nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro, nem as potestades, nem a altura, nem o abismo, nem qualquer outra criatura
11.2.08
11 de Fevereiro, Dia de Luto neste blog
Assinala-se hoje o primeiro aniversário do referendo que conduziu à legalização do aborto em Portugal.
Passado um ano, ficaram por cumprir as promessas de implementar as "boas práticas", de acordo com o modelo alemão.
Esta é, para mim, a maior e mais infame mentira do primeiro-ministro José Sócrates, proferida inúmeras vezes na última semana de campanha e, por uma última vez, no dia do referendo, em conferência de imprensa, após a apresentação das primeiras projecções.
No dia seguinte, o sr. Alberto Martins, líder da bancada parlamentar do PS, apontou a direcção que a regulamentação viria a tomar, perante o silêncio do secretário geral do mesmo partido, o sr. Primeiro-ministro José Sócrates.
Passado um ano, fazem-se os primeiros balanços.
Alguns sectores da nossa sociedade procuram manter o assunto na ordem do dia, enquanto outros acusam os primeiros de ressabiamento e falta de sentido democrático por insistirem em discutir o tema e por não se conformarem com a presente situação. Esquecem-se os críticos que eles próprios, durante os nove anos que mediaram os dois referendos, estiveram em permanente reivindicação da realização do segundo e em ininterrupta campanhada pela aprovação. E não compreendem que o inconformismo resulta de um imperativo ético, de não poder aceitar com placidez a matança de seres humanos inocentes.
Voltarei a este tema, segundo a perspectiva apontada por João Gonçalves no postal A banalização do mal, seguindo a linha esboçada no comentário que fiz ao mesmo.
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1 comentário:
Concordo, dia de luto.
Felizmente, os números são cerca de metade do previsto no ano passado, e asidades rondam os 40.
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