6.12.10

A questão do Ordenado Mínimo

Tiago Loureiro, autor da entrada infra, juntou-se a'O Insurgente há relativamente pouco tempo e tem-se vindo a afirmar como um articulista original, no panorama pátrio, escrevendo com simplicidade e clareza.
Um bom articulista num blogue com elementos de qualidade muito desigual:
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O Pedro Marques Lopes percorre, aqui, um épico caminho de doze parágrafos onde passeia o fácil discurso da necessidade de atribuir artificialmente um valor mínimo ao trabalho como forma de conferir um suposto nível de dignidade ao salário de cada um. O que salta à vista, no meio de toda aquela “argumentação” já muito conhecida – não andasse a generalidade da esquerda a apregoá-la desde sempre – é uma frase que parece coroar todo o artigo e que, em boa parte, explica o raciocínio a que o Pedro Marques Lopes obedece. Diz ele que “não pode haver desenvolvimento sustentado, nem crescimento económico sem o mínimo de justiça social”. Como, nestas coisas, a ordem dos factores interessa, eu propunha-lhe que não os invertesse. Na verdade, não pode haver um mínimo de justiça social se não existir um desenvolvimento e crescimento económico que a sustentem. O resto é conversa.
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