«(...) Considerando (...) a religião e a arte, ambas se me afiguram, ainda que de um modo distinto é certo, intimamente voltadas para o homem e o universo, para a condição humana e a natureza Divina. E nisto não residirá a memória e a saudade do Paraíso perdido, de que nos fala a Bíblia, tesouro inesgotável da nossa cultura europeia? Acossados pelas especulações da razão, sempre se levantam terríveis dúvidas e descrenças, a que se procura opor a fé do Evangelho que remove montanhas. E os seres humanos caminham na esperança, apesar de todos os negativismos. Como diz o padre António Vieira: «Terrível palavra é o NON, por qualquer lado que o tomeis é sempre NON...», terminando por lembrar que o NON tira a ESPERANÇA que é a última coisa que a natureza deixou ao homem. (...) [A]proveito a circunstância para, como pertencente à família cristã, de cujos valores comungo, e que são as raízes da nação portuguesa e a de toda a Europa, quer queiramos ou não, saudar com profunda veneração sua Santidade, o Papa Bento XVI em visita ao nosso País e rogar filialmente que nos deixe a Sua bênção.»
nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro, nem as potestades, nem a altura, nem o abismo, nem qualquer outra criatura
12.5.10
Intervenção de Manoel de Oliveira no Encontro do Papa Bento XVI com o Mundo da Cultura, CCB, Lisboa, 12/5/2010 (excerto)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário