobre esta Terra Santa”

Discurso de Bento XVI em visita à Co-Catedral dos Latinos de Jerusalém [12-05-2009] “Orem sem cessar pelo fim do conflito que trouxe tanto sofrimento”

Discurso de Bento XVI aos Grão-Rabinos de Jerusalém [12-05-2009]

Discurso do Papa aos representantes muçulmanos de Jerusalém [12-05-2009] Após visitar a Cúpula da Rocha na Esplanada das Mesquitas

Discurso do Papa no Memorial Yad Vashem às vítimas do Holocausto [11-05-2009] “Seu grito continua ecoando em nossos corações”

Discurso do Papa aos promotores do diálogo inter-religioso [11-05-2009] “Vemos a possibilidade de uma unidade que não depende da uniformidade”

Discurso do Papa ao presidente de Israel [11-05-2009] “Que fins políticos podem ser servidos através do conflito e da violência?”

Discurso do Papa ao chegar ao aeroporto de Tel Aviv [11-05-2009] “A Santa Sé e o Estado de Israel partilham muitos valores em comum”

Discurso de Bento XVI no lugar do Batismo de Cristo no Jordão [10-05-2009] “A primeira pedra de uma igreja é símbolo de Cristo”

Homilia de Bento XVI no Estádio Internacional de Amã [10-05-2009]

Discurso de Bento XVI aos líderes muçulmanos, diplomatas e reitores [09-05-2009] Na Mesquita Al-Hussein bin Talal

Discurso do Papa na catedral greco-melquita de São Jorge, em Amã [09-05-2009] Reconhecimento da riqueza das Igrejas orientais

17.5.09

Longa vida ao presidente Obama

O vice-presidente Biden, em mais uma das suas fantásticas gaffes, durante uma conversa com os seus comensais próximos num banquete presidido por si em representação do presidente Obama, revelou, em tom jactante, a localização de um bunker até então secreto. E a outra é que era burra. Via Hot Air.

12.5.09

Gaffe ou Acto Falhado?

O Times Online publica uma entrevista ao Rei Abdullah da Jordânia, na qual o monarca se refere-se ao conflito no Médio-Oriente como sendo um conflito Israelo-Árabe - e não Israelo-Palestiniano, como alguns pretendem - e à solução para esse conflito não como sendo uma solução dos "dois-estados", mas dos "57-estados", em referênca ao número de países da Organização da Conferência Islâmica. Dymphna no Gates of Vienna chama a atenção para a relação entre esta expressão - "57-estados" - e uma das gaffes do então candidato Obama (uma das muitas que foi completamente branqueada pelos media em todo o mundo, e cujo alcance pode ter passado despercebido): Diz Dymphna:
«(...) That phrase, “a 57-state solution” will echo loudly for Americans. We remember well when Obama, on being queried during the campaign as to how many of the (United) states he’d visited during his election tour, answered “fifty-seven. Yeah, I think we’ve been to all fifty-seven”. At the time people made fun of this, given that we only have fifty American states. (...) But now it feels creepy, because we realize where the number originated. Mr. Obama didn’t just dream it up: The Organisation of the Islamic Conference (OIC), headquartered in Tehran, has fifty-seven member states. It feels creepy because Obama conflated America and the Ummah, albeit oblivious of his mistake. As Freud said, there are no accidents. Looking back, that is a huge slip of the tongue. (...)»
A interpretação é arriscada, mas, considerando outros sinais de possível simpatia pela causa islâmica e as prerrogativas da taqiyyaaqui apontadas, não é completamente despropositada. Um aspecto da presidência Obama a seguir. Recomenda-se a leitura de todo o comentário à entrevista.

Aristocracia Democrata

Depois de ter dado continuidade a um conjunto de políticas de G. W. Bush, com as necessárias adaptações terminológicas para enganar os distraídos; e de uma série de medidas mais simbólicas que práticas, como a promessa de fechar Guantanamo até Janeiro de 2010 - promessa que, para meu espanto, é tomada pela generalidade dos media portugueses como já cumprida - administração Obama continua apostada em demonstrar que pode fazer o que quizer sem que a sua reputação seja beliscada. Faz-me lembrar uma canção da adolescência sobre mudança...

8.5.09

Incentivo para matar

Caroline Glick sustenta que a política da administração Obama face a Israel e ao conflito Israelo-Árabe e ao projecto nuclear iraniano não parece deixar a Netanyahu outra alternativa para lidar com a ameaça iraniana de extermínio senão atacar. «(...) Ethan Bronner of the The New York Times pointed out this week that Obama's Middle East policy is not based on facts. If it were, the so-called "two state solution," which has failed repeatedly since 1993, would not be its centerpiece. Obama's Middle East policy is based on ideology, not reality. Consequently, it is immune to rational argument. (...) [T]he operational significance of the administration's anti-Israel positions is that Israel will not be well served by adopting a more accommodating posture toward the Palestinians and Iran. Indeed, perversely, what the Obama administration's treatment of Israel should be making clear to the Netanyahu government is that Israel should no longer take Washington's views into account as it makes its decisions about how to advance Israel's national security interests. This is particularly true with regard to Iran's nuclear weapons program. Rationally speaking, the only way the Obama administration could reasonably expect to deter Israel from attacking Iran's nuclear installations would be if it could make the cost for Israel of attacking higher than the cost for Israel of not attacking. But what the behavior of the Obama administration is demonstrating is that there is no significant difference in the costs of the two options. By blaming Israel for the absence of peace in the Middle East while ignoring the Palestinians' refusal to accept Israel's right to exist; by seeking to build an international coalition with Europe and the Arabs against Israel while glossing over the fact that at least the Arabs share Israel's concerns about Iran; by exposing Israel's nuclear arsenal and pressuring Israel to disarm while in the meantime courting the ayatollahs like an overeager bridegroom, the Obama administration is telling Israel that regardless of what it does, and what objective reality is, as far as the White House is concerned, Israel is to blame. (...)» Uma colunista a seguir para compreender a evolução do conflito Israelo-Árabe e a política dos EUA em relação ao Médio-Oriente.

7.5.09

Sarilhos de uns e sarilhos de outros VII (Addendum)

A reportagem em questão: Nota: o Islão não preconiza expressamente os chamados "Homicídios de Honra". Acontece que o estatuto de inferioridade das mulheres no Islão cria um contexto que propicia a prática. O argumento que pretende explicar este fenómeno como meramente cultural, ilibando o Islão, parece não resistir à constatação de que a maioria das ocorrências se dá em comunidades islâmicas, independentemente de variáveis geográficas, raciais, culturais; veja-se, a este respeito, o aumento de homicídios deste género na Alemanha e nos EUA.